11- Despertar

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Rodrigo: vai, entra lá.o olhar dele me pedia mais que tudo para que fizesse o que ele falou.

Olhava o rosto dele depois desviei para o médico que ainda estava ali, ele me deu um sorriso de canto e eu me dei conta do quanto estava tremendo. Caminhei devagar até o quarto com medo do que me esperava, empurrei a porta e então entrei, lá estava ela deitada, seu rosto estava virado para o outro lado da cama ainda com alguns aparelhos no rosto, me aproximei dela e quando cheguei ao pé da sua cama eu quase cai para traz, segurei nos ferro que havia ali, aquele movimento me estremeceu toda.

Foi um alívio tão, tão bom.

O rosto que até então estava virado para o outro lado se virou em minha direção. Seu rosto tão angelical, aquele olhar que tanto senti falta e ah! aquele sorriso que ela deu, um pouco fraco, tímido me fortaleceu tanto naquele momento que nem consigo explicar. Meu coração aqueceu, voltou a bater verdadeiramente como a dias não acontecia. Eu tomei coragem e me aproximei mais dela segurando sua mão que estava logo ao lado do seu corpo e depositei um beijo ali. Não sabia o que falava para ela só conseguia admirá-la. Coloquei minha mão esquerda do lado direito do seu rosto sentindo o calor da sua pele, no meu rosto brotou um pequeno sorriso. Então, mesmo engasgando tentei falar com ela sem nem saber direito o que estava saindo da minha boca.

Priscila: como está se sentindo?

Natalie: minha cabeça dói um pouco, sem contar meu corpo inteiro.

Priscila: mas, vai ficar tudo bem, querida. – eu disse acariciando seu rosto com o polegar. – você se lembra do que aconteceu?

Natalie: sim. E Rodrigo já me contou o que houve depois daquilo. É muito estranho saber que eu dormi por tanto tempo.

Priscila: você nos deu um baita susto, sabia?

Natalie: desculpa, não queria causar isso. - eu neguei. Não queria que ela de sentisse culpada.

Priscila: não se culpe, por favor. Só nos preocupamos muito com você. Senti muito sua falta.

Natalie: estranhamente eu também sinto a sua. - ela apertou seu dedos entre os meus e sorriu. Me senti bem, leve, estava feliz. E agora tinha a certeza que tudo estava bem e ia ficar ainda melhor.

Eu fiquei ali com ela alguns minutos até que vi Rodrigo entrar junto com o médico e os pais da Natalie, nem precisa dizer a emoção deles ali. Eles choravam sem medida e eu fiquei de canto só observando aquela imagem em família. Minha felicidade era tamanha ao que estava acontecendo, dela ter voltado, de estar bem só precisava se recuperar. E eu continuaria aqui, para ela.

By: Natalie Smith

Natalie: calma mãe e pai, eu já estou bem tá? agora parem de chorar que eu não quero ver ninguém sofrendo por minha causa.

Marta: não fala besteira filha, estamos chorando de alegria, já que o pior passou.

Roberto: isso mesmo, minha querida.

Confesso que eu estava muito emocionada com tudo, apesar de eu não ter visto nada do que eles passaram com minha situação. Ali no canto estava ela, a mulher que eu havia me apaixonado perdidamente tão rápido, a pessoa que havia ocupando meus pensamentos e mesmo sem lembrar de nada creio que foi com ela que eu sonhei todo esse tempo que fiquei em coma.

Tão linda...

Depois que meus pais se acalmaram vi eles conversando com o médico enquanto Rodrigo e Priscila estavam do meu lado conversando comigo. Eu não via a hora de ir para casa, para minha cama, esse hospital tem um cheiro muito forte de medicamentos que me dá enjoo.

MINHA PEQUENAOnde histórias criam vida. Descubra agora