Narcolepsia
Narcolepsia é uma condição neurológica caracterizada por episódios irresistíveis de sono e em geral distúrbio do sono. É um tipo de dissonia. O sintoma mais expressivo é a "preguiça" e sonolência diurna excessiva, que deixa o paciente em perigo durante a realização de tarefas comuns, como conduzir, operar certos tipos de máquinas e outras acções que exigem concentração. Isso faz com que a pessoa passe a apresentar dificuldades no trabalho, na escola e, até mesmo, em casa.
Na maioria dos casos, o problema é seguido de incompreensão familiar, de amigos, professores e patrões. A sonolência, geralmente, é confundida com uma situação normal, o que leva a uma dificuldade de diagnóstico. É comum portadores da narcolepsia passarem a vida inteira sem se darem conta que o seu quadro é motivado por uma doença, sendo tachados por todo esse tempo de preguiçosos e dorminhocos. No entanto, se o narcoléptico procurar ajuda especializada, vai descobrir que é vítima de um mal crônico, cujo tratamento é feito por meio de estimulantes e que se pode prolongar por toda a vida.
As manifestações da narcolepsia, principiando pela sonolência diurna excessiva, começam geralmente na adolescência, quando piora, leva à procura médica à medida que os sintomas se agravam. A narcolepsia é um dos distúrbios do sono que pode trazer consequências individuais, sociais e econômicas graves.
A causa da narcolepsia é o déficit do neurotransmissor denominado orexina no hipotálamo. O déficit deste neurotransmissor estimulante leva à sonolência excessiva. A orexina é também denominada de hipocretina. Em agosto de 2010, a Agência Sueca de Produtos Médicos (MPA) e do Instituto Nacional Finlandês para a Saúde e Bem-Estar (THL) iniciou investigações sobre a aquisição de narcolepsia como um possível efeito colateral a Pandemrix vacinação contra a gripe em crianças, [5] e encontrou no mínimo 6,6 vezes maior risco entre crianças e jovens, resultando em um mínimo de 3,6 novos casos de narcolepsia por 100.000 pessoas vacinadas.
O tratamento da narcolepsia pode ser feito com medicamentos estimulantes (Simpaticomiméticos) para manter os narcolépticos acordados, incluindo a anfetamina e seus derivados como o metilfenidato. Por ser uma doença de longa duração, o tratamento inclui também a orientação dos pacientes e familiares.
A palavra Narcolepsia vem do grego nárke = narco, estupor, sonolência + lepsis = lepsia, crise) é o desejo incontrolável de dormir ou as crises repentinas de sono. Esta palavra - narcolepsia - foi cunhada por Gelineau (1880), caracterizando esta doença crônica.
1877 Primeira descrição na literatura médica por Westphall.
1880 Gelineau denominou o distúrbio de narcolepsia.
1902 Lowenfeld usou o termo cataplexia.
1935 Uso de anfetaminas no tratamento da narcolepsia.
1960 Descrições dos períodos REM anormais em narcolepsia.
1970 Descrições do Teste das Latências Múltiplas do Sono.
1973 Primeiros relatos sobre narcolepsia em cães.
1998 Identificação de orexina (hipocretina) no hipotálamo.
1999 Identificação de mutações dos receptores de hipocretina como causa de narcolepsia em cães e ratos.
2000 Narcolepsia humana é associada com deficiência de hipocretina.
A narcolepsia é encontrada nas raças Dobermann, Golden Retriever, Labrador, Poodle, Beagle e Dachshund. É evidente o caráter genético em familiares de cães da raça Doberman com narcolepsia. A narcolepsia canina parece estar associada a um gene autossômico com penetrância incompleta denominado canarc-1. O estudo deste modelo animal é importante para a compreensão da narcolepsia humana, devido à semelhança na sintomatologia e no tratamento.
Source - Wikipedia
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Estudos da Mente
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