Tinha estado tão distraída com os meus pensamentos lá na mesa que nem tinha dado conta que o Ricky tinha entrado no café, nem me tinha apercebido que ele me tinha seguido até à casa de banho. Não fazia a mínima ideia do que é que ele queria falar mas eu não estava interessada e a lista com os motivos era enorme.
- Não posso, vou à casa de banho. - respondi antes de lhe virar costas e entrar na casa de banho feminina. Depois de fazer o que tinha a fazer e lavar as mãos, abri a porta com o meu rabo e parei de repente ao ver que ele não se tinha mexido e continuava ali especado - Oh meu deus, o que é que queres?
- Quero falar contigo, Lex... ela não significou nada, eu juro. Eu amo-te, bebé. - inspira, expira, inspira, expira, controla-te para não lhe dares outro soco naquela cara - Por favor, vamos fazer as pazes.
- Eu não quero fazer as pazes, Ricky. Tu andaste a comer outra, eu estive um ano em Itália, estamos quites ou o que seja. De qualquer das maneiras eu não sinto nada por ti por isso não vou voltar para ti só porque tenho imenso tempo livre e nada para fazer. Por isso agradecia se me deixasses em paz.
- Mas Lex-
- Qual é que foi a parte que não percebeste, Ricky? Deixa-me em paz ou eu juro que volto a dar-te um soco nessa cara.
Passei por ele e em vez de me sentar novamente na mesa, saí do café. Apesar de ser verão o ventinho da noite fez-me arrepiar os braços despidos. Este era capaz de ter sido o dia mais estranho de sempre, parecia uma montanha russa, cheia de altos e baixos e onde parar a meio não era permitido.
- O que é que ele queria?
E outra coisa que este dia me tinha feito era nutrir uma raiva enorme por pessoas que apareciam atrás de mim e falavam. Qualquer dia ainda me dava uma coisinha má e morria para ali de susto.
- O que é que tens a ver com isso? - olhei por cima do meu ombro - Devias voltar para o teu encontro. - voltei a virar a minha cara para frente mas tinha a certeza que ele tinha revirado os olhos.
- Não vais responder à minha pergunta? - como continuei em silêncio e ele percebeu que isso queria dizer que a resposta era não, caminhou de maneira a colocar-se à minha frente - Afinal qual é o problema de eu ter vindo sair com a Felicity? Não percebo porque é que ainda estás amuada com isso.
- Não há problema nenhum por isso é que disse que devias ir ter com ela. - apesar de ele estar à minha frente, não estava a olhar para os seus olhos mas sim para um ponto qualquer por cima do ombro do Luke. Claro que seria mais interessante ver o grupo de bêbados que estava no outro lado da rua mas o corpo do Luke impedia-me de o fazer por isso a minha única opção era olhar para ele ou para os prédios. Neste momento os prédios pareciam-me mais interessantes.
- Que nervos, Alexis. Diz de uma vez o que é que foi, eu não posso adivinhar e estou farto de andar atrás de ti.
Soltei uma gargalhada, uma gargalhada bastante seca e foi nesse momento que olhei para ele. Aos poucos estava a ficar verdadeiramente passada, tudo o que tinha acontecido de mal neste dia a reunir-se para este momento, deixando-me com um feitio impossível.
- Andar atrás de mim? Desculpa, tu andas atrás de mim? Passei a porra do meu dia contigo e a ajudar-te para depois me tratares como se eu fosse só uma substituta até ao teu encontro estúpido. E tu é que andas atrás de mim? - sabia que estava a gritar por isso fechei os olhos e respirei fundo para me tentar acalmar e baixar o tom de voz antes que fizesse uma cena ali no meio da rua. Quer dizer, já tinha feito uma cena mas ao menos não tinha chamado a atenção de ninguém - Deixa-me em paz e vai ter com a Felicity. E já agora diz ao Ashton que fui para casa.
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Don't Stop ∞ l.h
Fiksi Penggemar[completa e editada] Alexis Irwin nunca quis ser uma rapariga normal, odeia seguir regras e adora comportar-se de forma pouco convencional. Foi graças a estas "virtudes" que Lexi foi mandada para um colégio interno em Itália. Mas agora que conseguiu...