Extinto

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E por fim, eu te quis sem querer. E sem querer fui te querendo. "


Após toda a conversação entre as meninas, Bianca e Rafaella não poderiam estar melhores... Bem, considerando todas as outras manhãs, essa por definitiva seria uma das melhores. Depois da noite anterior, repleta de altos e baixos, o lado positivo havia chegado.

A música do castigo ecoa, Flay e Mari já vestidas terminam de se arrumar para sair da casa. Bianca as chama às pressas, fazendo as duas correm para o lado de fora. Bianca ri, indo atrás dela, seguida pela casa inteira.

— Isso é modelar. — Bianca debocha, parando perto das amigas.

— Eu adoraria esse monstro. — Rafa confessa, parando perto da área do monstro, rindo da cena das meninas sambando ao som da música.

— Eu também. — Bianca também ri, dançando com as duas.

O pessoal fica até o fim do tempo, achando o momento muito divertido. Flay reclama do estilo e da cor da roupa, enquanto Mari nem se importa.

— Adorei. — Mari saltita, apoiando as mãos nos ombros de Bianca.

— Também, miga. É bem divertido. — Elas caminham até a xepa, Rafa a acompanha.

— Bom dia. — Rafa cumprimenta Bianca formalmente, sorrindo para ela, sendo automaticamente correspondida com o mesmo gesto.

— Bom dia, dorminhoca. — A mais alta nega aos risos.

— Eu estava muito cansada, você não imagina o quanto...

— Sim, imagino. Seu rostinho te entrega. — Se aproxima de Rafa, moldurando seu rosto com as mãos. — Mesmo com a cara amassada você ainda continua bonita, como que pode? — O tom inconformado na voz de Bianca deixa Rafa sem graça, corando as bochechas.

— Bia, você é uma comédia. — Ela ri, recebendo um abraço de Bianca. — Vai fazer o que por aqui? — Sussurra enquanto ainda a mantém próxima, vagando seu olhar pela pequena cozinha.

— O almoço. Acho que vou tentar o arroz. — Bianca deita a cabeça sobre o ombro de Rafa, não querendo encerar o ato.

— Cê quer ajuda? — Oferece auxílio, não sabendo bem se a mulher já o fez alguma vez na vida. Só o "vou tentar" a denunciava.

O abraço é evidenciado pelas duas amigas de Bianca, também por Lucas e Felipe, que até estranham a proximidade delas, só não tanto a Flay. Mari mesmo se incomoda com a demora, querendo começar a fazer as comidas de uma vez por todas.

— As meninas me ajudam, não precisa. — Bianca se afasta contra a sua vontade, demorando mais do que o necessário para tirar as mãos da cintura de Rafa.

A rejeição da ajuda deixa levemente Rafa incomodada, olhando de Flay para Mari, observando a mais alta da dupla a encarar séria. No mesmo instante Rafa questiona a si mesmo, pensando se estar ali incomodaria alguma das duas, ou apenas Mari. — Mas vai ser o meu primeiro arroz feito aqui na casa, queria que você provasse. — Lamenta, pegando o pote de arroz de cima da bancada.

— Eu adoraria o provar. — Rafa se põe ao lado de Bianca, querendo sair dali para não sustentar qualquer clima ruim. Não seria bom para nenhuma das meninas, muito menos para ela. — Bia, eu vou ajudar as meninas lá no vip também, depois eu volto para constatar se você não tacou fogo na cozinha. — Ela ri, observando Bianca cerrar os olhos.

— Sai daqui, sua... — Deixa a frase morrer, ouvindo Rafa gargalhar.

Sua o quê?

A Diaba e a MissionáriaOnde histórias criam vida. Descubra agora