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Continuando o capítulo anterior...
O beijo que Harison me deu durou uns 40 segundos. Foi até que um beijo demorado, eu acho. Sentia nesse beijo meus sentimentos a flor da pele. Quando eu vi que o beijo estava ficando quente, interrompo empurrando Harison.
- Chega Harison! - digo ofegante.
- Chega porquê? - disse Harison ofegante.
- Olha, vou te dizer. Eu não quero ser só mais um na sua listinha. Eu não sou assim. Então se você deseja brincar com a minha cara é melhor falar. Não quero me entristecer por causa disso.
- Meu Deus! Você desconfia de mais de mim Leandro. Poxa! Fica tranquilo. Me abri pra você e te disse que tô sentindo alguma coisa por você. - disse Harison nervoso.
- Eu nunca namorei e nunca tinha beijado ninguém. Isso tudo é novo pra mim, dar pra você entender? - digo bem nervoso e gritando.
- Você não tinha me falado que você era BV. - disse Harison surpreso.
- É eu era. E perdi o BV com você ontem lá na festa. Algum problema? - digo com uma voz séria.
- Não nenhum. Só fiquei espantado porque nunca imaginei que um dia alguém ia perder o BV comigo. Mais e aí, você gostou? - disse Harison que dá uma risada no final.
- Não, odiei. - digo com sarcasmo.
- Não acreditei viu. - ele diz e da uma risada.
- Problema seu se não acreditou. Agora vamos sair daqui antes que venham nos expulssar do cinema.
- Vamos! Mais Leandro, vamos dar uma andada, a final tamo no shopping da Lapa né e tem várias coisas legais aqui.
- Vamos! - digo sorridente.
Quando saímos da sala de cinema, começamos a andar pelo shopping, quando vou até uma vitrine de moletons enquanto Harison toma água no bebedouro perto do banheiro. Quando Harison chega perto de mim me pergunta.
- Você estava aí enquanto eu fui tomar água ou você já deu uma andada?
- Fiquei aqui te esperando. Estava admirando este moletom que eu amei. Agora preciso esperar minha mãe ou meu pai me dar 80 reais pra comprar.
- Você quer tanto este moletom? - Harison me pergunta olhando bem no fundo dos meus olhos.
- Claro que eu quero. É o moletom do Now United cê tá doido? Eu amo esse grupo. - digo todo empolgante.
- Então vamos entrar na loja. Vou comprar pra você.
- Sério? Harison pelo amor de Deus não brinca com coisa séria! Fala a verdade. - digo todo empolgante dando um sorriso.
- Claro que vou! Vamos entrar na loja. - ele diz e eu dou lhe um abraço.
Entramos na loja e compramos o moletom, agradeço muito o Harison. Quando saímos, avistamos Diegão na praça de alimentação.
- Você tá enxergando quem eu tô Harison? - digo nervoso.
- Tô, é Diegão, Paulo e Vitor.
- Eu vou até lá fala umas verdades pra ele. - digo e saio andando com a sacola com o moletom.
- Leandro espera aí, não vai! - grita Harison que começa a correr atrás de mim.
Diegão estava comendo umas fritas com seus dois amigos otários, eu chego dou um tapa na mesa.
- Posso saber o que você tá fazendo aqui? Porque pelo o que eu sei, lugar de quem é covarde e agride pessoas em bando é na cadeia e não no Shopping da Lapa! - digo gritando.
- Epa, epa! Vai com calma aí Leandrinho. - ele diz me encarando.
- Vou com calma o cassete. Era pra você estar na cadeia depois de tudo o que você fez na festa da Juliana ontem. - digo gritando.
- Abaixa a bolinha Leandro. Bi Harison, pede pro seu namoradinho se acalmar se não, não vou responder por mim.
- Ele não vai pedi nada porque ele não é o meu namorado. É meu amigo. - digo gritando.
