22- Meu neném

702 24 4
                                    

Eu decidi viver ao seu lado mesmo diante dos meus maiores medos, medo de não ser suficiente, de ser pouco para ti ou não te fazer feliz. 

Eu precisei crescer para compartilhar contigo um amor que era meu e se tornou nosso. Para aguentar a barra quando tudo não estivesse bem contigo. 

Precisei crescer para entender o que era tudo isso que você fazia com meu coração, essa intensidade ao seu toque, as batidas frenéticas no coração ao te ver, os arrepios involuntários que me fazia sentir. 

Um sentimento de cuidado foi injetado em minhas veias quando me tornei tua, queria te ver sempre bem, não te ver chorar ou querer ficar só. Queria cuidar de ti como um bebê, meu bebê.

B.L.

----------------------------------------

By: Natalie Smith

Alguns meses se passaram e eu aprendi muito sobre minha namorada e apendi muito com ela também. Aprendi cada coisa que a deixa bem ou mal, isso evita muitas coisas e desentendimentos entre nós. Nós somos sempre muito cuidadosas uma com a outra e o diálogo sempre foi um ponto importante na nossa relação.

Hoje é sábado trabalhei somente pela manhã, mas Priscila o dia inteiro, sei exatamente como ela vai chegar hoje, muito cansada. Estou sozinha na cozinha da casa dela fazendo nosso jantar. As vezes ela chega muito estressada em casa e eu acabo levando umas broncas, ela sabe ser brava quando quer. Mas, isso é normal nem todos os dias estamos bem.

Algumas semanas atrás ela chegou em casa depois de um dia estressante e eu fui para casa dela para dormimos juntas como quase sempre fazemos. O fato é que seu estresse estava mais elevado que o normal e nesse dia acabou que nos desentendemos, na verdade eu tentei ser o mais racional possível para não ocorrer uma briga maior, não gosto de discutir. Mas, acabou que aprendemos com isso.

Flashback on

Eu estava em mais um dia na casa de Priscila, sabia mais ou menos o horário que ela chegaria nesse dia, abri a porta procurei ela e percebi que estava no banho. Sua bolsa estava jogada no sofá e as roupas espalhadas pelo chão, esse é uma claro sinal de seu cansaço e falta de paciência. Fui até a pia na cozinha tinha algumas poucas louças sujas, na área de lavar tinhas algumas roupas do trabalho dela no sexto de roupas.

A campainha tocou e eu fui atender, sabia que era a comida que havia pedido para trazer, preferi assim ao invés de passar em um restaurante, queria vir logo pra cá. Paguei, agradeci, levei para a cozinha e arrumei sobre a mesa.

Despois disso fui até o quarto novamente, eu estava morrendo de saudade dela, como sempre, parece que isso domina a minha vida, dois minutos longe dela parece um eternidade, vinte e quatro horas a seu lado parece dois minutos, o tempo não é a favor de mim. Quando entrei no quarto ela estava saindo do banheiro, mas não falou nada comigo, ela estava com uma expressão séria. Fui até ela cumprimentá-la da melhor forma, me aproximei para dar um beijo, mas ela se esquivou.

Tá! Tinha alguma coisa estranha e muito errada nisso, em nenhuma vez me dirigiu a palavra e recusou um beijo, isso nunca havia acontecido entre a gente. E é claro meu coração já estava dando batidas erradas e todas aquelas sensações de medo que eu sempre tenho.

Eu parei para pensar se eu havia feito alguma besteira que pudesse ter irritado ela, nessa situação eu sempre penso que o erro sou eu. Pensar que talvez ela pudesse ter se cansado de mim doía, corroía tudo por dentro. Pareço dramática, mas entendam meu medo quando se trata em me afastar do amor da minha vida.

Eu apenas a deixei no quarto e fui lavar as louças e coloquei as roupas sujas na máquina. Depois de secas ainda coloquei estendidas para que eliminasse qualquer umidade das roupas. Depois de ter feito isso fui chamar Priscila para jantarmos. Ela estava deitada na cama com a TV ligada, fiquei observando ela tão linda, mesmo emburrada. Me aproximei e tentei beijá-la na bochecha, mas me surpreendi.

MINHA PEQUENAOnde histórias criam vida. Descubra agora