RA RA RA
. . .
Eu estou confusa, mas minha intuição me parece gritar uma única informação: existe dois Chat Noir.
É nisso que penso enquanto Adrien dirige em direção a minha casa. Foi um sufoco sair do local, as pessoas estavam desesperadas, e o desespero não diminuiu com a chegada de Carapace, Rena e Ladybug. Todos pareciam ainda mais nervosos, e tampouco sei como Adrien e eu saímos do meio daquela multidão.
— Acho que nada saiu como esperava, não é?
Indago-o, de modo divertido. Adrien me oferece um sorriso, assim que estaciona em frente ao prédio onde moro. Solto o cinto de segurança, assim como ele.
— Realmente. Acho que até mesmo te devo um pedido de desculpas, não pensei que isso... acabaria desse modo.
— Está tudo bem, imprevistos acontecem.
— Dessa vez, gostaria que não tivesse acontecido. — Ele ri. — Bem... posso usar isso como desculpa para te convidar novamente?
— Para outra festa?
— Para onde você quiser ir.
— Então... sobe comigo.
Adrien se escora no banco, me encara com um tentador sorriso ladino.
— Hoje você quer que eu suba contigo, Marinette?
— Para beber algo, nada mais.
— É uma oferta tentadora, mas... eu tenho que revisar uns contratos para amanhã. — Ele sorri. — Porém... posso te deixar em casa amanhã e tomamos o que você quiser.
— Vai abrir uma exceção na sua agenda para mim, senhor Agreste? A secretaria?
Ele rola os olhos, e em seguida me puxa. Estou em seu colo, minhas pernas ao redor de sua cintura. Ele me encara, descansando as mãos em minha cintura.
— Você não deveria ligar para o que Kagami diz.
— Não estou ligando, de verdade. — Envolvo o pescoço dele com os braços. — Mas é como te disse, senhor Agreste... é o que eu sou.
— E é competente, por isso trabalha comigo. — Suas mãos bailam pela minha cintura em um delicioso dedilhar sobre o vestido. Sua boca aproxima-se da minha. — Sua competência é excepcional, Marinette.
Não o respondo, aproximo nossas bocas em um selo rápido. Adrien não se afasta, muito menos tenta se opor. Sua boca move-se junto a minha, me sinto no céu por instantes, enquanto nossas bocas se movem unidas. Nos separamos, e ele me encara.
Um suspiro sai – dengoso – por sua boca.
— É uma merda que eu realmente tenha que ir...
Acabo rindo.
— Realmente. — Me movo para o outro banco. — Mas... a gente se vê amanhã. Se você vier, eu encomendo uma pizza.
— Eu trago o vinho.
— Fechado, então. — Pisco para ele. — Boa noite, Adrien.
— Boa noite, Marinette.
Abro a porta e o encaro, meneio a cabeça.
— Somente Mari está bom.
[...]
Subi correndo para o quarto, minha cabeça girava com uma única opção que passa em minha mente.
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Logo eu
FanficSer a alma gêmea de um herói seria a própria sorte, certo? Mas... e ser a alma gêmea de um vilão? Diferentemente do que Fábio Junior cantava, Marinette não fazia tudo o que podia para encontrar sua alma gêmea. Ela tinha desistido quando, aos dezoito...