Em Busca da Felicidade (Finalizada)

15 - O começo do sofrimento.

  Começou novamente a semana, é segunda - feira. Acordo, me arrumo para ir para escola e passo na casa da Letícia, que finalmente resolveu voltar a estudar. Chegando na escola, encontramos nossos amigos no pátio.
  - Oi galerinha! - disse Letícia sorrindo.
  - Oi amiga, que bom que você voltou. - disse Vinícius abraçando Letícia.
  - Que saudade que eu estava de você Letícia. - disse Pablo.
  - Eu estava com muitas saudades também. E pelo que estou vendo, as coisas mudaram na minha ausência em. Quem diria que o Pablo está namorando a Marcela e o Vinícius namorando o Harison. Tô chocada! - disse Letícia.
  - É amiga, tudo é possível. Mas gente, ontem o pai do Harison almoçou lá em casa, passou o dia lá ontem conversando com a minha mãe. Então agora é oficial, eu e Harison estamos namorando. - disse Vinícius com cara de apaixonado.
  - Os pais da Marcela também almoçaram lá em casa ontem, o meu namoro também é oficial. - disse Pablo.
  - Que chique! Então quer dizer que ontem foi o dia dos almoços oficiais. Queria também ter esse dia, porém, para mim será mais difícil. - digo.
  - Seu dia vai chegar amigo. Um dia seu pai vai ter que mudar de ideia e você e Nawyter vão poder ser felizes. Mas, pelo menos você está namorando, todos vocês estão e só eu que estou empacada. - disse Letícia inconformada.
  - Seu dia vai chegar amiga. - digo com um sorriso. O nerd Caio Augusto passa perto da gente e para para cumprimentar Letícia.
  - Oi Letícia, tudo bem com você? Que bom que você voltou. A sala não é a mesma sem você.
  - Oi nerd Caio. Obrigada. - disse Letícia e Caio vai para a sala de aula.
  - Tadinho Letícia. Pra quê chamar ele de nerd? E você foi muito seca com o coitado. - digo.
  - Ah Leandro não enche. Ele sabe que chamo ele assim. E ele é sem graça, é todo nerd e sem sal. - disse Letícia.
  - Você tem que ver o que tem por dentro das pessoas e não o que tem por fora. E o Caio até que é bonitinho vai. - digo e dou um sorriso.
  - Vê o que tem por dentro né. Duvido que você olhou para o Nawyter assim. O Nawyter é mó gostoso e gato e tem um corpo que só por Deus. Olha se ele não fosse gay eu pegava. - disse Letícia. - E duvido que o Vinícius também não olhou o lado de fora do Harison, porquê o Harison também é muito lindo.
  - Letícia você está levando essa situação para outros rumos. É claro que nos apaixonamos pelo o que eles são e não pelo corpo deles. Não adianta o cara ser bonito e ser um escroto. Por isso que o Leandro terminou com o Harison. Agora eu estou com o Harison porquê ele realmente mudou. - disse Vinícius.
  - Vamos pra sala gente, olha o sinal tocando aí. - disse Pablo. Quando chegamos na sala, Letícia vê um envelope em cima da sua mesa.
  - Gente, olha aqui mais um envelope. É do NCA.
  - Abre Letícia e lê pra gente. - disse Vinícius.
  - Não está escrito nada. É um desenho. Tem um casal dentro de um coração e embaixo está escrito " QUE BOM QUE VOCÊ VOLTOU." - disse Letícia.
  - Quem será que está te mandando essas mensagens? - perguntou Pablo.
  - Não sei. Espero que seja um menino lindo, aiai. - disse Letícia suspirando.
Minha mãe finalmente volta a trabalhar, e na advocacia Sr. Harison estava esperando por ela.
  - Bom dia Dr. Harison, posso entrar?
  - Claro que sim Rose.
  - Marina me disse que o Sr. estava esperando por mim.
  - Estava sim, pode se acentar por favor.
  - O que o Dr. deseja? - perguntou minha mãe.
  - Olha Rose, eu te agradeço muito por ter ido até minha casa semana passada. Você me animou e me fez seguir em frente. Nunca ninguém se importou comigo, sabe. As pessoas pensam que só porque sou rico, que sou feliz. Você conseguiu levantar a minha alto estima, fez com que a felicidade voltasse pra mim e me ajudou bastante indo até minha casa para levar uma palavra amiga. Jamais imaginaria que você ia fazer isso por mim. Então, comprei essas flores para você em sinal da minha enorme gratidão. - disse Dr. Harison. - É pra você. - ele entrega as flores.
  - Eu não sei o que dizer Doutor. Eu sou sua secretária e sua amiga. Pode contar comigo sempre que precisar. - disse minha mãe sorrindo.
  Na escola comentamos que no fim do mês é o aniversário da Letícia, estamos em Março. Tive a ideia de comemorarmos o aniversário dela na pizzaria que o Nawyter me levou no nosso primeiro encontro, e todos topam.

Semanas depois...

