Capítulo 17

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*Aviso para capítulo tenso, então se prepare*


Ayse


Distante dos muros de Hammock, a praia se estendia entre uma montanha a outra, era bem larga e algumas pessoas estavam se banhando ao mar, outras tomando sol e crianças brincavam ao redor. Era dia de semana, então o movimento não era tão grande. Explicou a Tarkan que aos finais de semana mais da metade de Hammock se reunia nas praias, havia uma feirinha que comercializava mais fora do que dentro da cidade e que esperava no futuro poder comercializar com visitantes também.

Eles caminharam um pouco até uma parte mais vazia, longe de olhares curiosos. Tarkan parecia tão... enfeitiçado pela paisagem que suspeitava que não tivesse ouvido nem metade do que ele havia dito e isso o fez rir.

— O quê... por que está rindo? — Perguntou o monge, um pouco atordoado.

— É porque você parece distraído.

— Ah... estou me sentindo... deslumbrado com tanta beleza. Sempre sonhei em ver o mar de perto. É magnífico, não acha? — Sua voz tinha até se tornado mais suave para dizer isso. Ele estava emocionado e Ayse compartilhava disso. — Parece... não ter fim e brilha tanto sob a luz do sol.

— Sim... demorei praticamente toda a vida para que pudesse pisar os pés nesta areia e sentir a água salgada tocar minha pele. Assisti muitas vezes preso no castelo, sonhando com o dia em que atravessaria os muros para vir aqui. Acredito que muitas pessoas desejaram o mesmo dentro de Hammock, só não tinham o privilégio de ao menos ter uma visão do mar, só podiam ouvi-lo.

— Entendo. — Tarkan tirou as sandálias e as deixou na areia, então segurou a mão de Ayse puxando-o consigo para mais perto das ondas. A água veio desenrolando, inundando seus pés e fazendo-os afundarem um pouco na areia. Tarkan se arrepiou visivelmente e sorriu de forma infantil em sua direção. — Está gelada!

Ayse sentiu vontade de nadar um pouco, e vestindo apenas os calções, correu para o mar. Tarkan demorou mais para ir, vestindo calções e uma regata que normalmente usava para dormir. Ele olhava ao redor, procurando se alguém os observava, todo tímido, mas Ayse percebeu que ninguém parecia se importar.

Eles chegaram até onde a água alcançava os quadris. Como era a primeira vez de Tarkan no mar, Ayse estava bastante ansioso para mostrar tudo a ele e fazê-lo se divertir. Quando a onda veio e bateu em ambos com força, espirrando para todos os lados, Tarkan gargalhou ao olhar para ele, sua expressão de pura alegria.

Ayse não sabia descrever como aquilo o fez sentir.

— Aqui é muito forte! — O monge reclamou sem realmente parecer incomodado. Outra onda veio e os atingiu sem piedade. Eles riram, Ayse segurando a mão dele quando o dominante quase desequilibrou.

— Vem, vamos mais para o fundo, lá as ondas são mais fracas.

Tarkan parecia incerto, porém concordou com relutância. Eles nadaram por baixo das ondas, onde elas praticamente superavam o tamanho deles e eram mais perigosas, até um local onde já não podiam sentir a areia sob os pés, somente a água. Lá as ondas eram tão pequenas que era muito relaxante, como uma banheira a céu aberto. Eles boiaram lado a lado, de mãos dadas, porque o monge poderia ser um cara grande, mas parecia muito inexperiente para lidar com o mar sozinho, e relaxaram sob o sol do fim da tarde.

Ao longe podia ouvir risos, gritos infantis, a alegria dos moradores de Hammock que curtiam aquele momento do dia. Também o som das gaivotas e outros pássaros da costa, das ondas se quebrando na praia, da brisa passando por eles. Era muito gostoso.

O Alfa de Hammock [Romance Gay]Onde histórias criam vida. Descubra agora