Folie à deux
Folie à deux ("Loucura a dois" em francês, pronuncia-se: foli-à-dú) é uma sintomatologia psicopatológica na qual sintomas psicóticos são compartilhados por duas pessoas, geralmente da mesma família ou próximas. Quando a família tem um estrutura psicótica pode ser chamada de folie en famille. No CID 10 é classificado como um "Transtorno psicótico induzido"(F24) na sub-categoria transtorno esquizotípico (F20 a 30). E no DSM é classificado como "Transtorno psicótico compartilhado". Esse termo deve ser usado para descrever a relação psicopatológica independente dos diagnósticos individuais dos envolvidos.
Pode ser necessário separar os envolvidos durante o tratamento para prevenir que eles reforcem os comportamentos inadequados entre si. Quando o transtorno está sendo induzido por um psicótico (chamado de primário) em uma ou mais pessoas vulneráveis, porém com boa capacidade de interpretação da realidade social, os sintomas das vítimas tendem a desaparecer apenas com terapia, sem a necessidade de medicamentos.
É mais frequente em famílias que vivam juntas (principalmente pais e filhos próximos) pelos fatores genéticos, ambientais, interpessoais, sociais e culturais compartilhados entre eles e envolvidos na formação de uma psicose.
Adolescentes e adultos jovens são mais vulneráveis a psicoses. Ileno Costa e Isalena Carvalho (2007) defendem que toda psicose é resultado de um adoecimento da estrutura familiar e da própria sociedade sendo protagonizada por indivíduos vulneráveis. E a possibilidade de compartilhar sintomas psiquiátricos mesmo em pessoas sem genética reforça a importância que o psicológico, a sociedade e o ambiente tem sobre os indivíduos em oposição ao modelo tradicional que considerava a psicose como uma doença apenas genética.
Pode ocorrer por imposição em uma relação de poder (Folie imposée ou communiquée) quando uma pessoa impõe crenças altamente prejudiciais, inadequadas e socialmente não-compartilhadas (ex: cultos novos, teorias de conspiração...) para uma ou mais pessoas vulneráveis ou ambos podem ter transtornos psicóticos e compartilharem suas crenças entre si (Folie simultanée ou induite), influenciando o comportamento um do outro.
Quando envolve mais de duas pessoas pode ser chamada de folie à tróis (loucura a três), folie à quatre (loucura a quatro) ou folie à plusieurs (loucura de muitos). E possível que alguns cultos radicais extremistas, suicídios em massa e teoristas de conspiração possam ser casos de folie à plusieurs, popularmente conhecidos como histeria colectiva.
Subtipos
Gralnick (1942) formulou 4 subtipos :
Folie imposée: Ideias delirantes são impostas a uma pessoa saudável e desaparece quando separado do causador.
Folie communiquée: Após longo período de resistência a pessoa saudável, mas persiste quando separado do causador.
Folie simultannée: Quando ambos psicóticos de gravidade similar trocam idéias delirantes. Comum em hospitais psiquiátricos. Associado a vulnerabilidade e fatores depressivos.
Folie induite: Um paciente com psicose mais grave adiciona novas idéias delirantes a um paciente com psicose mais moderada.
Frequentemente é necessário começar o tratamento separando os dois envolvidos. O caso primário geralmente exige tratamento com antipsicóticos, acompanhamento psicoterápico e . Dependendo do caso o caso secundário também pode exigir medicação, mas caso o afastamento seja suficiente pode-se restringir o tratamento ao acompanhamento psicológico semanal.
Duplo Vínculo
Esquizofrenia
Transtorno esquizoafetivo
Transtorno de personalidade esquizóide
Source - Wikipedia
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Estudos da Mente
Non-FictionQuerido leitor, esse livro ira citar doenças mentais e variadas doenças, é bom para quem gosta do tema "medicina" ou "psicologia ". Tenho certeza que você conhece algumas doenças mais famosas como por exemplo bipolaridade, depressão, ansiedade e var...