Treze; ultimato.

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não pode ameaçar a autora ok
amo vcs

. . .

— É... acho que você sonhou demais.

O tom de Adrien é zombeteiro e – um tanto – brincalhão. Mantem os braços cruzados enquanto me acompanha pela sala. Olho ao redor. Nenhum sinal de invasor.

Não o respondo, largo minha bolsa sobre o sofá com a sacola e caminho para o quarto. Quando empurro a porta, meu coração acelera-se: esta uma bagunça do caralho. Algo em mim se revira.

Eu não tinha deixado daquele modo...

Meaw.

Valentina se esgueira por minhas pernas, rebolando de um modo que somente ela conseguia. Movo meus olhos em um revirar. Entro no quarto, sem perceber que Adrien me acompanha.

— Cristo, isso... está horrível. — Continuo com meus olhos focados nos arredores. Minhas roupas parecem reviradas, e por um minuto, congelo.

Se Chat veio aqui e fez tal bagunça... só pode significar que...

Ai meu Deus!

— Marinette?

Adrien me ampara de prontidão quando me sinto zonza. Me acompanha com preocupação e me coloca sentada na cama. Meu coração bate forte no peito.

— Eu... estou bem. — Sorrio, amarelo. — Você... pode ir agora. Vou ficar bem.

Seu olhar demonstra certa descrença no meu dito. Ele se ajoelha, me olhando nos olhos.

— Jura? Você me parece assustada.

— Juro, estou bem. — Me levanto, sentindo um tanto encurralada por suas boas maneiras e gentileza. O beijo dado por ele na calçada é mandado para o fundo de minha mente. Estou mais preocupada com Chat Noir.

— Me acompanha até a porta, então?

— Acho que você sabe o caminho.

Não percebo o quão grossa soei até sua expressão mudar. Porra!

— Desculpe, eu... — Suspiro e me levanto. Ele faz o mesmo.

Tomo a liderança do percurso, Adrien me segue em silencio. A porta não está fechada. Quando nos aproximamos, Valentina passa como um maldito furacão entre minhas pernas, indo direto a Adrien, aninhando-se a ele.

— Valentina! — Soo ríspida, ela não liga. Rolo meus olhos. — Maldição! Não sei o que está acontecendo com essa gata! Nunca foi assim!

Adrien sorri e se ajoelho. Afaga-a, que se rende a seus toques.

— É sua?

De quem mais seria?!

— Sim. — Encosto no batente da porta, com um sorriso um tanto cumplice. — Apesar que ela parece me odiar as vezes.

— Gatos são temperamentais.

— Você é?

Ele eleva o olhar, mantenho meu sorriso debochado. Ele se levanta, meneando a cabeça.

— Boa noite, Marinette.

Me sinto quente quando ele deposita um selar gostoso em minha testa. Sorrio. Francamente... como sou capaz de fingir estar alheia a ele?!

— Boa noite...

Ele sai, e fecho a porta. Encosto meu corpo contra a madeira e suspiro fundo. Me permito viajar por segundos, antes de voltar a realidade.

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