53-Terapia de vidas passadas

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Terapia de vidas passadas (TVP), regressãoregressão de memória ou ainda retrocognoterapia (Salvino, 2008) consiste em fazer o paciente relembrar suas supostas vidas passadas através da hipnose.

Histórico

O nome Terapia de Vidas Passadas (Past Life Therapy) foi cunhado pelo Doutor em Psicologia Morris Netherton, em 1967, quando desenvolveu um método próprio de hipnose, que designou como Hipnose Ativa. O fundamento dessa abordagem extrai da hipnose regressiva o seu fundamento: em estado alterado de consciência, o cliente regressaria a um passado além do limiar da vida atual, onde se encontra um reservatório mnemônico cuja instância é o que o pesquisador Hemandra Banerjee denominou de "memória extra-cerebral". Segundo a hipótese da Terapia de Vidas Passadas, ao atingir o núcleo do trauma, seu inconsciente libera o material psíquico retido através do que Freud chamou de "catarse". Com a catarse, a energia psíquica é liberada e o sujeito sentiria um alívio significativo em seus sintomas. Esse alívio psíquico seria a causa das curas físicas e psicológicas registradas pelos terapeutas de regressão. Além de Morris Netherton, são considerados os precursores dessa corrente terapêutica Hans Tendam, Roger Woolger e Edith Fiore. Até hoje, esses autores são considerados referências na área e leitura obrigatória nos cursos de formação.

A terapia pode ser feita pela ajuda da hipnose, mas alguns ensinamentos não necessitam deste método. A hipnose possibilita ao experienciador adentrar em estados mais profundos de consciência ou o transe regressivo propriamente dito, onde desencadeia o fenômeno da retrogocnição ou lembrança de vidas passadas. Outros métodos podem ser usados, como por exemplo, a autopesquisa contínua de alguma dificuldade pessoal. O autopesquisador adentra profundamente dentro de si, pesquisando-se até que em dado momento regride sozinho, lembra de flash ou de situação continua em sonhos PES (percepção extrassensorial). Se lembrando de experiências no passado ou traumas, uma pessoa pode identificar a origem de seu problema e curá-lo. Um dos mais famosos escritores americanos sobre o assunto é Brian L. Weiss, graduado pela Columbia University e Yale Medical School e titular da cadeira de psiquiatria no Mount Sinai Medical Center de Miami, com várias obras traduzidas para o português.

Ela pode ser útil de várias formas, no tratamento de: fobias e medos irracionais, problemas psicossomáticos, disfunções de alimentação, problemas familiares, distúrbios sexuais, problemas de casamento e de relacionamento. Ela trata padrões negativos de ser e de agir, encontrando os motivos para as dificuldades na vida atual e pondo em ação uma mudança positiva, modificando atitudes e formas de entender a existência. O motivo para procurar a terapia de vidas passadas, diferente do que pensam muitas pessoas, não é procurar mudar nada no passado, mas sim melhorar sua vida agora. Com muita frequência traumas e padrões negativos de comportamento do passado continuam a nos influenciar, sem que nos apercebamos, até hoje e isso pode se manifestar no presente como uma fobia, alergia, uma doença crônica ou uma deficiência física, um vício, um distúrbio mental, incapacidade de se relacionar, uma atração ou repulsa inexplicável em relação a alguém.


Proponentes

Entre os conhecidos terapeutas dos países de língua inglesa que utilizam e ensinam a Terapia de Vidas Passadas incluem-se os Drs. Brian Weiss, Barbara Brennan e Ken Page nos E.U.A. e o Dr. John Plowman no Reino Unido. Em quase todos os grandes centros do Brasil encontra-se psicólogos e psiquiatras que aplicam a técnica.

No Brasil existem diversas linhas terapêuticas de TVP, cada qual possuindo suas particularidades e diferenças. Em ultima análise, as semelhanças entre elas são muito mais consideráveis que as diferenças. As divergências se situam num plano mais teórico e no foco que cada terapeuta concentra a sua atenção. As escolas mais sérias, como ensinadas pelo INTVP, fundado por Maria Júlia e Ney Prieto Peres, não se utilizam do aspecto espiritual e o relegam a segundo plano, preferindo focar em aspectos psicológicos próprios da consciência objetiva atual e do "significado" que a pessoa dá a experiência de vidas passadas. Outras abordagens, como a da SBTVP ( Sociedade Brasileira de Terapia de Vidas Passadas) por outro lado, procura colocar a TVP num nível mais kármico, levando em consideração a missão de vida do atendido. Esta é considerada por alguns como a abordagem mais espiritual da Terapia de Vidas Passadas no Brasil, pois supostamente lida com a questão das "presenças" (espíritos obsessores para o Espiritismo). Outras abordagens menos ortodoxas utilizam a técnica do mentor (seria uma alma de maior adiantamento espiritual que vem auxiliar nas regressões), da proposta encarnatória (nossa missão na vida), do pós-morte (a vida após a morte), vidas futuras, guias espirituais, dentre outros.

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