A Diaba e a Missionária

Blindadas

Notas: Oi, quero avisar uma coisa (mesmo sabendo que nem preciso ficar me explicando sobre isso): A Rafa aqui nessa fic sofre mais porque ela é a hétero da história e eu, como uma pessoa gay, não acho que se descobrir aos vinte e sete anos seja uma coisa super passiva/fácil, entende? Ainda mais sendo religiosa e com zero experiência. A Rafa aqui tá descobrindo tudo num programa ao vivo... Eu sei que é tudo fic, mas não precisa ser tão assim também né, galera? Isso tem zero a ver com a minha preferência entre as meninas. Tudo bem vocês brincarem de cancelar a Rafa (tudo bem nada, não cancelem meu bebê, por favor :c), mas levar isso pra vida real é demais. Então vamos manter a fic na fic e a vida real na vida real, tá bom? E vocês falam sem nem saber. Quem disse que a Bia não vai ser cancelada? E quem confirmou que essa história do Caon é verdade? Tão se precipitando demais ein... Vou acabar terminando essa fic num plot twist altíssimo >.>

Desabafei.

Agora peguem seus lencinhos que vem muito choro da missionária pós cancelamento.

Obrigada pelas mensagens de apoio, pelas inúmeras ideias que vocês me dão. Sou extremamente grata por cada ponto de vista/plot que cês fazem da fic. Me ajuda tipo muitooo! Sério, obrigada de verdade. São TUDO PRA MIM!

Boa leitura, crianças =]

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POV Missionária

O que se pode fazer quando a paranoia deixa de ser algo fictício e se torna realidade?

Como lidar ao saber que a maioria dos pensamentos, sendo estes muitos sombrios, são além de pensamentos? São na verdade uma realidade mutual.

Não tinha como saber de fato como tudo estava acontecendo fora desta enorme casa, apenas uma idealizações básicas devido ao conhecimento de meus familiares, fãs e amigos... Todos sempre prezaram por uma boa menina, uma mulher recada e do lar.

Que lar? Havia sido traída não só uma única vez, mas diversas vezes. Sempre fazendo questão de dizer tal acontecimento em meio aos risos, num tom humorado... Tudo isto para não conseguirem ver, com clareza, o quanto todo o assunto ainda atormenta.

Aceitei este pedido de participação do programa com todo o meu coração, encarando mais como um desafio de vida, onde eu poderia mostrar um pouco mais do que todos pensam, não que isso faça lá tanto sentido.

Mas após todo esse tormento e confusão, não teria como mostrar mais do que eu fui lá fora.

A confirmação de Caon só ajudou a conciliar os pensamentos de uma forma mais direta e assustadora. Havia sim uma massa negativa, onde não concordavam, assim como uma parte de mim também, com minhas atitudes e falas durante o programa.

Como posso querer quer alguém me entenda, quando nem eu mesmo consigo me entender? Não poderiam ver essa Rafaella de uma forma branda porque eu mesma não a consigo ver.

Os fãs dela... não estariam fazendo uma má escolha, não após todos esses acontecimentos. Estariam sempre ao seu lado, como um bom e fiel fandom. Algo que não deixa de ser algo entristecido, pois no fundo... bem no fundo, tinha uma esperança de que pelo menos uma alma estivesse me entendendo e me apoiando...

Triste ilusão.

— Há falas, versões e versões suas, sabe... Eles são agressivos, não deixam passar nada, Rafa. Qualquer fala é mal interpretada, e como você andou muito confusa, andou falando coisa atrás de coisa.

Todas as suas falas me deixam mais enjoada, principalmente por não ter, de forma alguma, essa intenção.

Apesar de toda a minha confusão, sempre gostei bastante da pequena mulher, desde muito antes dessa casa...