Prisioneiro do Rei 👑 Jikook [ABO]

07 - Tormento

NOTAS INICIAIS:
Boa noite poucas pessoas que lêem minha fanfic
Antes de vocês lerem, quero avisar que esse capítulo possui dois temas pesados e que podem ser potencialmente perturbadores a alguns leitores mais sensíveis.
Caso violência sexual possa ser um gatilho, pule o início até encontrar centralizado apenas uma coroa (é o sinal que eu deixei especificamente nesse momento, ao invés de 3 coroas que simbolizam a passagem de tempo). O conteúdo explícito não é de maneira alguma romantizada e não foi muito detalhado, objetivando evitar cenas muito violentas.
O outro tema está ligado à tortura, algo comum nessa fanfic, a qual possui conteúdo maduro e pesado.
Se decidirem ler agora ou em outro momento, tenham uma boa leitura.
não há somente cenas ruins nesse capitulo, mas o aviso foi dado.
Esse capítulo não é um conto de fadas da Disney... Está mais para a versão original dos Irmãos Grimm
SEJAM BEM-VINDOS AO REINO NUGDAE

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Tormento.

Trata-se de sofrimento físico intenso infligido em um ser vivo por crueldade. A tortura desumana corrompe também os sentimentos do atormentado, levando-o à angústia e dor física e moral.

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PARK JIMIN

Jungkook e seus lindos olhos negros me fitam de cima a baixo, o brilho deles sendo apagado e se tornando oco, vazio. Duas bolas de bilhar sem qualquer humanidade.

Aproxima-se vagarosamente, mancando, à medida que eu me afasto e colido com o tronco de uma árvore.

Seu sorriso sombrio deixa à mostra os caninos afiados como lâminas, a mais clara visão durante a noite sombria e gélida.

— Deixe-me em paz — grito o mais alto que consigo, mas seus passos apenas se tornam ainda mais próximos de mim.

Corro, tentando não tropeçar nos galhos retorcidos da floresta. A neblina dificulta a visão do que há à frente ou abaixo de mim. Não consigo enxergar e não sei para onde estou indo.

— Não adianta correr ou se esconder, Jiminie, eu vou te encontrar. — Ouço-o dizer de longe.

— Vá embora! — peço, sussurrando em meio à minha tentativa de fuga.

A falta de ar me impede de continuar seguindo. Apoio as mãos nos joelhos, arfando, cansado. O vento ricocheteia ao meu redor, fazendo cada centímetro do meu corpo se arrepiar.

Inspirar o ar tão frio rapidamente faz meu nariz queimar.

Não ouço mais qualquer sinal do príncipe em sua forma puramente animal, no entanto, seu cheiro permanece forte.

Preciso correr mais, pois ele está por perto. Meu coração acelerado — não só pela disparada súbita da corrida reiniciada, mas também pelo medo crescente do ser que me persegue — faz com que minhas pernas recebam mais força para continuar correndo, fugindo para bem longe.

— Aonde pensa que vai? — Jungkook aparece à minha frente, fazendo-me tropeçar de susto em um galho e cair com os joelhos no chão.

Com as mãos apoiadas na vegetação rasteira, encaro seus pés descalços a alguns centímetros.

— Jungkook, por favor, deixe-me ir embora, eu lhe imploro. — Sou incapaz de olhar para cima e encontrar seus olhos sem vida e sorriso macabro o qual presumo estar estampado em sua face.

Começo a soluçar, sentindo grossas gotas quentes de lágrimas rolarem pelas bochechas. É o mais próximo que tenho de calor.

Seus pés dão apenas um passo, parando muito próximo.