Catatonia
A Catatonia é uma perturbação do comportamento motor que pode ter tanto uma causa psicológica ou neurológica. A sua forma mais conhecida envolve uma posição rígida e imóvel que pode durar horas, dias ou semanas. Mas também pode se referir a agitação motora sem propósito mesmo sem estímulos ambientais. Uma forma menos extrema de catatonia envolve atividade motora muito lenta.
A catatonia é dividida em:
Esquizofrenia catatônica: Estupor ou agitação com perda de contato com a realidade, algumas posições parecem desconfortáveis e ao mover a pessoa ela pode permanecer na mesma posição por horas. Pode envolver também episódios de violência, alta sugestionabilidade e/ou alucinações vívidas.
Depressão catatônica: Apatia severa, pessimismo, imobilidade ou lentidão, mutismo seletivo (decidir não falar) e anedonia (perda da capacidade de sentir prazer);
Catatonia por outras causas médicas.
Diversas condições médicas podem causar catatonia, especialmente condições neurológicas e psiquiátricas:
Esquizofrenia;
Câncer cerebral;
Traumatismo craniano;
Derrame cerebral;
Encefalite;
Hipercalcemia;
Encefalopatia hepática;
Homocistinúria;
Cetoacidose diabética.
O amobarbital, benzodiazepínicos ou ECT podem ser usado para diferenciar causas mais orgânicas de causas mais psiquiátricas. Testes psicológicos e neurológicos devem ser usados durante a administração dos medicamentos para testar a melhora ou piora do paciente.
É uma síndrome complexa consistindo, sobretudo, de:
Sintomas negativos (perda de capacidades que a pessoa possuía previamente);
Estupor prolongado ou atividade motora excessiva;
Mutismo seletivo;
Maneirismos (movimentos voluntários peculiares);
Ecolalia (repetição de sons);
Ecopraxia (imitação dos movimentos de outra pessoa);
Sugestionabilidade;
A evolução da catatonia traz uma crescente deficiência intelectual ao paciente e a atividade motora excessiva aparentemente não possui um objetivo nem é influenciada por estímulos externos.
Dois dos principais sintomas da catatonia são a sugestibilidade e o negativismo do indivíduo. No primeiro caso, há exagerada tendência do doente a submeter-se às sugestões externas, especialmente as fúteis e sem conseqüências benéficas. No segundo caso, verifica-se uma teimosa oposição à execução do que se pede ao doente que faça, chegando ao ponto de realizar exatamente o inverso daquilo que lhe é indicado.
A contração de determinados grupos de músculos, provoca atitudes estereotipadas, mesmo sem cessação dos movimentos voluntários conhecidos como estereotipia.
Não deve ser confundido com:
Catalepsia patológica
Cataplexia/Narcolepsia
Distonia Aguda Induzida por neuroléptico
Demências (como Alzheimer)
Transtorno factício
Dentre os pacientes diagnosticados com sintomas catatônicos 77% possuem distúrbios afetivos e apenas 7% possuem esquizofrenia.
Inicialmente começa-se com tratamento sintomático. Em casos de agitação motora benzodiazepínicos em altas doses podem melhorar o quadro em meia hora. Lorazepam é um dos tratamentos de primeira linha. Antipsicóticos podem ser usados, mas com cautela pelo risco de causar hipotensão e síndrome neuroléptica maligna que agravam ainda mais o caso.
Antidepressivos pode ser usado para reduzir sintomas depressivos e carbonato de lítio para reduzir sintomas maniacos e depressivos.
O topiramato, por produzir antagonismo glutamato através da modulação dos receptores de , pode ser útil quando excesso de glutamato for identificado.
Acredita-se que, nesses casos, o doente poderia ser enterrado ainda em vida. Isso já não ocorre pois atualmente há uma série de exames que são feitos antes de declarar o óbito do indivíduo.
Source - Wikipedia
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Estudos da Mente
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