—Tudo bem Matteo, aceito a proposta mas com algumas condições- ele se distancia de mim arrumando o terno com um sorrisinho presunçoso na cara.
— Foi um prazer ter essa conversa com você minha pequena, arrume suas coisas que logo mandarei meu motorista vir te buscar, leve apenas o necessário, e em relação a suas condições, conversamos na minha casa.
E assim ele simplesmente se vai com toda a sua beleza e arrogância de quem conseguiu exatamente o que queria e eu caí como uma mosca tonta em sua teia, mas não vai ficar barato, ele que me aguarde.
Ouço a campainha tocar de novo e já vou revirando os olhos pra saber o que ele quer novamente, talvez agora tomar meu rim talvez, acho que conseguiria fácil do jeito que é.
Abro a porta e vejo Mia, o alívio me consome.
—Meu Deus Ayla que cara é essa, parece que viu um fantasma.
— Não minha amiga pior, vi um demônio, e meu filho é a cria do mal.
Começo a contar tudo para minha amiga desde o começo, desde o dia do evento, falei como meu filho foi gerado, quem é o pai, como fui trabalhar pra ele e agora estou indo arrumar minhas coisas para ir morar com ele, temporariamente diga-se de passagem.
Quando olho pra Mia ela está vermelha e momentos depois explode em risadas, eu aqui com os nervos a flor da pele, contei minha desgraça com aquele anjo do mal pra ela e ela simplesmente ri.
—Olha amiga desculpa mas sua vida parece uma novela mexicana, e pense pelo lado positivo seu filho vai ter tudo do bom e do melhor, e você não pode fazer esforço e nem se alterar precisa de repouso, sabe que pode contar comigo mas eu me preocupo de você ficar aqui sozinha, nem sempre vou poder ficar aqui.
— Eu sei amiga, e já até aceitei, porém vou ter as minhas condições, ele tem que aprender que ele não pode chegar aqui exigir o que ele quer, nem tudo é da maneira que queremos.
—Tudo bem, mas faz isso por mim, e pelo meu afilhado, para ele vir com saúde a esse mundo, para ser muito mimado e amado.
É falar no bem estar do meu bebê que me derreto toda, quero dar o mundo pro meu serzinho, e se pra isso vou ter que aguentar o insuportável do pai dele, eu farei, ele não tem culpa da tapada da mãe dele dar para o primeiro que apareceu no bar, mas ele será muito amado por mim e pela dinda dele.
Continuamos conversando e comendo, porque essa conversa toda me deu uma fome mostra, Mia me conta todas as loucuras dela, do cara que conheceu na semana passada e me faz rir de tudo, essa garota é demais.
Minha amiga vai embora e já está anoitecendo, conversamos muito e isso me acalmou bastante, agora vou para meu quarto arrumar minhas coisas e ir pro calabouço do anjo do mal, que eu tenha forças meu pai, aliso minha barriga já bem aparente.
— Isso é tudo por você meu passarinho, pra você crescer bem aqui dentro e nascer saudável pra logo ganhar o mundo.
Sempre tive na cabeça que filhos são passarinhos que nasceram para voar, e meu bebê vai ser grande, bondoso e espalhar essa bondade pelo mundo.
Com toda a arrumação, decido apenas levar uma mala, não tenho muitas coisas, estou levando apenas o essencial.
As nove o motorista do Matteo me pega e leva até sua casa. Chegando lá fico impressionada com o tamanho e a sofisticação da sua casa, pensei que ele me levaria para o apartamento onde me levou da outra vez, mas comecei a entender que claro que ele não levaria mulheres para o lar doce lar dele, óbvio.
O Will leva minha pequena mala, e eu vou seguindo atrás dele e não consigo parar de ficar deslumbrada com a beleza daquela mansão, é perfeita.
Entro e na sala já vejo o anjo do mal agora sem o paletó e a gravata, apenas com a camisa e a calça social, a caminha aberta dois botões e com um copo que provavelmente é Wisk pela coloração âmbar.— Espero que a viagem tenha sido boa- fala me olhando
— Ah... é... foi sim, o Will é bem cuidadoso e simpático.
— Will é? Já chegou tento intimidade com os funcionários- ele fala se aproximando.
— Sim. Will, pelo o que eu saiba esse é o nome dele, na verdade william, mas gosto de Will, e ele é um ser humano, trabalhador e merece ser chamado pelo nome.
Nesse tempo que dei o meu pequeno discurso ele se aproximava, a passos silenciosos, parecia um leão em caçada atrás da sua presa, e com certeza eu sou a presa
— você gosta de me desafiar não é pequena, acho que não tem a noção do perigo- quero saber que mania é essa de ficar cara a cara.
— Eu não te desafio, apenas digo o que estou pensando, e nem sempre vou concordar com você em algo, na verdade não concordamos em quase nada.
Ele continua me olhando profundamente, isso me tira do eixo, mas não vou dar esse gostinho para ele e demostrar fraqueza.
—Acho melhor levar você até seus aposentos, creio que deve estar cansada, e você precisa de repouso.
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Apenas uma noite
RomanceAyla é uma órfã que apos sair do orfanato que passou praticamente sua vida inteira sempre batalhou muito para viver, hoje com 25 anos trabalha em um restaurante como garçonete, tem um namorado a dois anos e são ótimos melhores amigos, ate o dia que...