Era adorável e muito engraçado ver quando o Luke estava chateado e a fazer as coisas contra-vontade. Tudo bem, não era assim tão adorável mas engraçado? Sim, isso era e não era pouco.
Estávamos à cinco minutos estacionados à frente da casa da minha mãe e o Luke ainda não tinha saído do lugar do condutor. Aproximei-me novamente do veículo e comecei a bater à janela dele. Continuei a bater até ele ficar tão passado que me lançou outro olhar assassino e este foi mesmo assustador, antes de sair do carro.
- Ainda não acredito nisto.
- Ai, tanto drama, Luke. - revirei os olhos e agarrei na mão dele - Se queres ser o meu namorado, és o meu namorado. - sorri por cima do meu ombro e encostei-me ao corpo do Luke - Agora sorri porque a minha mãe está à janela. - disse esticando-me para ele até lhe beijar o canto da boca. Sim, íamos fingir que éramos namorados mas nada de abusos. Por enquanto...
Ele pareceu estático por alguns segundos até agarrar na minha mão e sorrir - Devia ter optado pela ideia do amigo gay. - resmungou ele entre dentes enquanto caminhávamos para a porta que já estava aberta mesmo antes de chegarmos lá.
- Alexis, querida! - abracei-a quando ela se lançou a mim - Já tinha saudades suas apesar de não ter qualquer dúvida de que o castigo em casa do seu pai lhe vai fazer muito bem.
Afastei-me dela e assenti com a cabeça - Está a fazer mãe. O pai não me deixa ver televisão nem usar o computador e mal me deixa sair de casa. - encostei-me ao Luke com um sorriso - Só consegui ver o Luke hoje porque o pai até me tirou o carro. - eu estava a sair-me lindamente, tinha a perfeita noção disso - E mãe, este é o Luke, o meu namorado.
- Luke? - ela chegou-se para a frente para o puxar para um abraço tal como me tinha feito - É um prazer conhecê-lo. Espero que ponha algum juízo na cabeça da Alexis.
- Vou tentar, senhora Irwin. - disse ele com um sorriso.
Juro que estava quase a desatar a rir às gargalhadas porque a) enganar a minha mãe era a coisa mais fácil do mundo, b) o Luke a fingir que era meu namorado era a coisa mais hilariante do mundo e c) a cara da minha mãe a olhar para o Luke dava-me vontade de atirar para o chão e desatar a rir. Porquê? Porque para a minha mãe um dos motivos de eu ser a filha imperfeita era o facto de não ser a rapariga protótipo e fútil que ela queria que fosse. Se o meu irmão era? Claro que não mas perto da minha mãe comportava-se de maneira diferente. E apresentar-lhe um namorado como o Luke, calças rotas nos joelhos, camisola larga com uma banda que não era a ópera que ela costumava ouvir e que transpirava rebeldia para além daquele piercing no lábio inferior, era de morrer. A rir. Porque ela estava a tentar ser simpática e não julgar.
- Vim só buscar umas roupas, mãe. - expliquei enquanto entrava em casa atrás dela e fui puxada pelo Luke quando ele viu uma fotografia minha e do Ashton quando éramos pequenos - Depois disso volto para o castigo em casa do pai. - descansei-a.
- Fico feliz que tenha cá vindo porque eu ia mesmo ligar para o seu pai para falar consigo. - oh graças a deus que eu tinha vindo ou estava morta neste momento - No domingo vou dar uma festa e quero-a e ao seu irmão cá em casa. Ah, pode vir também, Luke, claro. - acrescentou ela rapidamente com uma cara que mais uma vez me fez controlar para não me rir - Mas tem de vir vestido a rigor... sabe, com fato. - o Luke olhou para mim de sobrancelhas juntas, de certeza já a questionar a sanidade mental da minha mãe, mas acreditem, esta é ela - A Alexis também vai estar deslumbrante! - merda, não havia volta a dar - Já lhe comprei o vestido!
- Mãe... - comecei forçando um sorriso - Eu posso vir vestida normalmente. Nada de vestidos.
- Claro que não pode! Sabe muito bem como é que são as minhas festas. Tenho que falar com o seu irmão para ele não se esquecer também. E já está tudo combinado. Marquei o cabeleireiro para domingo de manhã por isso passa a manhã comigo para se arranjar antes da festa.
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Don't Stop ∞ l.h
Fanfiction[completa e editada] Alexis Irwin nunca quis ser uma rapariga normal, odeia seguir regras e adora comportar-se de forma pouco convencional. Foi graças a estas "virtudes" que Lexi foi mandada para um colégio interno em Itália. Mas agora que conseguiu...