LIVRO 3 - With All My Soul [Terceira Temporada de With All My Love]

35

Hallooooo!

Hoje é dia de que? Isso mesmo: atualização!

Como estão vocês? Espero que bem.

Não há muito a ser dito por aqui, então vamos ler.

----------------'

Fomos despertadas não muito tempo depois pelo choro estridente do bebê ao qual chamávamos de filho.

Vi Lauren se mover meio desorientada, se sentando na cama e piscando de maneira confusa, então me levantei, apesar de sonolenta, fui até o bercinho, peguei o chorão e o entreguei a ela.

Poxa, coisinha número 2, tão poucas horas de vida e já chorou em três ocasiões, contando com a hora do nascimento.

Lauren ofereceu o seio ao bebê e ele o abocanhou com gana. Me lembrei imediatamente da enfermeira dizendo que éramos sortudas por ele pegar logo o peito e suspirei aliviada observando Lauren em seu trabalho e momento tão íntimo com o bebê. Ela se recostou na cama e fechou os olhos por uns segundos.

-Está tudo bem? - perguntei.

-Sim, eu só fiquei um pouco zonza por ter levantado rápido eu acho - falou.

Me sentei na beirada de sua cama e observei a coisinha minúscula mamando com certa estranheza.

Tipo, aquela pequena bolinha cabeluda dependia de nós agora. Isso é assustador!

-Depois que... hm... eu pari - comecei, ainda sem tirar os olhos dele - eu tentei não olhar para Cake, mas não consegui. Ela estava no bercinho, enrolada nos panos do hospital e só lembro de ver sua cabecinha com quase nada de cabelos clarinhos. Por um longo tempo me fiz esquecer dessa imagem, mas hoje, quando eles entregaram nosso filho em seus braços, me perguntei como teria sido se eu tivesse pegado ela no colo também.

Sentia o olhar de Lauren me penetrando, mas não me movi para olha-la de volta.

-Se arrependeu? - perguntou com suavidade.

Neguei com a cabeça.

-Eu não tinha o que era necessário para tê-la naquela época - falei - só senti meio que uma saudade de algo que não vivi. Um estranhamento por estar de novo numa sala de parto, olhar e não ser aquela coisinha miudinha e quase careca. Dá para entender?

-Na verdade sim - falou, então buscou minha mão e colocou sobre o pequeno Bear, cuja própria mãozinha que estava sobre o seio de Lauren escorregou e apertou a minha - é uma coisa diferente agora, para todos nós.

Ficamos em silêncio por um longo tempo, ambas observando a coisinha, até que sua hora da refeição passou e Lauren o ajeitou, e continuamos observando, até que ele abriu os olhos novamente.

-Céus, Lauren... como ele pode ter exatamente os seus olhos?

Eu estava admirada. Era tudo o que eu havia pedido a seja lá que divindade fosse que determinasse as características dos bebês.

Lauren riu baixinho.

-Cake e ele tem essa coisa... - murmurou - é comum bebês terem os olhos cinzentos quando nascem e só depois a cor definitiva surge, mas Cake, por exemplo, sempre teve olhinhos cor de avelã.

-Só temos filhos de olhos bonitos - brinquei e ela riu novamente.

Bear franziu seu cenho peludo, onde haviam sinais de uma sobrancelha pretinha.

-Cadê a bolsa dele? - perguntou Lauren - pegue o gorro, ele deve estar com frio.

Procurei a bolsa e tirei de lá o gorro de panda, voltando até Lauren e a ajudando a colocar o gorro no bebê, escondendo seus cabelos lisos.