32 - Susto - parte 2

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Continuando...

  O medo tomava conta do meu corpo, nunca senti tanto medo assim, ainda mais olhando para o meu próprio pai. Vendo ele com aquela faca nas mãos me deixava aterrorizado. Olho pro lado e vejo minha mãe trêmula. Meu irmão está com os olhos arregalados e meu namorado aparta cada vez mais as minhas mãos.
  - Cala a boca todo mundo aqui. O primeiro que fizer gracinha já sabe. - disse Ernesto apontando a faca.
  - O que você veio fazer aqui? Diga o que você quer. - disse minha mãe.
  - Eu vim dizer pra vocês que eu tô de olho, morô? Vim dizer que vocês vão me pagar caro. - disse Ernesto.
  - A gente não te fez nada pai. - disse Mário.
  - Fez, fez sim. E olha só em. Você se bandiou pro lado da sua mãe. Mário, eu achava que você tinha puxado pra mim, mais agora vejo que é um fraco igual sua mãe e o baitola do seu irmão. - disse Ernesto.
  - Não chama meu namorado de baitola. - disse Nawyter furioso.
  - O que você disse? Namorado? - Ernesto solta uma gargalhada diabólica. - Ah para. Pelo amor de Deus. Vocês não são namorados, são baitolas isso sim. Que falta de vergonha na cara!
  - Você não vai humilhar ninguém aqui, lembra que você está dentro da minha casa. - disse minha mãe. Ernesto caminha e fica cara a cara com minha mãe.
  - E daí? Vai fazer o que?
  - Eu não vou permitir isso, Ernesto. - disse minha mãe.
  - Ah não vai é! - Ernesto segura minha mãe por trás e coloca a faca em seu pescoço. - E agora vai permitir vagabunda?
  - Pai por favor! - grito de desespero.
  - Você não me chama de pai seu desgraçado. Tudo isso que está acontecendo é sua culpa. - gritou Ernesto.
  - Ele não tem culpa de nada. - disse minha mãe ofegante. - Me solta seu desgraçado.
  - Para com isso se não vou chamar a polícia. - disse Nawyter.
  - Chama pra ver se eu não mato a Rose. - disse Ernesto.
  - Isso tudo poderia ser diferente se você me aceitasse. Se você tivesse empatia e amor ao próximo. Se você tivesse valores. - digo e começo a chorar.
  - Isso poderia ser diferente se você acordasse pra vida. Você não sabe a vergonha que me fez passar e do desgosto que sinto por você. - disse Ernesto aí da com a faca no pescoço da minha mãe.
  - Desgosto? Isso é demais. Já chega! - dou um passo para frente.
  - Opa, paradinho aí se não eu corto sua mãe.
  - Solta minha mãe seu desgraçado! Solta ela agora! - grito na maior intensidade. Nawyter me segura e Mário de mansinho pega um vaso de flor na mão sem ninguém perceber.
  - Calma Leandro, calma! - gritou Nawyter. Mário quebra o vaso de flores na cabeça de Ernesto. Nawyter pega a faca que caiu no chão e minha mãe escora na parede e fica ofegante.
  - Desgraçado, desgraçadooooo!!! - gritou Ernesto furioso.
  - Sai daqui, antes que eu te arrebento. - disse Mário. Ernesto sai correndo do prédio. Lá em baixo ele sobe na moto de Diego e eles fogem.
  - Você tá bem mãe? - digo e seguro na suas mãos.
  - Estou meu filho, estou.
  - Precisamos avisar a polícia. - disse Nawyter.
  - Mário meu filho, liga para polícia agora! - disse minhas com um copo de água na mão que Nawyter trouxe para ela.

Em Busca da Felicidade (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora