Capítulo VIII

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P.O.V YEONJUN

Eu senti o corpo acima do meu estremecer, com o toque. Ainda com os
olhos abertos, encarei o cenho franzido e os olhos fechados do mais velho, e talvez
ele estivesse tão incrédulo com minha ação, quanto eu mesmo.

Estava beijando Beomgyu...

Mas um selo não parecia o suficiente para o mais velho, como eu imaginei que pudesse ser...

Beomgyu agiu antes que eu o fizesse. Moveu os lábios com pressa, os sugando com vontade, e eu nada pude fazer naquele momento a não ser, retribuir. Já que eu havia entrado naquilo, que fizesse direito então.

Permiti que o azulado aproveitasse de meus lábios com uma certa fome... como
se não pudesse perder mais tempo. Como se eu fosse fugir a qualquer momento.

Então retribui cada movimento. Mesmo que de inicio eu não quisesse estar naquela situação, tinha que admitir, o beijo dele era bom. Intenso...

Diferente de beijar Taehyun, Beomgyu tinha um jeito mais agressivo. Um beijo cheio de mordidas e puxões em meus lábios. Um jeito mais afobado que estava tirando meu ar.

Beomgyu investia contra minha boca adentrando sua língua e provando de meu gosto, o máximo que podia aproveitar.

Eu podia sentir o gostinho férreo do corte no lábio dele, misto ao gosto de cigarro que fumava antes. Eu gostava do sabor da nicotina em meio ao beijo.

Beomgyu suspirava forte entre nossas bocas, e o corpo antes suspenso, agora se acomodava com cautela em cima do meu. Pude sentir o peso do outro se instalar aos pouquinhos, centímetro por centímetro aumentando aquela intimidade que estávamos tendo. 

Eu não podia negar... era uma sensação boa. O que me fez levar instintivamente os braços ao redor do seu pescoço. E também para não ficar sem nenhuma reação. E então entrelacei os dedos naqueles fios o trazendo um pouco mais pra mim.

Beomgyu aspirou alto, com o contato, levando uma das mãos até o meu rosto, e acariciando ali, enquanto nossas cabeças se moviam para lados opostos. Ele apertava meu queixo com um pouco de força, mas não o suficiente para machuca-lo, somente para deixar claro que ele comandava os movimentos. Beomgyu discretamente moveu seu corpo arranjando uma maneira de se acomodar entre as minhas coxas. O que me fez abrir os olhos no mesmo momento e sem interromper o ósculo encarei de soslaio o quadril do mais velho entre minhas pernas, considerando no mínimo, uma situação muito constrangedora.

Eu comecei a pensar em interromper aquilo. Estava durando tempo de mais, e
o que estava bom antes, estava se transformando em desconfortável, em tão pouco tempo, quando Beongyu separou nossos lábios somente para distribuir beijos em meu pescoço.

Era molhado, quente, melequento, e principalmente estranho.

Sentir a língua dele passeando daquela maneira por minha pele estava me deixando desconcertado. Principalmente quando senti uma das mãos do outro apertar minha cintura com força, e seu quadril ondular contra o meu.

Ok. Eu havia percebido que já era a hora de parar. Estava ultrapassando meus limites.

— Beomgyu... - chamei soprado o empurrando de leve pelos ombros, mas o outro permanecia percorrendo minha pele de um lado à outro. - B-Beomgyu, chega... - repeti no mesmo tom.

O outro parecia tão inebriado na sensação de me ter em seus braços, provando de minha pele com tanta devoção, que mal escutava os meus pedidos.

Ele segurou meus dois pulsos, os colocando acima de minha cabeça, e voltando a atacar meus lábios com mais desejo agora. Ondulava seu corpo enquanto soltava pequenos suspiros
entre dentes, e mal percebia que estava me deixando assustado. Aquilo não me trazia lembranças nada agradáveis.

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