Dezoito; duplicata.

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RA RA RA

. . .

Eu estou confusa, mas minha intuição me parece gritar uma única informação: existe dois Chat Noir.

É nisso que penso enquanto Adrien dirige em direção a minha casa. Foi um sufoco sair do local, as pessoas estavam desesperadas, e o desespero não diminuiu com a chegada de Carapace, Rena e Ladybug. Todos pareciam ainda mais nervosos, e tampouco sei como Adrien e eu saímos do meio daquela multidão.

— Acho que nada saiu como esperava, não é?

Indago-o, de modo divertido. Adrien me oferece um sorriso, assim que estaciona em frente ao prédio onde moro. Solto o cinto de segurança, assim como ele.

— Realmente. Acho que até mesmo te devo um pedido de desculpas, não pensei que isso... acabaria desse modo.

— Está tudo bem, imprevistos acontecem.

— Dessa vez, gostaria que não tivesse acontecido. — Ele ri. — Bem... posso usar isso como desculpa para te convidar novamente?

— Para outra festa?

— Para onde você quiser ir.

— Então... sobe comigo.

Adrien se escora no banco, me encara com um tentador sorriso ladino.

— Hoje você quer que eu suba contigo, Marinette?

— Para beber algo, nada mais.

— É uma oferta tentadora, mas... eu tenho que revisar uns contratos para amanhã. — Ele sorri. — Porém... posso te deixar em casa amanhã e tomamos o que você quiser.

— Vai abrir uma exceção na sua agenda para mim, senhor Agreste? A secretaria?

Ele rola os olhos, e em seguida me puxa. Estou em seu colo, minhas pernas ao redor de sua cintura. Ele me encara, descansando as mãos em minha cintura.

— Você não deveria ligar para o que Kagami diz.

— Não estou ligando, de verdade. — Envolvo o pescoço dele com os braços. — Mas é como te disse, senhor Agreste... é o que eu sou.

— E é competente, por isso trabalha comigo. — Suas mãos bailam pela minha cintura em um delicioso dedilhar sobre o vestido. Sua boca aproxima-se da minha. — Sua competência é excepcional, Marinette.

Não o respondo, aproximo nossas bocas em um selo rápido. Adrien não se afasta, muito menos tenta se opor. Sua boca move-se junto a minha, me sinto no céu por instantes, enquanto nossas bocas se movem unidas. Nos separamos, e ele me encara.

Um suspiro sai – dengoso – por sua boca.

— É uma merda que eu realmente tenha que ir...

Acabo rindo.

— Realmente. — Me movo para o outro banco. — Mas... a gente se vê amanhã. Se você vier, eu encomendo uma pizza.

— Eu trago o vinho.

— Fechado, então. — Pisco para ele. — Boa noite, Adrien.

— Boa noite, Marinette.

Abro a porta e o encaro, meneio a cabeça.

— Somente Mari está bom.

[...]

Subi correndo para o quarto, minha cabeça girava com uma única opção que passa em minha mente.

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