Capítulo 12

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Tarkan


Era tarde da noite e Tarkan ainda estava acordado.

Depois que viu Ayse passar mal por sua causa, sentiu-se um completo idiota por afligi-lo.

Não deveria ter dito a Murat que eram interligados, Ayse provavelmente estava furioso com ele. Sabe-se lá o que Murat faria com aquela informação. Poderia chantageá-lo, espalhar a verdade, prejudicar o Alfa.

Tarkan suspirou fundo sentado em sua cama. Esperava do fundo do coração que Ayse estivesse bem. A preocupação e os acontecimentos dos dias anteriores tinham lhe tirado o sono.

Queria vê-lo desesperadamente.

Como se Navi ouvisse seu clamor, um som em sua janela lhe chamou a atenção. Tarkan se levantou a tempo de ouvir a janela se abrir sozinha e Ayse se embrenhar entre as cortinas.

— Ayse!

O lupino sorriu com todos os dentes, genuinamente feliz em vê-lo e correu para abraçá-lo, por pouco não o derrubando. Ele usava uma capa com o capuz abaixado. Seus pequenos chifres estavam aparecendo entre as madeixas brancas e sua cauda em forma de seta estava em algum lugar debaixo das roupas.

— Senti tanto a sua falta. — Ele o abraçou apertado, esfregando a bochecha contra o seu peito.

— Oh, meu amor... — Tarkan o abraçou de volta, quase chorando de emoção. — Você está melhor? Fiquei tão preocupado!

— Estou resfriado. — Ele ergueu o rosto e seu nariz estava vermelho. Ele fungou, um pouco fanho. — Tive febre... mas não aguentei ficar sem você.

Houve alguma pequena explosão no peito de Tarkan, porque podia sentir um sentimento quente e gostoso banhá-lo inteiro por dentro. Beijou a testa de seu interligado, fazendo-o tremer em seus braços.

— Venha, vou cuidar de você. — Ele o encaminhou até a cama, puxou as cobertas e o auxiliou a se deitar.

— Você vai tirar minhas roupas? — Perguntou Ayse parecendo muito delicioso em sua cama.

Tarkan mordeu o lábio inferior. Estava prestes a recusar quando pensou "estou só cuidando dele, o que há de mais nisso?", então consentiu. O olhar de Ayse brilhou e ele quis rir disso. Tão fofo.

— Primeiro me responda uma coisa. — Captou sua atenção. Ayse estava bem tranquilo após sua transformação, o que era um milagre comparado a quando o enfrentou daquele jeito na caverna. Lá ele tinha praticamente o atacado, mas aqui parecia tão calmo. Talvez fosse por causa do resfriado? — Até quando você ficará se encontrando com esses pretendentes? Desculpe se causei uma cena hoje mais cedo, mas não pude me segurar ao ver outro cara além de mim tocá-lo. Eu te disse uma vez que somos interligados... talvez você ainda não acredite nisso, mas é a verdade.

Ayse colocou a mão sobre a sua e seu olhar celestial cintilou na baixa luz da lamparina.

— Eu vou parar. Yarim acha que isso pode prejudicar meu governo... me arrependo de uma vez ter pensado nesses encontros. Desculpe se isso te machucou. — Ele tocou seu rosto levemente e Tarkan não podia mais ficar zangado, seu carinho o fazia perdoar qualquer coisa. Ele beijou a palma de sua mão. — Eu pensei bem enquanto passei a tarde toda na cama... vou parar de insistir para termos sexo e vou deixá-lo ser romântico comigo. Claro... se a coisa dentro de mim permitir, você sabe como ela é.

Tarkan sorriu. Valeu a tentativa. Sabia que Ayse podia mudar completamente uma vez transformado e sua sede por sexo ficava imensa. Segurou a mão dele nas suas e beijou as costas de cada dedo.

O Alfa de Hammock [Romance Gay]Onde histórias criam vida. Descubra agora