Capítulo 26

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*Este capítulo será um pouco tenso...*


Tarkan


Depois que chegaram a casa de Irmak naquela noite, Reyhan não estava lá. Ele tinha deixado uma nota dizendo que havia saído para procurar Karim e que poderia ser encontrado na região do mercado. Tarkan teve pena de Irmak, pois tinha sentado por um momento, tremendo. Precisou sentar ao seu lado e lhe oferecer apoio.

— Nós vamos encontrá-los. — Alisou suas costas.

— M-Mas... estou morrendo de medo de machucarem Gokhan... e Reyhan ainda não está curado, ele não pode correr... e tem o Karim que é apenas uma criancinha... — Ele cobriu o rosto com as mãos. Tarkan continuou a afagá-lo nas costas, nos ombros.

— Você precisa ter fé, Irmak. Você é o líder de armas de Hammock, cuida de toda a cidade desde que Ayse confiou essa missão a você e acreditou que conseguiria fazer melhor do que qualquer um. Onde está sua força e determinação, amigo?

Irmak fungou, enxugando os olhos com força. — Tem razão. Não há momento para fraqueza, temos que trabalhar.

— Isso, nós vamos conseguir! — Tarkan ergueu um punho no ar, encorajando-o.

Irmak levantou e espanou a poeira invisível das roupas.

— Exatamente, é assim que se fala!

Eles sorriram um para o outro, mas a sensação de aperto no peito de Tarkan não estava passando. — Eu preciso ver Ayse primeiro, teremos que nos separar.

— Certo, vou encontrar Reyhan. — Disse Irmak.

Eles se despediram, e enquanto Tarkan saía, Yarim apareceu esbaforido no meio da rua. Ele tropeçou e caiu em suas mãos e joelhos sobre os paralelepípedos. Sua respiração afoita fazia nuvens no ar congelante da noite.

— Yarim! — Tarkan correu para ajudá-lo a se levantar. O lupino não conseguiu dizer nada por vários segundos, recuperando o fôlego.

— Tarkan... Ayse está... ele está muito mal, precisa de você!

— O quê?!

— Na casa de Yagmur, corra!

Tarkan deixou Yarim para trás, esquecendo qualquer gentileza e amabilidade de ajudar o próximo, tudo o que precisava agora era encontrar Ayse. Ele sabia que a dor que sentia em seu coração tinha uma razão e não era coisa boa.

Navi, por favor... por favor... salve-o! Repetiu diversas vezes em pensamento, tentando conter o desespero.

A luz fraca refletia nas janelas da casa de Yagmur ao fim da rua. Ficava em uma área arborizada e longe das demais casas do bairro. Tarkan não bateu à porta, já entrou direto assustando o mago que trabalhava em um caldeirão, onde uma fumaça espessa e branca subia até o teto.

— Onde ele está?! — Perguntou apressado.

— No quarto dos fundos. — Yagmur apontou para o corredor e Tarkan correu naquela direção. Quando entrou no quarto, o cheiro de Ayse ainda pairava no ar, porém a cama estava vazia, os lençóis amarrotados e o cobertor jogado. A janela estava aberta, a brisa entrando livremente, balançando as cortinas.

— Merda! — Yagmur disse atrás dele, segurando uma xícara com algo fumegante dentro. — Não imaginei que ele pudesse fugir, parecia completamente incapaz disso!

— Acha mesmo que ele simplesmente fugiu? Por que o deixou sozinho?! — Tarkan passou as mãos pelo rosto, tão preocupado que garantia uma úlcera para o dia seguinte. Que Navi o perdoasse por todas os xingamentos horríveis que sua garganta desejava expelir e se absteve de gritar com o mago, pois não era de seu feitio.

O Alfa de Hammock [Romance Gay]Onde histórias criam vida. Descubra agora