não pode ameaçar a autora ok
amo vcs. . .
— É... acho que você sonhou demais.
O tom de Adrien é zombeteiro e – um tanto – brincalhão. Mantem os braços cruzados enquanto me acompanha pela sala. Olho ao redor. Nenhum sinal de invasor.
Não o respondo, largo minha bolsa sobre o sofá com a sacola e caminho para o quarto. Quando empurro a porta, meu coração acelera-se: esta uma bagunça do caralho. Algo em mim se revira.
Eu não tinha deixado daquele modo...
— Meaw.
Valentina se esgueira por minhas pernas, rebolando de um modo que somente ela conseguia. Movo meus olhos em um revirar. Entro no quarto, sem perceber que Adrien me acompanha.
— Cristo, isso... está horrível. — Continuo com meus olhos focados nos arredores. Minhas roupas parecem reviradas, e por um minuto, congelo.
Se Chat veio aqui e fez tal bagunça... só pode significar que...
Ai meu Deus!
— Marinette?
Adrien me ampara de prontidão quando me sinto zonza. Me acompanha com preocupação e me coloca sentada na cama. Meu coração bate forte no peito.
— Eu... estou bem. — Sorrio, amarelo. — Você... pode ir agora. Vou ficar bem.
Seu olhar demonstra certa descrença no meu dito. Ele se ajoelha, me olhando nos olhos.
— Jura? Você me parece assustada.
— Juro, estou bem. — Me levanto, sentindo um tanto encurralada por suas boas maneiras e gentileza. O beijo dado por ele na calçada é mandado para o fundo de minha mente. Estou mais preocupada com Chat Noir.
— Me acompanha até a porta, então?
— Acho que você sabe o caminho.
Não percebo o quão grossa soei até sua expressão mudar. Porra!
— Desculpe, eu... — Suspiro e me levanto. Ele faz o mesmo.
Tomo a liderança do percurso, Adrien me segue em silencio. A porta não está fechada. Quando nos aproximamos, Valentina passa como um maldito furacão entre minhas pernas, indo direto a Adrien, aninhando-se a ele.
— Valentina! — Soo ríspida, ela não liga. Rolo meus olhos. — Maldição! Não sei o que está acontecendo com essa gata! Nunca foi assim!
Adrien sorri e se ajoelho. Afaga-a, que se rende a seus toques.
— É sua?
De quem mais seria?!
— Sim. — Encosto no batente da porta, com um sorriso um tanto cumplice. — Apesar que ela parece me odiar as vezes.
— Gatos são temperamentais.
— Você é?
Ele eleva o olhar, mantenho meu sorriso debochado. Ele se levanta, meneando a cabeça.
— Boa noite, Marinette.
Me sinto quente quando ele deposita um selar gostoso em minha testa. Sorrio. Francamente... como sou capaz de fingir estar alheia a ele?!
— Boa noite...
Ele sai, e fecho a porta. Encosto meu corpo contra a madeira e suspiro fundo. Me permito viajar por segundos, antes de voltar a realidade.
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Logo eu
FanfictionSer a alma gêmea de um herói seria a própria sorte, certo? Mas... e ser a alma gêmea de um vilão? Diferentemente do que Fábio Junior cantava, Marinette não fazia tudo o que podia para encontrar sua alma gêmea. Ela tinha desistido quando, aos dezoito...