Capítulo 23

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Duas semanas se passam e cada vez menos vejo o Matteo, se antes sentia ele distante agora é como se eu morasse aqui sozinha, não o vejo quando acordo e quando vou dormir ele ainda não chegou, e não sei o que fazer e como agir

Logo à noite chega, mas o sono deu adeus, saio da cama visto meu roupão e sigo para a parte dos fundos da mansão, onde tem uma enorme piscina, o jardim é perfeito, eu amo flores, a beleza delas me encanta, tiro as meu calçado para poder sentir a grama sobe meus pés.

Sigo caminhando e pensando em como minha vida deu essa volta louca, de quase casada para mãe solteira, já estou com quase 5 meses, minha barriga já esta bem Aparente, pelo o que parece essa pequenininha não é tão pequena assim, também se depender do pai dela vai ser uma vara pau.

— Ai filha desculpa, você vai ser linda mesmo sendo uma vara pau— digo alisando minha barriga.

— Se puxar a beleza da mãe tenho certeza que não importa a altura.— com o susto tropeço e quase Caio de bunda do chão, mas sinto logo ele me pegar.

— Meu Deus Ayla você está bem ? Desculpa não quis te assustar, sou um idiota mesmo.

— Calma estou bem, você me segurou a tempo.— digo tentando acalma-lo

Mas pelo o que eu vi não adiantou muito, vejo ele andando de um lado para o outro praticamente fazendo um buraco no chão, passava as mãos compulsivamente pelos cabelos e rosto.

— Está vendo o motivo de eu não querer ser pai, não sei cuidar de ninguém, quase matei você agora, você poderia ter perdido a bebê, poderia ter caído, batido a cabeça e morrido, não iria só perder minha filha ia perder você também.

Fico completamente parada olhando tudo o que ele diz, confesso que estou muito confusa vendo ele em uma tentativa falha de chegar a China, falando uma coisa atrás da outra me aproximo dele lentamente, vou guiando ele lentamente para as cadeiras de sol que tem próximo a piscina, vou sentando ele devagar.

—Respira Matteo, puxa o ar e solta devagar— vejo ele fazendo o que pedi, e ir se acalmando.

— Eu também tenho medo, as coisas não saíram como eu planejei, mas estou tentando.

— Me diz como eu posso ser pai, não sei o que fazer nem como agir, você acabou de ver Ayla quase te matei e matei ela, isso está fora do meu controle.

— Um passo de cada vez tudo bem, também não sei muito sobre maternidade, também estou muito assustada, é uma vida que vai depender de mim, de nós.

Vou me aproximando dele, e sem saber o motivo dessa loucura que irei cometer, me sento no colo dele e começo a alisar os cabelos dele, vejo ele fechando os olhos e sentindo cada toque meu.

— Vamos dar um paço de cada vez tudo bem ?
Ele abre os olhos lentamente e fixa seu olhar ao meu, aos poucos é formado uma bolha só nossa, ele acaricia meu rosto lentamente.

Quando menos espero sinto os lábios dele, um beijo desesperado, poderia sentir tudo o que ele está sentindo no momento, e meu Deus que beijo, meu corpo está quase em combustão, malditos hormônios e esse anjo do mal não ajuda em nada, lindo desse jeito.

De repente sinto algo em minha barriga.

— Afasto o Matteo bruscamente, ele me lha assustado, imediatamente pego a mão dele e ponho na minha barriga.

— Acho que alguém está querendo dizer pro papai que vai ficar tudo bem.

Ele fica olhando pra mim depois para minha barriga, e em sua face tem uma mistura de sorriso com desespero, a pequena aqui ficou entusiasmada com o pai e agora não para de mexer.

Comecei a sentir ela se mexer logo depois da consulta, foi uma mistura de sentimentos, nem sei como explicar, é surreal saber que você está gerando uma vida, e que essa pessoa no futuro pode ser alguém a mudar a história.

—Ela mexe sempre ? - ele me pergunta curioso.

— Depois da última consulta, sim!

— porque não me disse Ayla ?

— você sumiu Matteo, mal aparece em casa, sai extremamente cedo e quando chega já estou dormindo.

— Desculpa pequena, eu não soube lidar com a notícia que será uma menina, milhões de coisas passaram pela minha cabeça, uma menina tem necessidades diferentes de um menino.

Homens, só pelo fato de estar esperando uma menina, parece que estou grávida de um et.

—Matteo é só uma criança, cada um tem suas necessidades, mas vamos saber lidar.

Em nenhum momento ele tirou a mão da minha barriga, mesmo que ele não saiba tem um lado super protetor e só pelo fato de ter essas preocupações já demostra que ele vai se sair bem.

Nem parece aquele enviado do mal de quando a gente se conheceu, talvez tudo isso seja uma capa para não demostrar sentimentos.

Depois de tudo ainda continuo sentada no colo dele, no momento que estou agora começo a achar que não foi uma ideia muito boa, tento me levantar mas ele me puxa novamente, e me puxa para outro beijo, está decretado definitivamente esse homem vai me matar.

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