P.O.V YEONJUNEu despertei com o som estridente da sirene que anunciava o início do café da manhã. Cocei os olhos, fitando os dois corpos imóveis à minha frente, ainda ressonando. Percebi também que os fones ainda em meu ouvido já não reproduziam som algum. Provavelmente, o aparelho havia descarregado enquanto eu dormia.
Encarei o rosto de Beomgyu, que estava a centímetros do meu. Ele já tinha um pouco de cor nas bochechas, com os olhos inchados e olheiras logo abaixo. Me lembrei da conversa que tive com Yoongi na noite passada... Quais deveriam ser os problemas tão graves que Beomgyu deveria ter para chegar a esse ponto? Questionei-me curioso, analisando o rosto do mais velho e tentando imaginá-lo sem aquele cabelo colorido, como Yoongi descrevera que ele era, e falhando miseravelmente.
Fitei curioso seu cabelo em um azul vivo e brilhante. Levei meu indicador até seu cabelo, acariciando levemente os fios.
Só não percebi o par de olhos confusos me encarando enquanto eu tocava aquele local.
— O que está fazendo? – disse
baixo de cenho franzido, me fazendo recolher meu dedo imediatamente, envergonhado.- Oh... — disse apenas. Tive medo de Beomgyu me repreender mas não demonstrei.
— O que está fazendo? — disse baixo, com o cenho franzido, fazendo-me recolher o dedo imediatamente, envergonhado.
— Oh... — disse apenas. Tive medo de Beomgyu me repreender, mas não demonstrei.
Beomgyu me encarou confuso. Além de estar em sua cama, eu usava sua camisa de forma desajeitada, deixando minhas pernas de fora, e o seu MP3 estava jogado entre nós dois. Eu estava envergonhado, mas não queria demonstrar. Com uma das mãos, puxava a barra da camisa para entre minhas coxas, cobrindo minha peça íntima por puro hábito.
— O que faz aqui? — coçou a cabeça, sentando-se rápido. — Argh... — pôs a mão na testa.
— Já acordaram... — murmurou rouco Yoongi, se espreguiçando.
— Mas que caralho! — Beomgyu se assustou, só notando o moreno ali agora. — O que estão fazendo aqui? — encarou nós dois, um de cada vez. — É algum tipo de ménage e ninguém me avisou? — ralhou.
— Beomgyu, você não percebeu algo estranho? — Yoongi se sentou com o cenho franzido e um ar de mistério, encarando o azulado.
— O quê? — perguntou perdido.
— Você tá vivo, caralho! — disse alto, fazendo Beomgyu pôr as mãos nos ouvidos.
— Mas que porra... — reclamou, se jogando na cama novamente.
Ele encarou o teto e olhou para o antebraço com hematomas fortes onde estava a seringa, pondo ambas as mãos no rosto e praguejando baixo.
— Que bom que eu não preciso te dizer nada. — reclamou Yoongi, se levantando. Beomgyu encarou a mesinha agora vazia.
— Cadê minhas paradas? — questionou, enjoado.
— No esgoto. — respondeu friamente, fazendo Beomgyu puxar os próprios cabelos.
— Puta merda, Yoongi! Não tem ideia de quanto aquela merda foi cara! — esbravejou, irritado.
— Pois é, caralho! Não foi você quem passou a madrugada toda com a porra da mão na sua garganta, dando banho em você, e até o Yeonjun cuidou de você, e você tá preocupadinho com suas porcarias, tá?! — falava, irado, perto do rosto do azulado. — Vai se foder!
Eu apenas encarava tudo encolhidinho nos lençóis.
— Eu não pedi p—
— Não termine essa frase, ou eu juro por Deus que eu nunca mais chego perto de você! — disse sério... muito sério. O que fez Beomgyu estremecer. Sabia que ele não queria aquilo.
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Clinic Worst
FanfictionAo descobrirem a verdadeira sexualidade de seu filho, os pais de Yeonjun, resolvem interná-lo em uma clínica religiosa. No quarto ao lado, reside Beomgyu, que foi internado pelo mesmo motivo que Yeonjun.