Capítulo 29

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Matteo

Como sempre o dia na construtora não foi fácil, reuniões atrás de reuniões, não tive tempo nenhum para ligar para casa e saber como a Ayla e minha filha estão, só de pensar nelas me vejo sorrindo, é a melhor parte do meu dia chegar em casa e vê-la, conversar amenidades com ela, tudo com ela fica mais leve, parece certo.

Ayla por cor onde só existia escuridão, com aquele olhar sempre curioso, e seu jeito meigo e ao mesmo tempo explosiva, essa mulher consegue me tirar do eixo em dois segundo.

Tenho vontade de mata- la em um segundo e beija- la em outro, nunca me senti assim na vida, não sei explicar direito os meus sentimentos em relação a ela, talvez viramos amigos com benefícios.

E que benefícios, tenho vontade de tomá-la a cada vez que a olho, a desejo de já maneira que jamais desejei outra mulher, e a cada dia que passa ela fica mais linda, apensar de insistir em dizer que está parecendo uma bola, mas aos meus olhos ela está mais que perfeita.

Confesso que demorei a me acostumar que seria pai, mas cada vez que olho pra barriga dela, cada vez que eu a toco e sinto minha filha mexer, não imagino mais minha vida sem isso, sem esse sentimento, acho que ser pai está me fazendo um homem melhor.

Eu sempre fui frio, fui criado desta maneira, sem amor, nasci para liderar, sem grande, e foi isso que foi até ela aparecer na minha vida.

Nunca tive namoradas, apenas casos de uma noite e nada mais, era mais fácil assim, compromissos me dão arrepios, trabalhei como um condenado, tripliquei a minha fortuna, tenho dinheiro para sustentar até a minha 5 geração, posso ter o que eu quiser na hora que eu quiser.

O dinheiro faz isso, te dar poder, abre caminhos, tudo é mais fácil quando se tem dinheiro.

Saio do meu escritório para o elevador elevador privativo que vai direto para o estacionamento, preferi assim, não gosto de perder tempo esperando elevadores.

Dirijo até minha casa ansioso para vela, todo o meu dia de merda valer a partir pena.

Chegando em casa abro a porta, os empregados ainda estão circulando, creio que organizando tudo para a chegada dos meus pais, coisa que ainda não entendi foi o que eles pretendem vindo até aqui, faz bastante tempo que não os vejo.

E desde que assumi a empresa foi assim, eles saíram para viajar o mundo, moram em outro país, e hoje apenas recebem os enormes lucros que dou gerindo a empresa, recebo uma ligação anual da minha mãe só para saber que estão vivos e geralmente para perguntar como vai a empresa.


Mas foi para isso que eles me criaram, apenas para perpetuar o nome da família, alguém que pudesse cuidar dos negócios enquanto eles viviam a vida de luxo, não sou um filho sou um investimento.

Procuro Ayla por todo canto da sala e não a vejo, viu até a cozinha para ver se ela está lá e esbarro com a Lia.

— Olá senhor, como vai ?

—Vou bem lia, onde está a Ayla ?

— Ja subiu senhor, tenho notado ela mais pálida, e se movimentando com bastante dificuldade, creio que vem sentindo dores, hoje insistiu em nos ajudar na arrumação da casa, tentei ao máximo fazê-la desistir dessa ideia senhor, mas sabes como ela é.

—Obrigada Lia, a partir de hoje quero que me ligue caso ela esteja fazendo algo que não pode- me viro e subo as escadas soltando fogo pelas ventas.

— Você quer me matar do coração Ayla ? É isso ?

—Chego em casa e  a Lia me conta que você passou a tarde ajudando os empregados, se esforçando, coisa que não deveria estar fazendo, Lia me disse que você não obedece, se esforça demais, subiu para o quarto com muita dificuldade que precisou de ajuda.

—Desculpe. Vejo-a baixar a cabeça e isso me Amolece imediatamente, Deus como pode ser tão linda e nem saber disso.

Acaricio a sua barriga e vejo-a soltar um gemido de dor, sentindo pavor, pergunto imediatamente como ela está e já vou levantando para pegar o telefone para ligar para a médica.

Mas sinto sua mão me puxar suavemente.

Acalme-se está tudo bem, é que a pequena é grande demais para o espaço da minha barriga, ela como ela não se aguenta quando sabe que você está por perto se agita e é isso né causa um desconforto, mas logo logo irá passar.

Me ajeito do lado de Ayla na cama e me inclino em direção da sua barriga.

— Oi filha, o papai tá aqui, sei que fica bem feliz, mas fica quietinha e da uma folga para sua mãe, não vejo a hora de te ver.

Fico ao lado dela como um bobalhão alisando a sua barriga, e por incrível que pareça minha filha me ouviu que agora está quietinha dando paz a sua mãe.


Depois de um tempo noto uma agenda nas mãos dela e a questiono.

__ O que você tem nas mãos ?

__São anotações sobre algumas coisas que pretendo fazer nos quartos da Maya.

__Quartos?

Realmente ainda não tinha me atentado a tais coisas, minha filha não tinha ainda nenhuma roupa, é muito menos onde dormir, que tipo de pai vou ser.

A angústia me consome quando a pouco dizer

__Ou talvez você prefira que ela saia da maternidade enrolada em um lençol.

_Minha filha não irá sair enrolada em um lençol Ayla, Deus!— digo desesperado, tenho que providenciar tudo isso, Ayla já está com nove meses.

Continua alisando sua barriga e conversando com ela, depois desço para conversar com minha filha, quando a vejo já adormeceu, fico admirando a sua face, como ela étao delicada é tão forte aí mesmo tempo.

Pego a agenda de sua mão e vejo as anotações, até alguns desenhos sobre alguns móveis que ela quer, os detalhes do quarto em vermelho e branco, tudo bem planejado, vejo os detalhes do segundo quarto e meu peito aperta.

Será que ela irá embora ?
Não te motivos para isso, a casa é grande e confortável, creio que seja ótimo criar uma criança aqui.

Apenas uma noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora