SESSENTA E OITO

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Pov's Annabeth

Depois de falar com a minha avó decidi me levantar daquela cama e fazer alguma coisa.
Eu já tinha chorado demais, me lamentado demais. Por mais que eu desejasse nada poderia mudar, eu ainda estaria em vários vídeos transando com o meu marido. Eu ainda vou continuar recebendo ligações idiotas como se eu tivesse feito algo de errado, como se eu fosse uma puta.
Fiquei formulando na minha cabeça durante horas em como eu poderia pedir desculpas a todos. Só que eu não tenho que pedir desculpas a ninguém, alguém que tem que me pedir desculpas, eu que fui afetada, eu que estou em depressão.
Eu não estava fazendo nada de errado, eu estava na minha casa.
Suspiro e me levanto.

_Você é mais forte do que isso Annabeth - penso- e não vai deixar essa besteira acabar com o seu casamento, não agora que você está carregando um filho na barriga - penso.

Vou até o banheiro e tomo um banho bem relaxante, para tirar tudo de ruim que estava no meu corpo. Termino e troco de roupa rapidamente, seco os meus cabelos e pego a minha bolsa.
Quando estava quase saindo o meu telefone toca.
Suspiro.
 

_Alô- falo baixo.
_E aí sua puta- alguém fala rindo- liguei para saber quanto que está o programa, só que não quero gravar não. Você paga uma de boa moça e no fundo é uma vadia e vadias são as melhores.

Engulo a minha raiva.

_Nem em mil anos um fracote como você consegue uma mulher como eu. Eu fiz sexo sim, filmei  sim, e você vai fazer o que? Você nem me conhece e acha que me afeta com essas piadas idiotas? Bom vai caçar uma mulher e ser homem de verdade, e pare de ficar tentando me afetar achando que me importo com isso- falo e desligo o telefone.

Eu já estava cansada daquilo.

_Juno você me paga- resmungo.

Sim a única pessoa que entrou na minha casa e seria capaz de me prejudicar dessa forma é aquela coisinha. E ainda tem o fato dela estar batendo na Kayla, quando eu tiver com as provas nas mãos eu vou matar alguém.
Felizmente a Thalia foi até a casa dos meus pais e colocou uma câmera escondida no quarto da Kayla e agora é só esperar. E eu não sei se aguento esperar.
Entro no meu caro e vou dirigindo até uma clínica mais próxima. Eu precisava fazer uma coisa.
Felizmente consegui uma consulta sem hora marcada. Os deuses estavam a meu favor.
Enquanto espero a minha hora fico ansiosa olhando para o relógio.
Finalmente chegou a minha vez.

_Annabeth Jackson- uma mulher de cabelos vermelhos fala.

Me levanto e vou até ela.

_Annabeth Jackson?- ela me encara.
_Se não fosse eu não tinha me levantado - penso _Sou sim- falo educada.
_E veio para?- ela perguntou.

Parei para a encarar.
Estávamos em uma clínica ginecológica e então não seria óbvio que eu vim fazer uma ultra som? E me consultar para ver como o meu bebê estava?

_Eu vim para me consultar- falo o óbvio- fazer uma ultra som para ver se está tudo certo com o meu filho.
_Aí- ela revira os olhos- outro caso de adolescente grávida. Vocês deveriam usar preservativo antes de sair abrindo as pernas para qualquer macho. Filho não é igual as suas bonecas não.

Era hoje.

_O que te faz pensar que eu abro as pernas para qualquer macho? Eu só abro as pernas pro meu marido. Faça o seu trabalho que já exige muito da sua pequena inteligência.
_Calma eu só queria ajudar- ela fala.
_Muito ajuda quem cuida da sua vida. E só para saber eu já sou casada e eu sei que criança não é brinquedo, eu cuidei de uma criança durante seis meses quando eu era mais nova. Então recolha a sua insignificância.

Kiss meOnde histórias criam vida. Descubra agora