Capitulo Trinta

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•Millie•
Encarei meu pai com uma cara estranha, o que aconteceu agora?

— O que aconteceu pai? - perguntei.

— Eu sempre desconfiei dessas suas amiguinhas, Maddie e Lilia desde pequenas sempre foram grudadas, era de se esperar! - ele dizia.

— Era de se esperar o que pai? - pergunto confusa.

— ELAS SE BEIJARAM! ESSA FOTO NOJENTA SE ESPALHOU! - ele disse monstrando a foto das duas se beijando.

— E qual o problema? - perguntei.

— QUAL O PROBLEMA? NÃO QUERO VOCÊ COM ELAS! - meu pai jogou o celular na mesa.

— Pai para de ser atrasado, isso é super comum! - digo.

— NÃO É! ISSO É DOENÇA! E ELAS ESTÃO FAZENDO SUA CABEÇA TAMBÉM! EU QUERO VOCÊ LONGE DELAS, ESTÁ ME OUVINDO?

— Sinto muito pai, mas eu não vou deixar de ser amiga delas!

— OLHA ISSO KELLY! TÁ VENDO? É ISSO QUE ACONTECE! SUA CULPA A NOSSA FILHA ESTAR ASSIM! CRIOU ERRADO! - ele berrou com a minha mãe.

— PARA PAI! ISSO QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO É ERRADO! - me exaltei.

— NÃO GRITA COMIGO! - ele disse.

— VOCÊ ESTÁ SE ESCUTANDO? SÃO 10 HORAS DA MANHÃ E VOCÊ ESTÁ FALANDO BESTEIRAS, XINGANDO MINHA MÃE E MINHAS AMIGAS, QUE VERGONHA DE TER VOCÊ COMO PAI! - digo nervosa e me levanto.

— AONDE VOCÊ VAI? - ele gritou.

— PRA LONGE DE VOCÊ! - berrei e sai de casa.

Corri para bem longe dali, fui direto para casa de Noah, como sempre, é a mais perto e onde eu sempre vou quando preciso.

Bati na porta e Noah abriu.

— Você viu a foto? - foi a primeira coisa que ele disse e eu respondi que sim com a cabeça.

•Maddie•
Acordei com a minha mãe arrancando as minhas roupas do cabide e jogando numa mala.

— Mãe? - perguntei.

— SUA VAGABUNDA! VOCÊ VAI EM BORA DAQUI! - ela disse.

— O que está acontecendo? - perguntei.

— FILHA MINHA NÃO FICA SE ESFREGANDO COM OUTRA MENINA! - ela disse.

— C-como você sabe?

— TODOS RECEBERAM ESSA FOTO! - ela disse parando de jogar minhas roupas e me mostrando uma foto minha beijando Lilia.

— VAI EM BORA MADDIE! VOCÊ NÃO VAI MAIS MORAR AQUI! - ela disse.

— M-mãe, eu não gosto de Lilia!

— EU NÃO QUERO ESCUTAR! VOCÊ BEIJOU E AGORA VAI EM BORA DE CASA! EU TENHO VERGONHA DE VOCÊ! - ela disse e pegou a mala e jogou na minha cama.

— MÃE! - eu dizia segurando as lágrimas.

— NÃO ME CHAME ASSIM! VOCÊ ME DÁ NOJO! - ela disse e eu desabei a chorar.

— M-mãe por favor, me deixe ficar! - eu disse correndo atrás dela enquanto ela ia para a porta de casa com a minha mala na mão.

— VAI EM BORA DAQUI! - ela disse, eu me segurei em seu ombro.

Ela tentou se soltar mas eu não deixei tentando abraçá-la, ela me empurrou e sem despejar uma lágrima sequer ela disse:

— Você me envergonha, vai morrer no inferno e pagar pelos seus pecados, nem escola católica te endireitou, vai beijar meninas longe de mim! - ela disse cuspindo palavras olhando em meus olhos.

Como tudo deu errado - Fillie Onde histórias criam vida. Descubra agora