Abri os olhos com a sensação de já não ter sono. Desculpa, o quê? Eu tinha sempre sono!
Juntei as sobrancelhas confusa e esfreguei os olhos com a mão esquerda enquanto estendia a outra para a secretária do Ash de maneira a agarrar no meu telemóvel. O visor do iPhone marcava 8:23 o que me deixou ainda mais confusa. Como é que eu estava acordada sem sono às oito?
Mas foi ai que percebi que era um recado de Deus para me vingar da manhã anterior em que o Luke me tinha acordado com uma almofada na cabeça. Oh sim, obrigada Deus em que eu não acredito.
Levantei-me da cama e senti o frio do chão debaixo dos meus pés mas não me importei, continuei a caminhar até à porta do quarto tentando fazer o mínimo de barulho possível. Quando cheguei ao corredor reparei que as portas dos quartos do Michael e do Calum estavam abertas o que significava que não estava lá ninguém, os três já tinham saído para o trabalho.
Parei em frente à porta do Luke e por segundos tive receio que ele tivesse a porta trancada como da outra vez, mas ele estava a dormir lá dentro por isso não se trancava lá dentro, certo? Se houvesse um incêndio ou um apocalipse zombie e ele tivesse de andar à procura da chave o mais provável era acabar morto antes de abrir a porta. Ele tinha que pensar nestas coisas. Principalmente na primeira opção que era a que fazia mais sentido e aquela em que ele acabava mesmo morto de porta trancada.
Pousei a minha mão na maçaneta e rodei a mesma com o máximo de cuidado e silêncio. O quarto era do mesmo tamanho dos outros mas tinha uma diferença. A parede que se encontrava atrás da cama do Luke estava pintada de azul. Não completamente, só metade da parede o que indicava que o trabalho ainda ia a meio. Excepto isso era igual ao quarto dos outros três rapazes: uma cama de casal, um armário de gavetas onde ele guardava a roupa e uma secretária junto à janela.
O meu olhar parou novamente na cama onde se encontrava um Luke deitado de barriga para baixo a dormir. Os lençóis estavam todos amachucados ao fundo da cama e ele dormia apenas de boxers pretos. Aproximei-me lentamente dele e sorri ao vê-lo a dormir. O cabelo estava fora do sítio o que era muito engraçado porque ele passava a vida a tentar ajeitá-lo e tinha a boca ligeiramente aberta, o que lhe dava um ar adorável.
Mas bem, eu não estava ali para o ver dormir, estava ali para o acordar por isso.
- Bom dia, alegria! - gritei antes de me atirar para cima das costas do Luke - Toca a acordar, Lukey! Ainda temos o dia todo pela frente! - continuei aos berros.
- Eu vou matar-te. - resmungou ele com a voz rouca de sono enquanto enterrava a cabeça na almofada mas não me tentava tirar de cima de si.
- Não vais nada, vais ter de passar o dia comigo. Não é fixe? - perguntei com um sorriso enquanto enfiava o meu indicador na orelha do Luke, não de maneira nojenta tipo para lhe tirar cera do ouvido mas de maneira a irritá-lo ainda mais.
- Achas que podes sair de cima de mim? - perguntou ele enquanto agarrava na minha mão para me impedir de lhe mexer na orelha - E ires dormir mais um bocado para eu fazer o mesmo?
- Hm... deixa-me pensar... Não! - ri-me e rodei para sair de cima dele e ficar ao seu lado na cama - Anda lá, Luke. Temos muita coisa para fazer hoje.
Ele agarrou na almofada e virou a cara para mim - Como o quê? Eu hoje estava a pensar em passarmos o dia aqui em casa. - disse ele voltando a enterrar a cara na almofada com um suspiro audível.
- Mas eu não. Eu quero passear. - queixei-me com um beicinho apesar de ele não estar a ver - Tenho saudades da Austrália e se tens de tomar conta de mim, tens de vir comigo. - eu sabia que só era preciso levantar-me da cama dele, ir vestir-me e dizer que me ia embora para que ele se levantasse. Se o meu irmão soubesse que o Luke me deixava andar por Sydney sozinha ia ter um ataque e o Ashton era sempre muito comedido mas quando se passava, e normalmente quando isso me envolvia, a porra ficava bastante séria.
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Don't Stop ∞ l.h
Fanfiction[completa e editada] Alexis Irwin nunca quis ser uma rapariga normal, odeia seguir regras e adora comportar-se de forma pouco convencional. Foi graças a estas "virtudes" que Lexi foi mandada para um colégio interno em Itália. Mas agora que conseguiu...