Caro leitor(a), desde já peço que por favor dêem estrelinhas no capítulo e comentem. Através dos comentários posso ver se vocês estão gostando da história. Obrigado!
Continuando o capítulo anterior...
Depois que Nawyter me beija, a roda gigante volta a funcionar. Descemos do brinquedo e Nawyter questiona meu silêncio.
- Tudo bem Leandro? Você ficou tão quieto depois que te beijei.
- Está tudo bem. Eu não estou bravo e nem triste, se é isso o que você quer saber. - digo com uma voz baixa e olhando para o chão.
- Você quer ir embora? - diz Nawyter olhando no meu rosto enquanto continuo a olhar para o chão.
- Quero, acho melhor a gente ir. - digo com uma voz de choro.
Quando entramos no carro, fico o caminho todo até a Lapa, olhando para a paisagem pelo vidro do carro. Nawyter dirige e fica me observando a todo momento. Ele ficava tentando descobrir o que eu estava sentindo ou talvez pensando.
Quando chegamos no bairro ele para o carro em frete a cada da sua vó, que fica em cima da papelaria na praça. No carro Nawyter me questiona.
- Leandro? Eu fiz algo errado?
- Não.
- Vamos subir lá para minha casa. Te convido ir até a laje.
- Tá bom. - digo com a voz baixa.
Entro na casa de Dona Ângela e ela estava dormindo em seu quarto, então Nawyter e eu subimos até a laje. Quando chego na laje, observo o bairro. De lá de cima da para ver a cidade. Olho para a lua e ela está cheia e as estrelas me parecem mais brilhantes. Nawyter segura as minhas mãos e me pergunta.
- Você está assim por causa do beijo?
- Não. Eu gostei do seu beijo. Acho que sempre esperei por ele.
- Então porque você está triste assim?
- Porque eu acho que esse foi o último beijo que eu te dei. - digo e começo a chorar.
- Não, não será o último. Eu estou apaixonado por você Leandro.
- Você não entende? Meu pai é difícil. E se ele descobri que eu sou de verdade ele vai me odiar e a nossa história irá acabar de vez. - digo chorando e olhando para o chão.
- Olha pra mim Leandro! - diz Nawyter e eu olho para os seus olhos brilhantes. - Eu estou desposto a correr esse risco. Saiba que eu vou te ajudar nessa. Eu aceito namorar as escondidas com você. Aceito o que for preciso e encaro qualquer pessoa por você. Só não machuca o meu coração dizendo que você não vai poder me amar.
- Mais... - digo e não termino a frase porque Nawyter coloca seu indicador na minha boca, me diz para ficar quieto e me beija. Depois que terminamos de se beijar, ele pega a minha mão direita e coloca em seu peito.
- Estava sentindo as batidas do meu coração por você?
- Sim, estou. - digo dando um sorriso e olhando em seus olhos.
- Então. Leandro, você aceita a namorar comigo? Você aceita a embarcar nessa aventura de amor. Em um romance totalmente nosso? - ele diz sorrindo.
- Aceito! - digo sorridente e nos beijamos novamente.
Depois que ele me beija, vou embora. O dia amanhece e, é domingo de manhã. Vejo meu pai me acordando para ir a missa. Não somos muito de ir a igreja, porém às vezes meu pai obriga todo mundo da casa a ir.
Na igreja Nossa Senhora da Lapa, Padre Marcos está pregando sobre o amor ao próximo. Na homilia, Padre Marcos fala sobre o preconceito com as mulheres e com os homossexuais. Quando ele fala dos homossexuais, vejo a cara do meu pai ficar vermelho de tanto ódio. Quando a missa acaba, vamos para o lado de fora da igreja e o Padre Marcos vem em nossa direção e meu pai chama o padre.
- Padre Marcos, vem aqui por favor. - grita meu pai.
- Estou indo. - disse o padre vindo em nossa direção junto com Dona Sônia. - Olá Sr. Ernesto, o que quer?
- Quero que o senhor me explique que homilia é essa que o senhor fez? - disse bravo meu pai.
- É mesmo padre. Que horror o senhor falando que temos que amar os homossexuais. Eles estão todos errados! Onde já se viu homem com homem e mulher com mulher. Que horror! - disse Dona Sônia. - Vão todos para o inferno.
- Eu concordo com a Dona Sônia padre Marcos, que horror! - disse meu pai.
- Olha só. O evangelho de hoje teve uma frase muito conhecida. "Amar uns aos outros como a ti mesmo". Jesus nos mandou amar. Vocês dois podem não concordar com essa atitude homossexual. É a opinião de vocês. Agora, dizer que eles são errados, isso não está certo. Todos nós somos errados. E não podemos dizer que eles vão para o inferno, porque não somos Deus e não foi dado a nós esse poder de condenar. Não é preciso concordar, porém é preciso respeitar para que a paz e a fraternidade prevaleçam.
- Eu concordo com você Padre. - digo e dou um sorriso.
- Que horror garoto. - Diz Dona Sônia.
- Horror? Horror porquê? Vou te falar o que é horroroso. Horror é os cristãos que são iguais a senhora. Que vem a missa todos os domingos para escutar a palavra de Deus e depois sair semeando o ódio e o preconceito. Quem faz isso está sendo condenado e está brincando com a cara de Deus. O mais horror ainda, é ver certos cristão preconceituosos comungar do corpo e do sangue de Deus para depois sair por aí distribuindo a maldade. Que horror não é padre Marcos? - disse minha mãe.
- Que isso Rose. Ficou alterada. - disse meu pai.
- Calma mãe. - disse Mário.
- Quer saber, vamos embora. - disse meu Pai. Cumprimentamos o padre Marcos e fomos embora.
Quando chegamos em casa, minha mãe começa a fazer o almoço para receber a namorada do Mário. Letícia me diz no whatsapp que está conversando com um menino desde ontem a noite e me manda alguns printis da conversa. Fico totalmente chocado.
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Em Busca da Felicidade (Finalizada)
Ficção AdolescenteO amor e o romance é para todos. A vida surpreende e mostra para você adjetivos que você jamais imaginava ter. Nesta primeira parte, irei contar a história de Leandro, um jovem de 18 anos que mora na cidade de São Paulo com seus pais e seu irmão mai...