12- Uma tarde juntas

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Algumas semanas depois...

By: Natalie Smith

Natalie: ah, mãe você tem que ir mesmo?

Marta: sim filha, já temos que ir, ficamos cerca de um mês por aqui e você já está ótima, é hora de regressar.

Natalie: vou sentir falta de seus cuidados, mãe.fiz carinha triste.

Roberto: ei! E dos meus? – meu pai chega na sala lotado de malas.

Natalie: o seu também, pai. Agora vem cá me dá aquele abraço apertado, agora eu posso. – eles se aproximam e me abraçam. – te amo meus pais.

Marta: também te amamos, filha.

Natalie: tem certeza que não querem que eu vá com vocês até o aeroporto? - me separarei do abraços os olhando.

Marta: temos, querida. Já está sendo difícil ir.

Natalie: tudo bem... tudo bem.

Meus pais tiveram que ir embora, confesso que já estavam realmente a bastante tempo por aqui e precisavam resolver suas pendências na empresa que estava sobre cuidados de seus funcionários. Eles foram muito atenciosos comigo e fiquei mal acostumada com todos os seus cuidados, mas eles tem suas obrigações também, sem contar que minha recuperação foi até rápida. Cuidada com tanto amor só poderia ser assim. Priscila me chamou para dar uma volta na orla hoje à tarde e estava ansiosa para sair com ela, faz um bom tempo que não saio da minha toca. Logo eu voltaria ao trabalho, minha sorte foi minha secretária ter resolvido várias pendência no escritório, fico grata por isso, o caso de Montenegro está bem longe de mim agora, outro advogado ficou a par e eu nem quero saber de mais nada que venha dele depois de quase ter acabado com a minha vida. Não gosto nem de pensar, causa-me calafrios. Rodrigo estava no trabalho e depois de dias eu estava sozinha em casa.

Logo Priscila chegaria aqui para me pegar e darmos nossa volta, enquanto isso vou me deliciar com um banho demorado e refrescante. Preparei minha roupa para sair e deixei sobre a cama, peguei um dos meus vários biquínis, o de cor vermelha no closet, um short cinza moletom e uma blusa soltinha. Fui para meu banho onde passaria bons minutos.

[...]

Depois do meu banho não demorou muito até meu celular tocar, Priscila me esperava dentro do carro. Peguei minhas coisas e fui até ela. Nem preciso dizer o quanto estou apaixonada por ela, não é? Ainda não temos nada fixo, mas só a presença dela me agrada mais que tudo. Cada detalhe dela me encanta, o jeitinho de menina que ela tem. Mesmo sendo uma mulher incrível ela não perde a capacidade de liberar seu ar adolescente. Eu a admiro com mulher, como pessoa incrível que é, por sempre estar do meu lado nesse momento difícil da minha vida, de como ela cuidava de mim, como sempre me visitou desde que cheguei em casa. Confesso que sentir meu coração aquecer quando Rodrigo disse que ela ficou o tempo que pode ao meu lado no hospital, o tanto que ele via o desespero nos olhos dela e o quanto sofreu com a minha falta. Como não se apaixonar por Priscila, uma das mulheres mais lindas, encantadoras, carinhosas, atenciosas que já conheci?

Lá estava ela sempre me recebendo com aquele ar jovial, aquele sorriso que é minha morte, a morte mais deliciosa. As vezes penso se tenho capacidade de retribuir tudo que ela me proporciona.

Andei rápido até o outro lado da rua, onde ela estava estacionada e entrei no lado do passageiro. Ela não falou nenhuma palavra apenas me olhava com um sorriso estampado em seu rosto e eu não sabia o que fazer apenas fiquei tentando entender por que me olhava tanto. 

MINHA PEQUENAOnde histórias criam vida. Descubra agora