Prisioneiro do Rei 👑 Jikook [ABO]

27 - Prosápia

AVISO: Capítulo gigante (e emotivo)!!! Jungkook POV está de volta!

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Prosápia.

Trata-se do termo que designa linhagem, ascendência, sequência que dá origem a alguém.

Figuradamente refere-se ao comportamento orgulhoso, vaidoso, jactante. 

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JEON JUNGKOOK

— Taehyung, Hoseok? — Bato na porta do quarto deles mais duas vezes. — Estão atrasados para o almoço!

Quando meu gêmeo abre a porta, faço uma careta diante de sua face inchada e olhos vermelhos e lacrimejantes. Ainda está vestido com um pijama amarrotado, apesar de Jimin ter pedido que almoçássemos todos juntos. 

Aqui estou eu. Fazendo exatamente o que ele pediu, vindo buscar meu irmão e seu primo enquanto Jimin falha miseravelmente em tentar disfarçar alguns chupões e contusões avermelhadas com a maquiagem que ele ainda não aprendeu a usar corretamente. 

Ter pessoas sempre realizando seus desejos se tornará comum quando sua prosápia nobre for exposta midiaticamente. Quando menos esperar, Jimin terá se acostumado aos muitos lados positivos da vida de um príncipe. 

Espero que não perca de vista a humildade e essência de seu ser no meio do caminho. 

É estranho pensar no que acontecerá em seguida. 

Hoje à noite nos reuniremos com Min Yoongi. E posso prever até metade do encaminhar dessa conversa. No entanto, tenho medo da outra metade.

Assim que passo por Taehyung, adentrando o quarto, percebo que Hoseok está na mesma situação de melancolia que ele — senão pior — assistindo ao fim de um filme. O alfa está deitado na cama, abraçado ao cobertor. Seus lábios contorcidos para baixo em um coração invertido e os olhos lacrimejantes.

O personagem está encarando as chamas da lareira enquanto derrama lágrimas até não ter mais forças para chorar. A cena é acompanhada de uma música igualmente deprimente, a qual compõe bem a construção do clima com a repetição das mesmas frases.

Considerando que eu não sou religioso e não compreendo as referências bíblicas a Gideon, as linhas mais significativas da canção para mim são: "I have loved you for the last time (Eu te amei pela última vez)", "I have touched you for the last time (Eu te toquei pela última vez)" e "For the love, for laughter, I flew up to your arms (Pelo amor, pelas risadas, eu voei até seus braços)"

Reconheço o filme que eles estavam assistindo. "Call me by your name" (Me chame pelo seu nome) e compreendo instantaneamente o motivo de estarem emotivos.

— É um filme gay. O que vocês esperavam? É quase de praxe que tenha um final triste, considerando que aborda a sociedade pré-hibridismo. É óbvio que, no fim, eles não viveriam felizes para sempre — revelo, cortante. — Agora levantem e se arrumem logo para não se atrasarem ainda mais para o almoço. Demonstrem as etiquetas que aprenderam ao novo príncipe.