H E L E N A
🇧🇷Chego no local de encontro (se é que pode ser chamado assim), e não vejo o Peter. Será que eu me precipitei? Acho que li errado quando ele me disse o horário.
Procuro o lugar mais vazio que tem ali e me sento. Uma garçonete logo aparece, e peço um suco natural enquanto espero. Meu celular apita, informando que é uma mensagem. Cida.C: Helena, o Noah pediu para dormir na casa da Abby; de novo. Alegou que tem umas coisas da escola para fazer. Ele pode ir? - está escrito.
Ultimamente o meu filho só quer saber de dormir lá; está sem freios. Eu não quero ser chata, mas também não quero que achem que ele não tem uma casa com uma mãe decente para cuidar dele, não que a Jessie vá pensar isso, ou vai? Acho que estou um pouco paranóica.
Como ele disse que é sobre a escola, acho que vou deixar. Mas se ele estiver mentindo...H: Ele pode ir. Só não quero que isso seja alguma mentira dele. Você também pode sair, se quiser, como ele vai ficar lá, acho que não vamos precisar de você por hoje. Quem vai buscar ele? - envio.
A resposta não demora a chegar.
C: Os pais da garota vêm aqui. Volto logo pela manhã. Boa noite. - ela precisa mesmo sair mais.
H: Ótimo. Boa noite, se divirta.
Me assusto com uma pessoa puxando a cadeira na minha mesa, e só então percebo que é o Peter.
- Oi, tá esperando há muito tempo? - ele pergunta.
- Não. Cheguei faz uns dez minutos. - respondo. - Vai me mostrar o vídeo, ou quer pedir algo?
- Você é muito ansiosa. Pode acalmar esse coração. - diz de um jeito zombeteiro. - Vou te mostrar o vídeo. E obrigado, não vou querer nada, acabei de vir da casa da minha irmã.
A garçonete que me atendeu, traz meu suco. Joga os cabelos para vários lados quando nota o Peter na mesa, estica o decote para baixo fazendo seus peitos quase saltarem do uniforme enquanto se inclina mais do que precisa para me servir a bebida.
- Precisa de mais alguma coisa? Será que o moço não quer pedir algo? - abre um sorriso exagerado.
- Não precisamos de mais nada! - rosno para ela. Peter como o cínico que é, está retribuindo o sorriso. - Pode nos dar licença, isso é uma conversa particular. - olho para a garota, fuzilando ela.
- Claro. Se precisar de algo, meu nome é Samanta. - se vira e sai rebolando, não sem antes dar uma piscadela na direção do cretino a minha frente.
Encaro ele que está olhando minha cara furiosa e sorrindo, eu por outro lado não estou achando graça nenhuma.
- Está rindo do quê? - bufo, irritada.
- Está com ciúmes, meu bem? - estou com ciúmes?
- Claro que não! - caio na gargalhada. - Ciúmes de você? Não se iluda tanto.
- Depois da cena que vi aqui, posso ter certeza que era ciúmes. Você quase pulou em cima da garçonete. Coitada. - defende a perua.

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Por Acaso
RomanceHelena Fernandes é uma advogada negra, batalhadora e que sempre lutou por tudo na vida. Tem um filho lindo e moram nos EUA por causa de toda sua carreira e para dar uma vida melhor a sua família. Peter Lins é um policial americano mais conhecido po...