  É sábado, eu e Nawyter, Pablo e Marcela, Vinícius e Harison e Letícia, estamos na pizzaria comemorando aniversário da Letícia. A pizzaria ainda continua com músicas ao vivo e as pessoas podem ir até lá cantar. Eu me levanto e subo até o palco.
  - Oi gente, tudo bem com vocês? Bom, hoje eu e meus amigos, estamos aqui para comemorar o aniversário da minha amiga Letícia. Então, eu queria falar algumas coisas sobre ela. A Letícia sempre foi uma menina sem juízo, desde criancinha. - as pessoas começam a rir. - Mas, ela tem um coração enorme. Ela é do bem, divertidíssima, é amiga, parceira, às vezes ela me irrita. Letícia minha amiga, quero te dizer, que te desejo toda a felicidade do mundo. Você sempre será minha melhor amiga, quero te levar para a eternidade. Eu te amo amiga e te desejo um feliz aniversário coisa irritante. - Letícia sobe até o palco para me abraçar e as pessoas aplaudem. - E agora peço a ajuda de vocês para cantar o parabéns. Vamos lá? Parabéns...

Meses depois...final do mês de Junho.

  É Junho, mês das festas Juninas. Eu e meus amigos, estamos na quermesse da igreja Nossa Senhora da Lapa. Na quermesse fizemos várias coisas. Vimos as apresentações de festa Junina, comemos muita canjica, nos divertimos nas brincadeiras Juninas e depois curtimos a música ao vivo. Nawyter me convida para ir até a frente da igreja.
  - Porque você me trouxe até aqui? - pergunto.
  - Queria ter um momento a sós com você. Olha, hoje estamos comemorando 4 meses de namoro. Resolvemos vim comemorar aqui na quermesse, porque meses atrás, a gente sempre comemorou vendo filmes ou indo no parque. Eu só quero te dizer que eu te amo, eu quero viver com você pra sempre. Você é a minha âncora e sem você toda a minha estrutura desaba. Obrigado por me fazer feliz por todo esse tempo. Eu aceitei namorar as escondidas com você porque eu te amo muito Leandro, e não quero deixar que nada e nem ninguém nos separe.
  - Eu também te amo Nawyter. Você é o amor da minha vida, e eu também quero está com você para todo o sempre. - digo e beijo Nawyter.
  - Quer dormir na minha casa hoje? - perguntou Nawyter.
  - É melhor não. - digo.
  - Ei, não vai acontecer nada que você não queira.
  - Tá bom, eu aceito, só vou mandar mensagem para minha mãe. Ela ainda está em Osasco cuidado da minha avó, faz 2 semanas que ela está lá.
  - Manda um abraço meu pra ela. - disse Nawyter.
  Joaquim o melhor amigo do meu pai, estava na quermesse com alguns amigos e viu quando eu e Nawyter nos beijamos.
Na manhã seguinte, meu pai sai da padaria e encontra com Joaquim. Joaquim disse que me viu beijando Nawyter, porém, não tem muita certeza do que viu, porque estava um pouco bêbado.
  - Olha só Joaquim, isso que você está me falando é muito sério. - disse meu pai coçando a cabeça.
  - Foi o que parece que vi Ernesto. Sinto muito amigo.
  - Não, não pode ser. Meu filho não é gay. - disse Ernesto.
  - E aí Ernesto, como você aceitou o namoro do Leandro? Logo você que detesta gays. - disse Walter, outro amigo de bar do meu pai.
  - Do que você está falando Walter? - perguntou meu pai.
  - Ué, vai dizer que você não sabe que o Leandro beijou o Nawyter. Todo mundo tá comentando isso no bar hoje. - disse Walter.
Meu pai volta em casa e vê que não dormir lá. Meu pai tranca as janelas do meu quarto com cadeados, prega uma enorme tábua na janela e pega a chave do meu quarto. Depois disso, ele fica escondido atrás de um carro estacionado um pouco a frente a casa de Nawyter. Ele me vê abraçando Nawyter e vai embora.
  Quando chego em casa, chamo pelo meu pai, ia dizer que dormir na casa da Letícia. Meu pai chega logo em seguida.
  - Oi pai, acabei de chamar você. Eu dormi na casa da Letícia.
  - Tá tudo bem filho. Aceita um copo de suco?
  - Aceito, estou com sede e ainda não tomei café. - digo sorrindo.
  - Tá vou pegar para você. - meu pai pega o copo, coloca suco e um remédio para fazer dormir. É um remédio forte que ele tem, que combate a insônia. Tomo o suco e vou para o meu quarto. Quando chego no quarto me espanto.
  - O que é isso? Porquê essas janelas estão trancadas?
  - Fui eu que tranquei tudo Leandro. Você vai ficar aqui no seu quarto e não vai sair mais. - disse meu pai sério.
  - Mas o que eu fiz pai?
  - Não me chama de pai seu desgraçado. Pensa que não estou sabendo que você está bem próximo daquele Nawyter. Maldita hora em que fui te arrumar um emprego na papelaria. - gritou meu Pai.
  - Pai eu e Nawyter somos amigos e só.
  - Amigos Leandro? Então me explica porque que você dormiu lá. Eu sei que você não dormiu na Letícia. Teve coragem de mentir na minha cara.
  - Chega, eu vou sair daqui, da licença.
  - Não vai sair coisa nenhuma. - meu pai me empurra e eu bato a cabeça bem forte na minha cômoda e desmaio. - É para o seu bem e para o meu. Eu não vou suportar ter um filho viado. - disse meu pai agaixado vendo seu eu estava morto. - Pelo visto só desmaiou. - meu pai sai do quarto e tranca a porta.