- Amigo? Ah para né! Olha aí a sacola, você ganhou até presentinho dele. - Diegão diz e começa a dar risada junto com seus amigos otários. - Olha só Leandro. Não fui preso porque foi só um Boletim de Ocorrência tá ligado? E eu não tenho passagem pela polícia, então hoje mesmo eu iria ser solto rapaz. É desculpa, rapaz não né, eu às vezes esqueço que você é...
- Eu vou te falar uma coisa. Você infernizou minha vida no 6° ano. Enfiou minha cabeça na privada, me batia, me zombava, mais agora eu cresci e não tenho medo de você. Você não foi preso por agredir alguém, mas eu sei que você mexe com droga e trafica. Uma coisa eu te digo. Dá bobeira comigo que eu te denuncio, agora cê tá ligado? - digo num tom baixo, porém nervoso.
- Faz isso. Faz, que eu conto pro seu pai que você é uma merda de uma bixa. - ele diz aproximando seu rosto no meu rosto me encarando.
- Você não vai contar. Porque se você contar aí você não vai ter mais motivos pra infernizar a minha vida. E também não tô nem aí, porque vejamos. Meu pai pode até me bater, porém eu vou te ver na cadeia! Quem vai sai perdendo nessa em?
- Vamos embora Leandro. - disse Harison.
- Vaza daqui Leandro, some. - disse Diegão.
- Saio sim, mais tô de olho em você. - digo bravo e saio. Harison e eu decidimos ir embora e vamos para o carro. Dentro do carro Harison me pergunta.
- Você gostou do cinema?
- Tirando a parte que eu enfrentei o Digão, eu gostei sim.
- E você não me respondeu se quer ter algo comigo? - Harison me pergunta e abaixa a cabeça.
- Eu não sei Harison. Pra gente ter alguma coisa, a gente ia ter que namorar escondido do meu pai, do meu irmão e de algumas pessoas.
- Eu topo! Vamos arriscar Leandro. - Harison diz olhando pra mim e me dá um sorriso.
- Não sei. Eu não gosto de você, ou pelo menos eu acho que não gosto, sei lá tô muito confuso. Como eu te disse acho que é só uma atração porque te acho bonito.
- Mesmo assim eu quero arriscar. Quem sabe você aprende a gostar de mim com sentimento.
- Então tá, eu topo. - digo olhando pra ele e dou um sorriso.
- Então vamos ir ficando e depois a gente vê aonde vamos chegar, Ok? Agora me beija? - disse Harison todo sorridente.
- Sim. - digo e nos beijamos.
Quando Harison me deixa em casa, já são 21hrs. Entro em casa e vejo meu pai, minha mãe e meu irmão sentados na sala assistindo o programa do Silvio Santos.
- Oi mãe, oi família. - digo sorridente.
- Oi filho! - disse minha mãe me dando um sorriso.
- Tá todo sorridente em Leandro. A menina do cinema te deixou bem alegre em! - disse rindo meu pai.
- É pai deixou. - digo.
- E esse presente aí? - perguntou meu irmão Mário.
- Não é da sua conta Mário. - digo e abraço minha mãe, dou boa noite para todos e vou para o meu quarto.
Chego no meu quarto, tiro o celular do bolso da calça e vejo uma mensagem do Harison. Ele me enviou uma música do Vitão e da Anitta que se chama COMPLICADO. Escutei a música e mandei um emoji de coração pra ele e ele me mandou outro. Ainda no WhatsApp chamo a Letícia e conto pra pra ela tudo o que aconteceu no cinema, só não conto a parte do Diegão. Fico o resto da noite escutando a música que o Harison me mandou e pego no sono.
O dia amanhece e é segunda - feira. Acordei com a roupa que fui ao cinema, com o fone de ouvido que ainda estava tocando a música COMPLICADO, porque coloquei pra repetir a todo momento. Me levando, escovo os dentes, tomo café, me despeço de todos e vou pra escola, desta vez vou junto com a Letícia.
- Pelo amor de Deus Leandro. Você já voltou essa música do Vitão umas 40 vezes e nem me dá atenção. - disse Letícia brava.
