11 de janeiro de 2006, Quarta feira.
Segui seu conselho, talvez fosse bem melhor seguir a minha amiga do que o bom senso.
Ninguém nos descobriu, glória. Mas não consegui escrever na terça, muita coisa aconteceu e sinceramente? Eu esqueci.
Mas descobrimos algo? Kelly tem um faro bem apurado, seria impossível sair de lá sem saber pelo menos qual a marca de Shampoo que aquela mulher usa. É Johnson & Johnson.
E não foi só isso que descobrimos, a verdade é que toda a casa dela estava totalmente mudada, Kelly já tinha invadido a casa, estou surpresa? Nem um pouco.
Então para Kelly foi como invadir um local totalmente novo, segundo ela, as paredes, os objetos e até mesmo a posição dos cômodos estavam todas diferentes. Era como uma reforma, que tinha mudado absolutamente tudo.
Mágica talvez? Kelly era doida suficiente pra acreditar em ETS, mas não era o Peter Pan pra acreditar em magia. Já eu, acredito em um caderno que ajuda a tomar decisões. Nesta dupla de amizade, eu sou a fanática por magia e Kelly a fanática por extraterreste. Sim, eu acredito em fadas.
Exploramos todos os cômodos em busca de algo surpreendente, e acredite, achamos coisas muito nada a ver com a professora que conhecíamos. Porem nada revelador. Isso, até chegarmos o quarto.
Estar com Kelly me fazia ter algo que eu não sentia com ninguém, era coragem. Eu me sentia uma ratazana com força de vontade de fazer besteira, se bem que se comparar com uma ratazana não faça sentido.
O quarto era um tanto clichê, cama grande, carpete azul marinho, cortinas em cor vinho, papel de parede de cor rose, e abaixa-luzes estilo colonial. Estava escuro, o interruptor não funcionava, Kelly estava curiosa como sempre, enquanto eu admirava, ela já mexia em tudo que via, até nas gavetas de calcinhas, que inclusive, era de maioria fio dental, será que ela usava antes ou depois da mudança? E que droga isso tem de importância?
AFF
Estava bem chateada, até eu achar um caderno no criado mudo. Exato, um caderno.
Um caderno escrito bem na frente “DIÁRIO”.
Ela tinha um diário, quem diria.
Claro, Kelly me puxou o caderno antes de eu folhear. MALDITA.
Kelly sabia que continha informações que os segredos mais profundos da professora estavam lá, e lógico, ela precisava saber, e eu deixei, na hora eu não percebi, que ali não estavam sós os segredos, mas estava à vida daquela mulher e também a resposta para essa mudança, e se eu conheço bem Kelly, ela leria os segredos, pulando a resposta completamente.
Toda essa besteira aconteceu durante o horário de aula, e precisávamos sair de lá antes de encerrar, o que deu muito mal, pois a professora chegou antes do horário e ainda estávamos na casa dela.
Quando conseguimos sair de lá sem ela perceber, já eram duas horas da tarde.
Kelly riu absolutamente de tudo, afinal, foi engraçado invadir e não ser descoberto, meu coração nunca tinha batido tanto como neste dia, graças que éramos duas e conseguimos pular pela janela alta. Terça feira foi um fogo de curiosidade, e no final de tudo certo. Exceto por uma coisinha, Kelly roubou um broche da professora.
Eu sei, pode não parecer tão ruim, mas me faz pensar, foi à primeira vez? Ou Kelly costuma roubar de todos os quem invade a casa?
Independente disso, ela me deu o broche e mandou-me esconder até sair da escola, ai eu poderia usar e lembrar-se do dia.
Sinceramente, achei fofo o ato de ela querer me fazer lembrar-se do dia em que eu e ela tivemos, foi maravilhoso e eu teria algo pra olhar e lembrar o dia.
E a terça foi exatamente isso, o resto foi só tédio e tédio, e me esqueci de escrever.
Por isso, estou escrevendo na quarta-feira na escola, é a primeira vez que o trago para a escola. Se sinta lisonjeado, e pena que não vou poder lhe mostrar como as coisas estão e são por aqui, por isso imagine essa escola como uma escola de médio porte com uma classificação de qualidade de três estrelas.
