Paz Mundial

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Já na segunda-feira, todos estavam se preparando para o jogo da discórdia, imaginando sobre o que poderia ser e tudo mais. Não queriam ser pegos de surpresa e ter que falar sobre cada participante na frente de todos, principalmente se for para dar algo para cada um. Iria trazer bastante agitação para a casa.


POV Diaba

Mariana não para de andar de um lado para o outro no quarto, impaciente com a incerteza do jogo.

— Ou você para, ou eu vou morder esse seu rostinho de neném. — Comento, jogando um travesseiro nela, que para na hora para rir.

— Ai amiga, eu não posso ficar bem. Como eu daria um emoji de coração partido para alguém? — Mariana comenta, desfazendo o sorriso do rosto.

— Não, nada disso, pode parando com esse biquinho aí. Você nem sabe como será o jogo, Mari, tá se precipitando. — Me levanto, indo até ela e a abraçando por trás. — Fica calma, será um jogo do bem, para elogiar todos.

— Bia, você tá ficando maluca. — Eu rio da fala dela, mistura com o sotaque fica hilário. — Esse confinamento mexeu com os seus neurônios. — Mordo o ombro dela, como repreensão.

— Eu só quero te deixar menos aflita, tentar te distrair. Tá funcionando? — Ela concorda com a cabeça, sorrindo de lado. — Viu, eu sou maravilhosa.

— Mas Bia, para quem você daria o coração partido? Pra Rafa? — Eu dou de ombros.

— Que mané coração partido, Mari. Você cismou com isso de emoji. — Me solto dela, ajeitando a bolsa do meu microfone. — E se for emoji mesmo, eu vou acabar te dando essa porra, só por essa obsessão. — Mariana me empurra na cama, batendo no meu braço.

— Eu ia te dar o coração, agora não vou mais. — Sai andando para fora do quarto.

— Mas que porra de coração, Mariana?! — Grito para que ela consiga escutar.

Acabo dando risada da situação. Incrível como uma suposição a deixa fora de si. Nunca conheci alguém tão intenso como ela. Sou muito sortuda por isso, muito!

Arrumo a minha cama rapidinho, querendo me jogar na piscina. O calor está tanto, que deve estar passando dos 30 graus celsius, não duvidaria se me dissessem que está batendo nos 50 graus.

Cato um biquíni da mala e me troco, já caminhando para a areá externa.

A tarde inteira foi passada na piscina, praticamente todos ficaram nela, já que o clima ficou extremamente quente. Fizemos alguns sucos e tomamos na beirada da piscina. Mariana, felizmente, desencanou dos emojis, e chegou até a pensar em algo relacionado a elogios.

Pobre criança.

Desde o acontecimento na academia, eu e a Rafaella não trocamos mais nenhuma palavra. Chegamos a cozinhar juntas, a arrumar a casa juntas, mas tudo em um repleto silêncio, porém sempre que isso acontecia eu sentia uma enorme pressão no peito, o clima ficar pesado... Seria terrível conviver três meses assim.

— Eu adoro esse coradinho. — Mariana comenta com Flayslane, a nova anfitriã do nosso grupo.

— Eu também, fica charmoso nela. — Flay concorda, me olhando.

— Coradinho? Onde? — Desço meu olhar pelo meu corpo, procurando por alguma mancha, mas sem sucesso.

— No seu rosto, tá queimado. — Mariana se aproxima de mim, passando o indicador pela extensão do meu nariz. Assim que ela toca, minha pele começa a formigar.

A Diaba e a MissionáriaOnde histórias criam vida. Descubra agora