Nove; mensagens.

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AJSOIAJSOIAJSOIA O SURTO VEM MEU PAI
E VEM GRITANTE AISJAISJAIOSJ
BOA LEITURA, ZAMORES! <3

. . .

— VIRA DE COSTAS!

Grito, para Chat, que parece estar travado. Alya já tinha desligado – após eu dar uma esfarrapada desculpa sobre estar com frio e a janela aberta não estava ajudando junto a toalha – e eu tomei minutos para voltar ao momento.

Meneio a cabeça.

— Melhor, sai do quarto! Vai 'pra sala! — Indico com meu indicador, e ele anui, saindo com bochechas vermelhas e de um modo rápido. Bato a porta, encostando-me nela.

Deus, que desastre!

Respiro fundo, enquanto solto a toalha. Tento me vestir com o máximo possível de rapidez. Por sorte, minha roupa já está sobre a cama e o pijama me cai bem. Me jogo na cama.

Preciso de alguns instantes para colocar os pensamentos no lugar.

Merda, Chat Noir tinha me visto seminua. Isso é estranho, estranho 'pra caralho. Quero esconder meu rosto no travesseiro. Também, é um desastre. Como isso pode acontecer?!

Eu deveria ser mais cuidadosa... assim como ele deveria avisar quando chegasse, ou antes de vir!

Me levanto, um tanto irritadiça. Saio do quarto, encontrando-o dessa vez na cozinha. Uh?

— O que está fazendo? — Franzo o cenho, ele me olha.

— Quero cozinhar 'pra você.

Sua expressão é adorável. É, admito, ele é fofo, mas...

— Merda, não! Alya está vindo, você precisa ir embora!

Chat franze o cenho, enquanto puxo-o pelo caminho.

— Mas...eu posso me esconder e...

— Não! Nada disso! Depois você volta! Eu... escrevo algo e... você vem.

— Mas!

— Mas nada! Fora! A gente se vê. — Faço minha melhor cara de nenê, enquanto aceno. Chat rola os olhos, bufa e se aproxima de mim.

— Um beijo antes.

— Na bochecha.

— Onde você quiser.

Sua proposta é convidativa demais. Isso me deixa receosa, mas não me acanho. Aproximo-me dele, e deposito um selar gostoso em sua bochecha. Não percebo quando ele vira o rosto, colidindo com nossos lábios em um selinho rápido. Se afasta, sorri maroto.

— Boa noite, princesa.

Sério?! Ele acha que vai mesmo me dar um beijinho mixuruca desses e sair assim?!

Puxo-o, quase fazendo com que se desequilibre. Ele me olha estarrecido pelo meu ato momentâneo de coragem. Não ligo, ao inferno tudo isso.

Enquadro-o contra a janela. Estou quente, tanto que o inferno pareceria gelo perto do meu corpo. Por um momento, quero esquecer todo o resto do mundo, o que Chat é, o que sou e o que já fui. Eu só quero ele, e mais nada.

Por isso, deixo nossos lábios se juntarem, unindo-os como um só. Ele não liga, ele pouco se importa, e isso me satisfaz. Fecho os olhos, deixo o momento me levar. Nossas bocas se movem, nossos corpos se encaixam.

Então naquele momento eu me decido: quero-o, nem que seja por uma única vez. Nem que no dia seguinte eu me arrependa. Eu preciso de algo, e se estamos destinados... que mal tem?

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