- Desculpa, amiga. Só te digo uma coisa. Que a vida é muito curta pra ficar pensando. - digo sorridente.
- Se tá apaixonado pelo Harison né?
- Não jamais. Eu aceitei ir ficando com o Harison, mas não é ainda uma paixão. Só estou gostando da música que ele me enviou e da companhia dele e nada mais.
Chegamos na escola e vejo Vinícius esperando na porta da sala. Pablo ainda não foi, está se recuperando. Ainda na escola Harison senta do meu lado e ficava me olhando e até me ajudou em um exercício de matemática. As horas passam e já está na hora da saída, quando Vinícius vê Diegão no portão, porém desta vez ele não vem nos encher. Letícia e eu nos despedimo de Vinícius e vamos embora.
No caminho de volta pra casa, comento com Letícia que tenho que passar na papelaria para levar um currículo, porque meu pai me arrumou esse emprego. Letícia me implora para levar um currículo pra ela também, ela não vê a hora de trabalhar para se livrar das estampas floridas.
Letícia comenta comigo que sua mãe, dona Dalva disse a ela que a nova dona da papelaria chegou no bairro a pouco tempo, e que ela é avó de um garoto que se chama Nawyter Ferreira.
- Letícia! - digo espantado. - Será que é o mesmo Nawyter que eu vigiava na escola no 6° ano?
- Não sei amigo, mas acho que não, pensa! O Nawyter foi embora pra roça no final do 6° ano. Ele também foi reprovado, lembra?
- Lembro. E lembro também que eu o via entrar quase sempre nesta mesma papelaria que acho que irei trabalhar, mais eu nunca soube quem era os donos de lá naquela época. Só sei que não era está nova dona.
- Depois então quando você chegar em casa procura ele nas redes sociais.
- Boa ideia Letícia! - digo e fico pensativo.
Chegando em casa, pego no guarda roupa todas as cartinhas que escrevi pro Nawyter no 6° ano, também começo a procurar em todas as redes sociais o perfil dele, porém não acho nada. Nawyter é moreno claro. Hoje em dia não faço a mínima ideia de como ele está, faz mais de 7 anos que não o vejo. Sabe aquela "paixonite" de pré adolescências que fica lá no fundo do coração guardado? Então o Nawyter tá lá. Ele foi o primeiro menino pra quem olhei e descobri quem eu era. Ainda sinto essa "paixonite" lá no fundo. Só não sei se essa "paixonite" poderá ser despertada. Chamo Letícia no whatsapp." Letícia amiga, sê acredita que não encontrei o Nawyter mas redes sociais. Também ele mudou muito e não o reconheço mais. Mas cá entre nós. Ele tem um importância gigante na minha vida e você sabe o porque. Essa história mexeu comigo. Agora que tenho que trabalhar nessa papelaria."
"Mas amigo. E o Harison? Se a dona nova for mesmo uma parenta do Nawyter e ele voltar sei lá. Você vai querer ter algo com ele? - Letícia."
" Tá maluca Letícia! O Nawyter não é gay lembra? Sem chances disso acontecer."
" Vai que agora ele é. A GT não sabe, faz muito tempo que a gt n vê ele." - Letícia.
" Sei lá. Só sei que preciso verificar essa história. Não pode ser aquele Nawyter do 6° ano. Naaaaaoooo pode. Ou até que pode 🤩♥️ ia ser bom reencontrar ele kkk 😏 kkk".
" Iii e esse emoji aí em? Kkkk". - Letícia.
" Me deixa Letícia". Tchau.Olho para as cartinhas e me pergunto.
- Será que a nova dona é parenta do Nawyter? - digo, e sinto meu coração acelerar de tanta ansiedade.
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Em Busca da Felicidade (Finalizada)
Teen FictionO amor e o romance é para todos. A vida surpreende e mostra para você adjetivos que você jamais imaginava ter. Nesta primeira parte, irei contar a história de Leandro, um jovem de 18 anos que mora na cidade de São Paulo com seus pais e seu irmão mai...