Capítulo XX

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P.O.V YEONJUN

— Você veio – Yoongi riu ao abrir a porta, notando Hina atrás de mim. – Hina? Isso é novidade para mim. – deu passagem, vendo a acastanhada revirar os olhos.

— Não vou demorar aqui – ela cruzou os braços, notando quem estava no quarto e quase sentindo vontade de dar meia-volta.

Eu ajeitei as mãos nos bolsos do meu moletom preto, notando o azulado ali, sem camisa, com um cigarro entre os lábios, sentado no pequeno sofá junto aos gêmeos.

Beomgyu me encarou finalmente enquanto ajeitava uma corrente grossa e dourada no pescoço. Tão comprida que chegava à altura de seu umbigo quando se curvava.

— Vem cá – Beomgyu disse, com um sorrisinho de canto.

Ainda um pouco envergonhado por Hina estar ali, caminhei até o mais velho, que se levantou do sofá e, segurando meu pulso, me puxou até o banheiro do quarto.

— Beomgyu! – O repreendi em um sussurro quando ele trancou a porta e me encostou nela.

— Shhh... – pediu silêncio, deixando um selo no canto dos meus lábios. – Tava com saudades – disse, me fazendo revirar os olhos.

— Nós nos vimos ontem à noite, pelo amor de Deus – zombei baixo.

— Não importa – sussurrou de volta, selando minha boca agora.

Aceitando de bom grado a carícia, eu envolvia meus braços em torno do pescoço suado do mais velho, enquanto este envolvia minha cintura com força. A diferença entre ambos era gritante, até mesmo durante o beijo. Enquanto eu me movia lento, calmo, de forma doce, tentando aproveitar o máximo possível dos toques em minha lingua; Beomgyu me beijava com "fome". Sempre soltando suspiros e fazendo barulhos "promíscuos" com a respiração. As mãos me apertavam com força, a boca nunca se mantinha somente na minha. Sempre escapando vez ou outra para meu pescoço, ou meus ombros.

Não que eu não gostasse daquela forma de beijar. Só era muito diferente de beijar Taehyun, era... intenso de mais, e me fazia me sentir ofegante, diferente...

— Beomgyu... A Hina... – sussurrei sentindo a boca do outro em meu pomo.

— Deixa lá... – disse entrecortado. O azulado escorregava suas mãos pela extensão de minhas costas, sempre as parando na base de minha cintura, se impedindo de as descer mais, ao lembrar dos limites ali.

Mas aquilo não o impedia de acariciar minhas coxas, ainda que finas, tiravam o azulado do sério. Afundando seus dedos na parte interna alí, sempre subindo... Até que a mesma pousasse em uma caricia leve e superficial – usando as pontas dos dedos – no volume discreto entre as minhas pernas.

— B-Beomgyu... – toquei sua mão sem abrir os olhos, o freando.

— Aqui pode, não pode? – sussurrou em meu ouvido.

— Pode, mas... – senti Beomgyu apertar de leve o local, puxei o ar entre os dentes, sentindo meu abdômen travar. – A-Aqui não... Os garotos... – tentava falar, sentindo o massagear lentamente,
por cima do jeans, e voltando com os lábios aos meus.

Desde que ambos começamos com aquele envolvimento, aquela era a única excessão para mim. Deixar Beomgyu me tocar daquela forma era inexplicávelmente delicioso. Nunca havia me sentido tão quente. Quando Beomgyu invadia meu quarto pela madrugada, se enfiando debaixo de meus lençóis, tudo que eu conseguia pensar, era em quando aquelas mãos iam
começar a agir.

Aí está outra coisa que estava mudando assustadoramente rápido em mim. Aqueles desejos, que quase rotineiramente me faziam acordar pela manhã de forma totalmente constrangedora, eram tudo culpa do mais velho. Eu gostava de culpá-lo, mas em minha mente eu sabia que a responsabilidade era minha.

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