Vinte e nove; logo eu.

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LOGO EU
Q NAO PENSAVA
Q NAO IMAGINAVA
TE MERECEEEEEEEEEEEEEEER
AGORA SOU O DONO DESSE AMOOOOOOOOOOOOOR <3

o ultimo cap ;-; <3
obrigada por terem acompanhado! obrigada MESMO! Vocês são >>>> tudo <<<< pra mim e espero que tenham gostado da fic do modo que amei escreve-la! <3

eu amo voces! <3

. . .

POV Adrien

Quando disse que nunca havia ido conhecer os pais de alguma namorada eu não havia mentido. Nunca havia pisado na casa de alguém para conhecer progenitores, e aquilo nunca me foi algo que encasquetava minha mente, mas com Marinette – como sempre – era diferente.

E eu não sabia que seria diferente até mesmo quando eu pisasse na casa de seus pais e desse de cara com o pai de Marinette.

Se Marinette era miúda daquele modo, era porque não puxara os genes de seu pai. O cara era – sem dúvidas – um armário em forma de gente que me fez suar frio ao encará-lo. Pisquei, algumas poucas vezes, enquanto continuava sem reação.

Talvez nem mesmo a proteção do Miraculous seria capaz de me defender se o pai de Marinette se estressasse comigo. Tal pensamento não me desce bem.

— Papai!

Marinette me solta e grita de modo esganiçado, pulando nos braços de seu pai como quem não o via a anos. O sorriso em seu rosto era largo, assim o do homem de cabelos marrons, que quando separou-se dela voltou o olhar para mim. Eu me sentia um bocó ali parado com meu sorriso nervoso.

Se um dia considerei a morte doce, desfaço minha consideração. Ela é azeda, amarga e provavelmente dolorosa.

— Papai, esse é Adrien. — Marinette se dá conta do meu estado e me puxa. — Adrien, esse é meu pai, Tom.

Minha resposta vem em um menear de cabeça, estou incapaz de responder. Virei o próprio meme ambulante do "pane no sistema, alguém me desconfigurou".

— Filho! — Sou surpreso em um abraço apertado por parte do grandalhão em minha frente. — É um prazer te conhecer! Entre, entre! Sabine está montando a mesa. Acredita que não me deixou tocar no almoço? Acho que teme que eu modifique suas receitas de família, tsc.

— Você está um puro exagero hoje, papai. — Marinette resmunga e novamente me puxa. Seu pai se encarrega de fechar a porta enquanto sou levado para a cozinha pequena, que serve de área comum para a pequena sala de jantar. — Mamãe!

— Ah, querida e... oh... — A mãe de Marinette me encara de cima a baixo. Ok, novamente, pane no sistema. Sorrio nervoso. — Quando Marinette disse que traria visita, eu não sabia que a visita seria tão bonita.

Minha bochecha queima e eu não poupo um sorrisinho nervoso.

— Eu... obrigado? — Respondo, e a mãe de Marinette se aproxima ao deixar um pano de prato sobre o balcão.

— De nada, meu doce! — Assim como Tom, ela me puxa para um abraço. — Sou Sabine, querido. Nada de senhora sob meu teto. Ainda estou na flor da idade.

— C-Certo.... — Ainda estou nervoso.

— Vamos para a sala! — Sabine praticamente enxota a todos da cozinha, nos levando para a sala. Me sento ao lado de Marinette, enquanto ela e Tom se sentam no outro sofá. Trocam um olhar e então nos encaram. — Marinette comentou sobre você! Você é modelo, não é?

— S-Sim... senh... digo... Sabine! — Me corrijo, minhas mãos soam. Ok, eu vou desmaiar.

— Você come frango, não é? Fiz um frango a xadrez que é receita de família, mas vou entender totalmente se quiser ficar somente na salada e...

— Eu como de tudo. — Murmuro, um tanto tímido. — Não... não tenho frescuras com comidas e afins. O que você tiver feito eu vou comer.

— Meu Deus, que adorável! — Sabine olha para Tom, que também sorri.

— Se não fosse o namorado de Marinette, eu seria a favor de adotarmos ele. — Tom brinca, e acabamos rindo. Marinette me puxa de um modo até mesmo possessivo.

— Meu namorado, mas eu sou a filha preferida. Não comecem com suas graças! — Ela finge uma careta. — Nunca quiseram me dar um irmão, agora lidem com isso.

— Viu, querido? Marinette tem um ciúmes que só vendo! — Sabine começa a reclamar e Marinette faz uma careta.

O papo começa a fluir, e tudo parece comum demais, de um modo confortável e que nunca tive antes. Não havia pessoas puxando meu saco ou querendo vantagens, mas pais que querem o melhor para sua filha e – de algum modo – viram que eu compartilho do mesmo desejo. As histórias sobre Marin logo começam a ser espalhadas e ela fica corada em certos momentos. Me é gostoso a recepção calorosa de seus pais, e o me sinto bem.

Me sinto parte de algo que nunca tive antes.

[...]

As semanas passaram com uma rapidez tremenda, e Marinette tinha uma nova rotina que me incluía diversas vezes na semana. Os domingos eram marcados – sem falta – por constantes almoços na casa de seus pais, com muitas risadas e comidas diferenciadas, além de tarde produtivas em que Tom me ensinava algumas receitas.

Seu pai não era tão intimidador como eu pensei ser, mesmo assim, eu não sentia vontade de arriscar.

Tudo parecia caminhar bem.

— No que tanto pensa?

Ela se joga no meu colo, me retirando dos meus pensamentos. Suspiro, encarando o teto.

— Em nós.

— Complexo.

— Demais... — Sorri para ela. — Eu não imaginava te merecer e olha onde estamos... — Oferto-a meu melhor olhar doce. — Você é tudo 'pra mim, sabia?

O sorriso dela fez meu coração acelerar.

— Você também é tudo 'pra m... AI VALENTINA!

Marinette salta e senta na cama, parecendo em choque. Acabo rindo quando ela massageia o lado direito da bunda.

— Realmente, eu amo uma gata.

— Vá se foder. — Ela rola os olhos e se joga no meu colo. Sorrio. — Continuando... você também é tudo 'pra mim.

— Valentina que lute 'pra aceitar que tomei o lugar dela.

Marinette ri.

— E eu que lute 'pra lidar com todo esse convencimento seu. — Se aninha nos meus braços. Acabo sorrindo ainda mais.

Depois de instantes, volto a falar.

— Obrigado... — Suspiro. — Obrigado por ter ido atrás de mim sem querer e por ter me dado todo o amor que me deu e continua dando. Você é perfeita, eu nunca imaginava que um dia ia merecer todo esse amor. Você me não só me faz feliz, como está aqui 'pra mim e me aceitou tão bem que... Marinette!

Ela me olha, grogue de sono.

Hm?

— Você jura que cochilou durante minha declaração de amor?

Sua risada é graciosa, e ela me beija.

— Você vai ter muito tempo 'pra me agradecer, agora... vamos dormir. Estou cansada.

Acabo anuindo.

Ela está certa.

Sempre esteve certa.

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