Continuando o capítulo anterior...
- Levanta da minha cama agora! - grita Sr. Harison.
- Quem é esse homem? - pergunta Harison surpreso.
- Esse filho, é Igor Belmont. Era o meu melhor amigo na infância. - disse triste Sr. Harison.
- Calma Harison eu posso explicar. - disse Sra. Beatriz.
- Explicar o que? Está tudo tão claro. Você vai querer negar? - disse Sr. Harison cabisbaixo.
- Calma aí Harison. - disse Igor Belmont.
- Como você faz isso comigo Igor. Fomos melhores amigos de infância, e hoje você está aqui me apunhalando pelas costas. Vocês dois são uns montros. - disse Sr. Harison. - Eu não quero brigar e nem discutir com vocês. Só peço para saírem agora da minha casa. E quero que você Beatriz, sua vadia, saia não só da minha casa, como também da minha vida. Sua puta, biscate, vadia. - grita Sr. Harison.
- Eu saio sim Harison. Mais não admito ser xingada dessa maneira. - disse Beatriz.
- Quer que eu fale como? Quer que te chame de amor? - disse Sr. Harison.
- Você é muito chato Harison. Você só pensa em trabalho, não é um homem de verdade. Eu até que gostava de você, porém você não me fazia mulher. Você não é bom, e digo isso em todos os aspectos. - disse Beatriz.
- Mãe? Eu não estou de reconhecendo. - disse Harison.
- Me perdoe meu filho. Mais eu já estava cansada. Cansada de fingir ser uma esposa, uma mãe. Eu queria ter liberdade, queria ser amada. - disse Beatriz.
- Você tem noção das palavras que estão saindo da sua boca? Olha o que você está falando para o seu filho Beatriz. - grita Sr. Harison.
- Chega, eu estou cansada. Me perdoa meu filho, mas eu vou embora para nunca mais voltar. Eu preciso viver e encontrar a minha felicidade. - disse Beatriz chorando. - Só vou pegar minhas coisas. Algumas roupas e sapatos e vou embora. Depois passo na advocacia para pegar algumas coisas minhas.
- Antes de você sair mãe, me escute. - disse Harison.
- Pode falar filho. - disse Beatriz.
- Saiba que a partir de hoje, você deixou de ser a minha mãe. Vai embora e vê se não volte mais. Me faz esse favor. - disse Harison chorando. Dona Beatriz vai embora no carro de Igor.
- Me abraça pai. - disse Hari chorando.
- Agora será só eu e você filho. - disse Sr. Harison abraçando o filho. - Agora te peço que por favor, durma na casa do Vinícius.
- Mais e você pai?
- Não se preocupe comigo Harison, somente faz o que estou te pedindo. Pegue um dos carros que estão na garagem e vá dormir na casa do Vinícius. Tem algum problema Vinícius?
- De maneira nenhuma Sr. Harison. - disse Vinícius. - Vamos Harison.
Quando Harison e Vinícius estavam dentro do carro, Harison começa a chorar derrepente.
- Calma Harison, tudo vai ficar bem. - disse Vinícius.
- Dói muito cara, dói demais! - disse Harison chorando.
- Vem aqui, me abraça. - disse Vinícius e Harison o abraça. - É por isso que o Leandro queria que eu viesse, você é fraco emocionalmente.
Chegando na casa de Vinícius, Dona Mariana pergunta para Vinícius o que havia acontecido. Vinícius explica tudo, e Dona Marina deixa que Harison durma em sua casa. No quarto de Vinícius, ele prepara o colchão para ele dormir, pois ele cede a cama para Harison. Quando Harison volta do banheiro agradece Vinícius.
- Cara te agradeço por hoje.
- Na verdade você tem que agradecer ao Leandro. Ele que me pediu para ficar com você.
- Agradeço o Lê também, mais agradeço mais a você, porque quem ficou comigo na minha casa e me deu um ombro amigo para chorar foi você Vini. - disse Harison segurando nas mãos de Vinícius.
- Tá bom Harison. Agora vamos dormir? - disse Vinícius.
- Vamos sim, mas agora tenho que fazer uma coisa.
- O quê?
- Isso. - disse Harison que beija Vinícius.
O dia amanhece. Eu acordo e vou para a escola. Minha mãe fica em casa hoje, porque de manhã cedo, Sr. Harison ligou para avisar que não vai trabalhar.
Na escola, às horas passam e já estamos no recreio. Pablo e eu estamos sentados no refeitório.
- É amigo, hoje somos só eu e você! - disse Pablo.
- Sim. As coisas andam meio difíceis para todos nós. - digo.
- Olha lá a Marcela sozinha. Se ficou sabendo que ela brigou com a Juliana? - pergunta Pablo.
- Não, mas eu já imaginava. Ela só anda sozinha agora. Enquanto isso, olha lá do outro lado. Diegão com seus amigos otários e agora com a Juliana. - digo.
- Lê, posso chamar a Marcela para sentar aqui com a gente? - pergunta Pablo.
- Pode sim amigo. Só vou deixar porque eu estou com pena dela. - digo.
- Ei Marcela, senta aqui com a gente. - grita Pablo, e ela se assenta em nossa mesa.
- Obrigada gente por me chamarem para sentar com vocês. E Leandro me perdoa por tudo, tá. - disse Marcela.
- Água passadas Marcela, tá perdoada. - digo. - Vou chamar o Caio Augusto para sentar aqui com a gente.
- Mas ele é o Nerd Caio Augusto. - disse Marcela.
- E daí Marcela? Algum problema? - pergunto.
- Não, me desculpa.
- Ah sim, pensei que tinha algum problema. - digo em tom irônico. - Ei Caio, vem sentar aqui com a gente.