Ah, e antes que eu se esqueça de lhe dizer, Kevin Manueto está aqui na minha sala de aula hoje. Quem é Kevin Manueto? É o segundo menino da minha longa lista de garotos que eu quero perder a BV. BOCA VIRGEM, querido. Kevin é muito diferente do Cley, ele emite uma beleza fora do padrão, talvez por se vestir de forma completamente diferente dos outros garotos, Kevin gostava de calças com suspensórios e camisas quadriculadas, e seu cabelo era longo e sedosoNome: Kevin Manueto
Idade: 16 anos (vai fazer 17)
Profissão: Farmacêutico em ascensão (aquele tipo que anda com muitos remédios e sabe muito sobre)
Hobbies: Cultura Alternativa e Leitura de livros
Coisas que odeia: Romances clichês e esportes genéricosE outra coisa que eu ia lhe dizer, Kevin vai completar dezessete anos neste final de semana, talvez uma festa seja dada e acho que eu não fui convidada, e talvez por isso todos estejam olhando para ele, será que ele vai dar uma festa? E apesar de ele não gostar das aulas de quarta-feira, está são umas das primeiras que vejo que ele realmente está prestando atenção. Aliás, todos estão totalmente diferentes do comum hoje, parecem os opostos do que são todos esses anos que os conheço.
O grupinho dos nerd’s, dos cdf’s, das patricinhas e mauricinhos, da bagunça e o meu grupinho, os que não se encaixam e ficam se deslocando, e aqueles que todo mundo gosta ou finge que gosta. Eu perderia muito tempo lhe apresentando cada um, mas vou te apresentar aquele que está me torturando pra eu parar de te escrever, Maicon Vieira.Nome: Maicon Vieira
Idade: 17 anos
Profissão: Músico de Taubaté (aprendeu apenas o dó, ré e mi. E diz que sabe tocar).
Hobbies: Playstation dois e desenhos do Cartoon Network
Coisas que odeia: Moda e Kelly (gente fofoqueira)Maicon não é o meu melhor amigo, mas é um ótimo amigo, talvez aquele tipo que as pessoas dizem “amigo de reserva”. Ele me perturba nas horas mais desnecessárias a qual eu preciso de concentração, e outra, ele é engraçado, apesar de ser inconveniente e adorar bancar o certinho.
Se estiver pensando que Maicon pode ser afim de mim, pode se considerar o mestre da verdade.
Pena que não é reciproco, poxa Maicon. QUE TRISTE RSRSRS
Acho que é de sangue, eu gostar de gente que não gosta de mim. É clichê.
Mas acredite ou não, apesar de Maicon não gostar de Kelly, ele se parece com Kelly quando se trata de saber das coisas. Maicon não é fofoqueiro, e sim intuitivo, e ele estava correto quando me disse há tempos atrás que Kelly ainda revelaria algo pra turma sobre algum professor.
E era isso que aconteceria, quando Kelly se levantou quando o intervalo começou, o professor se retirou. Maicon ia me dizer algo, mas Kelly pediu a todos para ficarem em seus lugares.
E ela estava com o maldito caderno da professora na mão, caramba.
Por alguma razão eu sabia que o aconteceria se ela contasse sobre o que achou naquela caderno não seria sobre o real motivo de a professora mudar, e sim uma coisa pessoal, e que de certa forma, seria constrangedor saber disso, eu mesma sinto que o que escrevi aqui é loucura demais pra alguém ler.
Eu tenho que impedir, vendo as possibilidade novamente.
Tenho que retirar aquela caderno dela, ela é minha amiga, posso retirar ela em instantes de lá e a fazer desistir, assim eu posso parecer uma louca que quer esconder as coisas da professora como se eu soubesse de algo. O que não seria muito bom, pois tem muita gente olhando.
Eu poderia interromper e pedir à turma que não ouvisse isso porque seria invasão de privacidade, e sair da sala, talvez alguns saísse também, até mesmo o Kevin. E não vou ser olhada de mau jeito, apenas ser moralista.
O que devo fazer?- EU DEVO IR COM KELLY E A FAZER PARAR - SIGA O CAPITULO LAÇOS
- EU DEVO INTERROMPER – SIGA O CAPITULO VERACIDADES
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Bolinha de Lã - Livro Interativo
Teen FictionJá contou quantas vezes você teve que escolher hoje? Já se perguntou sobre o que aconteceria se você tivesse escolhido outra coisa? Imagine se pra cada escolha que você faz, cria portas para um destino promissor ou um destino fracassado. A nossa v...