Tarkan
Edris, o pai progenitor de Gokhan e Irmak, o levou para o pequeno quintal dos fundos iluminado apenas pelas luzes provindas da janela e da grande lua minguante. No pequeno espaço apertado entre as casas, havia uma hortinha que Irmak cuidava e alguns bancos de madeira sobre a faixa de grama.
Sentaram-se lá e Edris se virou para ele com olhos vidrados, dando o conhecimento a Tarkan que ele tinha algum problema.
— Então, senhor... Tarkan... vim aqui para agradecê-lo por ter salvado a vida do meu filho. Como devo lhe recompensar? Não tenho muito, mas posso arranjar com o apoio de alguns amigos.
Piscou um pouco atordoado. Bem, não era anormal que lhe oferecessem donativos, mas uma recompensa?
— Não precisa, senhor, tudo o que importa é que seu filho está a salvo. Espero que não se importe de minha hospedagem ser com eles por um tempo, até que eu possa encontrar um lugar próprio.
— Oh... hospedagem, certo. — Ele engoliu em seco e torceu as sobrancelhas, olhando para suas mãos. — Então, se tiver algum problema, seja qual for, é só me chamar que encontrarei uma solução.
— Claro, está bem. — Ele encontrará a solução? Quem esse cara era?
— Enfim, obrigado por me dar um pouco do seu tempo hoje. — Ele se levantou e olhou para ele com determinação, então andou um passo e parou, olhando para os pés como se estivesse pensando em dizer algo, mas desistiu e voltou para dentro.
Tarkan olhou para o homem que praticamente fugiu sem lhe dar adeus e sem dizer muito também. Perguntou-se qual era o problema dele. Seus amigos lhe contariam mais tarde. Amanhã provavelmente, pois estava tão cansado, tudo o que precisava era de sua cama emprestada e dormir pelo resto da noite.
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Tarkan
Tarkan acompanhou Gokhan naquela manhã em direção ao castelo. O garoto estava radiante, tinha vestido sua melhor roupa e cantarolou por um bom tempo antes de começar a mostrar tudo o que era interessante para Tarkan saber sobre a cidade.
— Escute, quando cheguei a Hammock... — Começou Tarkan. — Irmak me contou que vocês usam muita magia, mas até agora não vi nada disso. Onde vocês usam?
Gokhan olhou para ele por um momento, então limpou a garganta. — Ele deve ter dito isso porque você era um estranho na época, agora já se conhecem melhor... então acho que não tem problema se eu contar.
— Contar o quê?
— Nós não usamos muita magia. Eu por exemplo, não consigo nem levitar uma folha de árvore. Acontece que antes havia um exército inteiro de magos em Hammock, eles usavam a magia para nos intimidar, infringir violência e torturar as pessoas.
— Que horrível!
— Sim... — Gokhan abaixou a cabeça, olhando para as mãos, depois levantou os olhos para ele, carregados de sentimentos. — Muitos desses magos estavam sendo controlados por um mago mais forte. É uma longa história... acontece que depois que o governo se desfez com a morte dos líderes, esses magos e mais uma porção de pessoas do reino foram embora para outros lugares. Alguns nem pertenciam a Hammock, estavam aqui como escravos e finalmente foram capazes de retornar a suas famílias. Apenas restou dois magos que ficaram para trabalhar para o Alfa.
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O Alfa de Hammock [Romance Gay]
FantasiaTarkan, um lobo metamorfo, é um gentil monge viajante que visita lugares onde pode oferecer ajuda. Quando o deus Navi lhe indica sua próxima missão, desloca-se até a cidade de Hammock imaginando encontrar o lugar, cuja reputação era péssima em razã...