Desculpem, desculpem, desculpem a demora. Para compensar escrevi um cap grande :) Leiam a nota final sff. Enjoy
xxRita
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Os meus pés correm rápido pelo corredor da enfermaria da prisão, desta vez trago uns ténis desportivos, uns jeans e uma sweatshirt preta. O meu coração bate rápido, rápido de mais. Preocupação é o único sentimento presente em mim, olho em volta procurando algum sinal da sua presença. Abro uma porta que me dá acesso a vários quartos individuais, volto a apressar o meu passo pelo espaço, olhando para dentro dos quartos, procurando-o.
O meu corpo congela quando eu vejo o seu cabelo castanho cacheado sobre a almofada branca, não consigo ver o seu rosto, mas consigo perceber ser Harry. Vacilo, não sei se deva entrar no quarto ou não. Devo admitir que para mim ele não é apenas um cliente, ele para mim não é apenas trabalho… Isto não devia estar a acontecer, eu não me posso envolver pessoalmente, eu não posso criar laços com um recluso, com um criminoso… No entanto é me difícil acreditar que Harry tenha realmente morto as três adolescentes…
Inspiro fundo e dou alguns passos de encontro ao rapaz de olhos esmeralda. Não demora muito até ele dar pela minha presença, os seus pulsos estão ligados e um deles tem uma algema, a mesma é presa à grade da cama hospitalar. Imagens da minha mãe vêm-me à cabeça, não posso crer que num tão curto espaço de tempo, duas das pessoas com quem que convivo diariamente, se tenham tentado matar. Aproximo-me o suficiente, de modo a ficar apenas a um passo da cama.
“Harry…” Murmuro, fixando os seus olhos, estes encontram-se vazios, sem alma.
“April…” Murmura da mesma forma, uma lágrima ameaça sair do seu olho.
“Porquê?” Pergunto olhando para o seu pulso. Não consigo descrever a tamanha compaixão que sinto por este ser que me é tão desconhecido.
A lágrima que Harry tentava segurar acaba por cair e escorre pela sua cara.
“Porque não?” Responde-me. “Qual era a diferença de morrer agora, ou daqui a uns meses?” Diz com a sua habitual voz rouca.
“Se depender de mim, tu não vais morrer, pelo menos por agora. Irás morrer já bem velho, deitado na tua confortável cama rodeado pelos teus netos e a ultima coisa que vais fazer antes de dares o teu último suspiro é sorrir. Vais sorrir ao relembrar a vida cheia de amor que tiveste. Assim, Harry, é como tu vais morrer, apenas precisas de confiar em mim.” Digo com os olhos brilhantes, sinal de que também estou prestes a chorar.
Agarro na cadeira que estava encostada a um canto do quarto e puxo-a até à cama. Sento-me na mesma e observo Harry. Pego no seu pulso danificado e não resistindo beijo o local onde o corte foi feito, provocando a Harry uma sensação de conforto. Deito a minha cabeça no colchão e permanece-mos assim, em silêncio, durante alguns minutos.
“April? Porque estás aqui?” Oiço o rapaz de olhos verdes perguntar-me o que faz com que eu levante a cabeça, sorrio-lhe.
“Na verdade, não sei. Apenas precisava de me certificar se estavas bem.” Dou-lhe o sorriso mais sincero que tinha.
Volto a deitar a cabeça no colchão, esta encontra-se ligeiramente sob a mão de Harry, ele parece não sentir-se incomodado com o gesto. Mesmo sem olhar para ele consigo perceber que ele me está a observar atentamente, de certa forma esta atitude deixa-me feliz, faz-me sentir bem.
Toda a minha mente está num alvoroço, afinal o que estou eu aqui a fazer? Há algo neste rapaz, nesta criatura mágica de olhos esmeralda que me deixa reconfortada. A presença dele faz-me sentir bem. Quando soube a estupidez que ele fez parte de mim morreu, uma dor atingiu-me como uma flecha rápida. O medo de o perder, de deixar de vê-lo diariamente era demasiado grande. Ele não é apenas trabalho, ele não é apenas mais um caso. Então o que é? Certamente uma pessoa que mexe com o meu emocional , de certa forma que nem eu posso descrever. Eu preciso de retirá-lo daqui, eu não posso deixá-lo morrer, tudo depende de mim, unicamente eu… Serei capaz de cumprir tamanha tarefa? Serei capaz de salvar Harry? Pior, e se estes sentimentos afectarem o meu desempenho profissional?
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X Justice X || h.s.
ФанфикApril Sheperd é uma das melhores advogadas de Nova Iorque, com apenas 23 anos já resolveu os casos mais difíceis. Uma jovem trabalhadora que só tem um objectivo - vencer. Dedicasse de alma e corpo a todos os casos que recebe e a palavra 'desistir' n...