Capítulo 31

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Tarkan


Após Irmak e ele lerem a missiva, Ayse pareceu se acalmar. Tarkan conhecia aquele olhar, aquela postura em seu companheiro, ele estava se sentindo inseguro sobre conhecer seus familiares de Wohali.

— Quero que os escoltem quando chegarem. — Ordenou Ayse com a voz um pouco rouca para Irmak.

— Claro, Alfa.

— Yarim será responsável por eles, mas gostaria que os acompanhassem quando visitarem a cidade.

— Com toda certeza, Alfa. — Respondeu Irmak. — Mudando um pouco de assunto, você já tomou uma decisão sobre os prisioneiros?

Isso pareceu tirar Ayse de seu torpor. Ele assentiu rapidamente, sua expressão sombria.

— Levem eles até a sala do trono.

— A sala do trono... — Irmak repetiu baixinho em surpresa. — Certo, farei isso.

Ele deu um tapinha no ombro de Tarkan antes de deixar a sala de jantar acompanhado de outros sentinelas.

Yarim começou a arrumar a bagunça com a ajuda de Karim, deixando-os terem seu próprio espaço.

— Não estou pronto para recebê-los. — Ayse murmurou para Tarkan, referindo-se aos seus parentes. — O que eles vão pensar ao me verem assim?

— Assim como? — Não estava entendendo.

— Um dragão! — Ele falou indignado e Tarkan suspeitava que era consigo mesmo.

Suspirou. O trabalho de aceitação levava tempo.

— Eu vou te dizer o que eles verão. — Aproximou-se um pouco mais, ficando rente ao corpo do lupino. Apenas sua presença foi capaz de tornar a respiração dele mais rápida e suas pupilas dilatarem. Tarkan tocou suavemente o rosto dele com os costas dos dedos. Seu companheiro estremeceu no mesmo momento, então ele usou o outro braço para envolver sua cintura e mantê-lo no lugar.

— O que...?

— Verão um lupino incrível, que é um Alfa maravilhoso que cuida de uma cidade muito maior do que a deles. É forte e destemido, também adorável e doce como uma fruta.

Ayse sorriu, suas bochechas ganhando cor.

— Sou como uma fruta?

— Sim, da qual eu estou viciado em seu sabor. Quero prová-lo todos os dias.

Outra risadinha envergonhada saiu de Ayse. Tarkan continuou, nunca deixando de acariciá-lo. Seus olhos se encontraram, espelhando nos de Ayse o amor e carinho que sentia. Eram sentimentos tão bons que transbordavam dentro dele.

— E você é tão lindo. — Tocou-lhe o arco do nariz e depois seus lábios muito beijáveis. — Não consigo ficar um minuto perto de você sem querer beijá-lo e segurá-lo nos meus braços.

— Ah, Tarkan... — Ele suspirou, fechando os olhos quando Tarkan se aproximou perigosamente, pronto para beijá-lo. Mas não o fez, pois Yarim e Karim estavam bem ali há dois metros dele, assistindo tudo com olhos sonhadores.

— Ah... hum... — O lupino assistente limpou a garganta, seu rosto inteiro ficando vermelho. — É melhor eu ir. Só... queria dizer que terminei de arrumar a bagunça. Se precisarem de mim, não me procurem. — Ele piscou, mostrando o polegar e depois saiu com a criança rapidamente, fechando a porta.

— Eu tinha esquecido que eles estavam na sala. — Confessou Ayse, ainda de olhos fechados. — Agora o beijo, por favor.

Tarkan riu, segurando ambos os lados da cabeça dele e o beijando delicadamente. Afastou-se um pouco, sua testa contra a testa dele, deliciando-se com seu aroma e calor.

O Alfa de Hammock [Romance Gay]Onde histórias criam vida. Descubra agora