O irmão da minha madrasta

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O mês passou e tá tudo tão incrível. O natal foi engraçado demais, todos vieram passar aqui em casa, ganhei um carro do meu pai e um colar do Gabriel. Réveillon foi vergonha pra tudo quanto é lado, Luiza foi pular as sete ondinhas e quase foi oferenda pra Iemanjá, eu tropecei e caí na areia, achou que queria virar um tatuíra. Finalmente o Guilherme tomou vergonha na cara e pediu o Igor em namoro, Luiza comemorou por todo mundo tomando uma garrafa de champanhe sozinha, acho que nem preciso falar onde isso deu né. Foi do nosso jeito estrambelhado, mas foi perfeito.

Estamos todos deitados no sofá fazendo absolutamente nada, até que a campainha toca e eu vou atender, era o pai do Guilherme, depois de tudo?

-Oi, meu filho está aqui? - Ele fala assim que eu abro a porta.

-Você quer dizer o Guilherme? Ele está aqui sim, mas o que você quer?

-Quero conversar com ele, você pode chamar ele?

-Pra você bater nele de novo?

-Me desculpa, mas eu só quero ver como ele tá.

-Ele tá ótimo, feliz e com pessoas que amam ele de verdade, agora pode ir embora.

-Pode deixar Fê, que eu resolvo isso. - Guilherme fala, aparecendo nas minhas costas.

-Filho – Seu pai fala quase chorando.

-Eu não sou mais o seu filho, o que você quer aqui? - Guilherme fala secamente.

-Por favor me perdoe por ter sido um pai tão horrível com você, desde que você foi embora eu não bebo mais, estou tentando ser um pai melhor, volta pra casa.

-Eu te perdoo, mas eu já to em casa, aqui é meu lar. Eles me aceitam como eu sou, e eu realmente reencontrei a felicidade aqui, eu descobri o que é amar de novo, o que é ser respeitado. Eles são a minha família, vocês são meus parentes. Eu realmente espero que você continue assim e que consiga ser um pai mais presente pra Sophia, pois ela merece, não seja o mesmo de antes, aprenda com seus erros.

-Me desculpa meu filho. - Ele fala e sai. Guilherme fecha a porta e fica um tempo olhando pra mesma.

-Será que eu fiz o certo? - Ele fala se virando.

-Se você está bem consigo mesmo – Eu falo o abraçando. - O importante é você se sentir bem, pare de fazer as coisas pelos outros e se deixar de lado.

-Eu acho que fiz o certo.

-Então foi o certo.

Voltamos pra sala e contamos o que tinha acontecido, todos apoiaram o Guilherme. Finalmente estamos todos felizes, e juntos.