Capítulo 20

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Fui levada a te meu quarto pelo próprio diabo, e fica cada vez mais embasbacada com a beleza dessa casa, o quarto em que vou ficar é maior que meu apartamento,  viveria aqui facilmente, caberia todas as minhas coisas e ainda sobraria espaço.

—Logo a lia vem arrumar suas coisas no seu closet, por hora é isso, pode ficar a vontade e aproveite para descansar, está com fome ?

— Ei calma, eu mesma posso arrumar minhas coisas, e ainda precisamos conversar sobre os meus ternos.

—Creio que hoje não será possível pequena, você precisa descansar.

Quando vou responder ouço o som da porta se fechando, ahhhh mas ele me paga.

Enquanto penso no que vou fazer com o anjo do mal para que ele me escute vou explorando o quarto, arrumo todas as minhas coisas dentro do closet, minhas poucas roupas foram engolidas pela imensidão daquilo, vejo que também tem muitas toalhas, pego uma e resolvo tomar um banho.

E não sei porque ainda me surpreendo, o banheiro todo branco, enorme, com uma banheira e ao lado o box onde tem um chuveiro que mais parece uma barraca de tão largo, acho que nem sei ligar isso, tem vários botões, tudo muito moderno.

Depois de lutar contra o chuveiro finalmente consigo tomar banho, e que banho, a água por incrível que pareça estava em uma temperatura boa, bem morninha, relaxei bastante, quando saio do banheiro vejo uma senhora uniformizada em pé em frente ao meu closet.

—Olá senhora meu nome é Lia e vim arrumar o seu closet.-ela é a coisa mais fofa do mundo, toda arrumadinha, com o cabelo bem alinhado, e com as bochechinhas redondinhas e vermelhinhas.

— Olá Lia, não precisa já arrumei tudo e nem é tanta coisa assim por isso foi bem rápido.

—Ah que pena, mas eu posso ajudá-la em algo ?

—Na verdade se me respondesse algumas perguntas creio que ajudaria e muito.

—Como é o Matteo?

—Humm... senhorita não sei se devo- diz ela de forma tímida
—Por favor Lia, preciso saber, cai na vida dele de paraquedas, mal o conheci e não consigo trocar duas palavra com ele antes de querer esgana-lo- digo e ela sorri
—Bem  o senhor Matteo ele é muito correto, sempre paga o salário dos funcionários em dia e é muito exigente, mas é uma boa pessoa.

—Ah tá, entendi- faço uma cara de desânimo, não era bem isso que queria saber, e acho que a Lia percebe o que quero dizer.

— senhorita... - logo a interrompo, chega dessa história de senhorita—Lia pode me chamar de Ayla.

— Ok tudo bem, mas só te chamarei de Ayla quando estivermos nós duas tudo bem ?

—Combinado- dou o meu dedinho mindinho para ela, e ela sorri do meu gesto infantil.

—O senhor Matteo apesar de muito sério é um homem digno, muito atencioso com a família, mas acho que se acostumou a viver sozinho, seus pais não foram muito presente em toda vida, trabalhavam muito para dar todo o conforto para ele e a irmã.

—Ele nunca namorou ninguém ?

—Não que eu saiba, trabalho na família a muito tempo, desde que ele era um adolescente, já o vi sim com mulheres mas nenhuma que fosse sério.
O Matteo tende a querer tudo do seu jeito e acho todas as mulheres sempre fazem o que ele quer, acho que ele precisa de alguém que mostre pra ele que não é bem assim.

Pela maneira que a Lia me olha, creio que ela acha que sou essa pessoa. Com o olhar cúmplice pergunto a ela.

—Lia onde é o quarto do Matteo ?

— É logo ao lado- fala com o olhar desconfiado.

— Ele costuma trancar a porta para dormir ?

— Na verdade não, como mora sozinho e a noite sou somente eu que fico pela casa ele não vê necessidade.

— Estão muito bem, obrigada Lia pela grande ajuda, já vou me recolher, estou um pouco cansada e vou me deitar naquela cama enorme e aconchegante- dou o meu melhor sorriso de gato da Alice, vejo ela saindo bem desconfiada, fecho a porta e espero para ter certeza que ela já se recolheu também

Aproveito para me vestir e me condeno por nunca ter comprado um pijama descente, não gosto de muito pano na hora que vou dormir, então basicamente meus pijamas são shotinhos e blusas de flanela.

Checo para ver se o corredor está vazio, saio silenciosamente do meu quarto e vou em direção ao dele, observo uma porta da cor marrom, giro a maçaneta devagar e vejo que realmente está destrancada, vou abrindo a porta devagar, o quarto está a meia luz.

Vejo ele deitado na cama dormindo profundamente somente de cueca, e que corpo, parece que ele foi moldado a mão, perfeitamente esculpido, seu abdômen definido, braços torneados e as pernas bem grossas , esse homem é o próprio pecado, balanço a cabeça me livrando desses pensamentos impuros e resolvo fazer o que me propus, fazer com que ele me ouça.

Me aproximo da cama dele subo bem devagar do lado dele na cama, me apoio e o empurro com toda minha força no chão, o corpo dele caindo ao chão faz um som abafado, ele se levanta rapidamente, com o susto, sem saber quem o atacou olha para todos os lados passando a mão do rosto e quando finalmente me vê os olhos começam a pegar fogo.

— O que você pensa que está fazendo ? Ficou louca ? -fala exasperado.

— Acho que agora tenho sua atenção não é mesmo senhor Smith? -o vejo abrindo a boca para rebater mas logo me adianto falando, ao mesmo tempo levanto da cama e procuro o interruptor para acender a luz.

—Acho que a primeira condição não precisei falar, por sorte você não foi tão cara de pau querendo que dormíssemos no mesmo quarto.

Quando acendo a luz vejo ele de pé só de cueca branca, dou uma boa olhada no volume e estremeço, mas reparo que ele me dá uma boa olhada também, mas como não estou com esse pedaço de pano, e na hora de vir pra cá nem me lembrei disso.

— Segunda condição, quero voltar a trabalhar.

— De jeito nenhum. -ele diz firmemente

— Ou volto a trabalhar ou vou embora, tenho certeza que consigo me virar.

— Você viu o que a médica falou Ayla, você precisa de repouso, não pode fazer esforço físico.

—Lembro muito bem, minha próxima consulta é daqui a 3 semanas e mesmo assim vou trabalhar no escritório o que não envolve tanto esforço, se não for assim nada feito.

Ele passa a mão pelo cabelo, já percebi que é uma mania quando fica nervoso.

—Ok, mas só irá voltar a trabalhar se for liberada pela sua obstetra.

—quero um aumento também-mais uma vez vejo ele abrindo a boca para rebater mas o corto de novo

—preciso fazer um bom pé de meia para o nosso filho futuramente.

— Se é o que quer vou ver com o financeiro, mas não irei deixar faltar nada para o nosso filho.
—Corretas as suas palavras, nosso, mas eu preciso viver também não é mesmo ?

Vou saindo do seu quarto vitoriosa me viro para ele e dou um sorriso sínico e digo

-Foi muito bom fazer negócio com você senhor Smith.

Esse capítulo veio que veio, me digam o que acharam nos comentários, não esqueçam de votar e me seguir.

Apenas uma noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora