Capítulo 13

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Gokhan


— O que está acontecendo? — Perguntou Tari sem entender nada.

— Um dragão enorme pousou no quintal. — Respondeu boquiaberto.

— Sério? Cuidado Gokhan, dragões não costumam ser muito amigáveis com estranhos. — Comentou Tari defensivamente.

— Há um homem descendo de cima dele. Deve ser o dentista que Tarkan falou.

— O quê?

— Lembra quando eu te contei que Tarkan tinha pedido ajuda a um dentista para vir me ver? Ele mencionou que seu esposo era um dragão. Eu não acreditei muito porque nunca tinha visto um, mas agora estou muito impressionado.

Tari sorriu, apesar de suas sobrancelhas franzidas. Ele era muito lindo.

— Olá, tem alguém em casa?! — Um homem gritou lá de fora. Ele usava estranhos aros de metal do rosto com círculos de vidro na frente dos olhos, Gokhan nunca tinha visto aquilo. O dragão estourou em fumaça transformando em um humano que caiu sentado sobre o gramado.

— Melhor irmos recebê-los. Espero que sejam quem estou pensando que são. — Disse a Tari.

— Certo. Se forem inimigos, eu posso protegê-lo, você só tem q me dizer onde estão e o que estão fazendo.

Gokhan sorriu e segurou a mão de Tari na sua, entrelaçando os dedos.

— Está bem. Venha.

Eles saíram pela varanda dos fundos e desceram os dois degraus para o gramado. O homem que havia lhes chamado veio apoiando um lupino muito grávido até eles. Seu sorriso era enorme e ele parecia simpático.

— Olá, senhores. — Gokhan os cumprimentou um pouco tímido, mas precisava ser educado com os visitantes.

— Uma boa tarde, meu jovem. Somos amigos de Tarkan, um monge que está nesta cidade, você o conhece?

— Oh, sim, ele é meu amigo! — Gokhan ficou animado. — Se puderem esperar, daqui a pouco ele chega!

— Sério? Que maravilha. Olhe, desculpe por aquela coisa... — Ele apontou para a mesa de piquenique que estava em pedaços. — Meu interligado perdeu um pouco do equilíbrio na descida, afinal ter gêmeos não é fácil.

— Muito pesado. — O lupino comentou com um forte sotaque que Gokhan não sabia de onde era. — Poderia nos dar água?

— Claro, claro. — Gokhan se virou para Tari. — Não se importa de eles entrarem? — Indagou baixinho.

— Está tudo bem, eu servirei um suco.

Gokhan e Tari encaminharam o casal para dentro, onde o estranho dentista não parava de falar. Seu nome era Matteo, bem diferente dos nomes das pessoas em Hammock, e seu interligado mau-humorado era Ariel, outro nome de origem desconhecida. De acordo com Tarkan, eles eram de um vilarejo bem distante.

— Quanto tempo demorou para chegarem aqui? — Indagou em meio a conversa, enquanto Tari preparava um suco de frutas. Ele estava pegando o jeito.

— Não muito, levamos cerca de um dia voando. Mas se fosse por terra, teria levado bem mais. — Respondeu Matteo. — Talvez teríamos chegado mais rápido se Ariel não estivesse tão pesado.

— Posso voar muito mais rápido. — Ariel disse com orgulho em sua voz. Ele parecia o completo oposto de Matteo que era gentil e sorridente, também muito falador. Seus cabelos negros estavam cortados curtos, onde a parte mais longa era uma franja sobre a testa, sua pele era branca como a de Tari, e ele era baixinho com uma barriga muito arredondada sob as vestes que consistiam em uma camisa longa branca e uma calça folgada marrom por baixo, terminando com as botas de pele. Podia imaginá-lo usando casacos de pele também, embora não os tivesse. Ele tinha olhos azuis bem frios.

O Alfa de Hammock [Romance Gay]Onde histórias criam vida. Descubra agora