- Tudo bem com vocês? E a Letícia como está Leandro? - pergunta Caio Augusto.
- Está se recuperando dessa confusão. - digo.
Do outro lado do refeitório, Diegão nos observa. Por fim, ele decide ir até a nossa mesa para roubar a nossa paz.
- Olha só, o quarteto bizzaro reunido na hora do lanchinho. - disse Diegão rindo. - Cadê a Letícia peladinha e o Vinícius bichona?
- Deixa a gente em paz Diegão. A gente não fez nada pra você. - digo.
- Cala a boca Leandro. - disse Digão. - Vocês me incomodam de mais.
- E porquê? - pergunta Pablo.
- Porquê? Olha só Pablo. Se vocês quiserem saber o porquê, me encontra junto com o Leandro na praça perto da escola pra gente trocar uma ideia. - disse Diegão.
- Pode deixar que estaremos lá. - digo. Quando o recreio acaba, entro na sala de aula e vejo um envelope na minha mochila dizendo para entregar para Letícia. Depois que a aula acaba, Pablo e eu vamos até a praça conversar com Diegão.
- As mariquinhas demoraram em! - disse Diegão.
- Não enche cara. - disse Pablo.
- E então Diegão, porque você odeia tanto assim a gente. Sabe que eu sempre quis saber isso. Lembra no 6° ano que você fez da minha vida um inferno? Nunca entendi o porquê. - digo.
- Vai entender agora Leandro. - disse Diegão sério. - No 6° ano, Pablo e eu éramos amigos. A gente fazia tudo junto. Ele ia sempre na minha casa e eu na casa dele. Quando você chegou no banheiro e eu te zuei, Pablo ficou com peninha de você e te defendeu. Depois disso nossa amizade foi acabando porque o Pablo resolveu andar com você.
- Eu lembro disso. Dessa cena do banheiro. Se não fosse o Pablo você tinha colocado minha cabeça na privada. Mas, não jogue a culpa em mim, porque o Pablo foi livre para escolher as suas amizades. Em nenhum momento eu o obriguei a andar comigo. - digo.
- Eu parei de andar com você Diegão, porque o que você fazia com as pessoas não era certo. O Nawyter também parou de andar com você, porque a gente viu que você era e ainda é um babaca. - disse Pablo.
- Você me abandonou Pablo. Preferiu andar com essas bichas do que andar comigo. Eu era popular e a gente mandava na escola cara. É tudo culpa dessas bichas que você anda. - gritou Diegão.
- Porque você odeia tanto assim os homossexuais? Ou você odeia só o Leandro e o Vinícius? - pergunta Pablo.
- Odeio todos, e o motivo não é da conta de vocês. - disse Diegão que foi embora esbarrando no Pablo.
- Tem algo de errado nessa história Pablo, e a gente tem que descobrir. - digo.
- Sim, e eu já sei como. - disse Pablo.
- Como? - pergunto.
- Vamos na casa dele hoje a noite conversar com a mãe dele. Quem sabe a Dona Cleide sabe de algo! - disse Pablo.
- Boa idéia. Vou chamar o Vinícius para ir com a gente. - digo.
- Então nos vemos a noite, até lá. - disse Pablo.
Depois desse encontro, dou uma passada na casa da Letícia para ver como ela está e para entregar o envelope.
- E aí amiga como você está? - digo e me assento na cama dela.
- Estou péssima amigo. Meus pais descobriram e meu pai me bateu na cara pela primeira vez. Me sinto suja, imunda. - disse Letícia com uma voz angustiada.
- Não se sinta assim amiga. Jajá isso tudo passa e você verá o sorriso em seu rosto novamente. - digo.
- Vai ser difícil amigo. Se não bastasse essa burrada que eu fiz, ainda estou afastada da papelaria.
- Vai ficar tudo bem. E vamos descobrir quem espalhou essas fotos. - digo. - E olha aqui Letícia. Mais um envelope misterioso pra você.
- Quem será que está me enviando isso Leandro?
- Eu não sei. Mas parece que essa pessoa gosta de você. E eu encontrei ele dentro da minha mochila, então, eu não vi quem colocou lá. - digo. - E o que está escrito?
- Vou ler. " Querida Letícia, sei que está passando por péssimos momentos. Porém, nunca deixe de sorri. Você é uma menina muito especial. Não deixe que essa situação faça de você uma pessoa amarga. Por isso, te envio este recado e também uma bala de chocolate para adoçar a sua vida." Beijos NCA.
- Bala? Tem bala aí no envelope? - pergunto.
- Sim, olha aqui. Vou comer. - disse Letícia.
- E aí está boa? - pergunto.
- Está ótima amigo. É a minha bala preferida. - disse Letícia dando um sorriso.
- Tá vendo só! O NCA está te fazendo sorrir. - digo sorrindo.
Depois que saio da casa de Letícia, vou para casa almoçar e em seguida vou para papelaria. Explico para Nawyter o que aconteceu hoje na escola, e ele me diz que também quer ir até a casa de Digão hoje a noite.
A noite chega. Em casa mando mensagem para Pablo dizendo que estou levando alguém. Ele me diz que também está levando alguém. Ligo para Vinícius, convido ele para ir. Ele me conta tudo o que aconteceu na casa do Harison e o que aconteceu entre ele e Harison, depois me pergunta se Harison também pode ir até a casa de Diegão e eu autorizo. Estamos todos a caminho indo para casa de Diegão.
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Em Busca da Felicidade (Finalizada)
Teen FictionO amor e o romance é para todos. A vida surpreende e mostra para você adjetivos que você jamais imaginava ter. Nesta primeira parte, irei contar a história de Leandro, um jovem de 18 anos que mora na cidade de São Paulo com seus pais e seu irmão mai...