Capítulo 5

137 74 251
                                    

Os três nos levaram até ao lugar com a ajuda do dispositivo estranho que lançava cabos fortes sobre os prédios nos empulsionando por cima deles, fomos nos locomovendo entre passos rápidos, escaladas e pulos altos. Como eles não tinham dispositivos há mais Morgon me ajudava quando necessário passar por cima de um prédio caindo ao pedaços que estava no meio do caminho ele me segurava pela cintura e nos lançavamos sobre os destroços, além de ajudar quando necessário pra escalar. O garoto que veio comigo também recebia a mesma ajuda de Lítia, Vanuza se recusou a dar carona pra ele e ía na frente nos mostrando o caminho. 

 Em alguns minutos Vanuza gritou para nós a uns 6 metros a frente dizendo que estamos perto, com isso ela se jogou sobre o telhado do prédio em frente. Não queria reclamar nem nada, mas essa coisa de pular prédios era nova pra mim e meu pé ainda não estava 100% e mesmo com a ajuda do Morgon doía um pouco pelo impulso, ele me olhou e sorriu de leve estavamos em frente ao prédio e o mesmo passou o braço esquerdo sobre mim enquanto com a direita mirava o dispositivo preso ao pulso no topo do prédio e ainda sorrindo levemente ele se virou pra mim.

- Respira fundo, estamos chegando! Vai valer a pena você vai ver. 

- Claro, não estou muito preucupada com isso. - falei para ele.

- Essa é a graça não é mesmo? No apocalipse não tem muito que faça a gente se preucupar, apesar da situação ser extremamente desesperadora. - ele rebateu.

- Desesperadora não é bem a palavra. - falei enquanto maneava a cabeça e me agarrava a ele pra subirmos.

- Então qual seria? - ele perguntou pra mim.

 O som zunido e metálico se atirou sobre o prédio seguida de um som do gancho se cravando no concreto lá em cima no segundo seguinte fomos puxados em velocidade até lá, o vento açoitava nossos corpos por dois segundos antes de batermos na parede e então ele me empurrar pra parte de cima do prédio, algumas vezes eu caia bolando outras eu conseguia me por de pé, ele veio em seguida com pulo ágil e então fomos andando. 

- Acho que a palavra é "desesperançosa", quando não tem motivação de esperança, não tem motivo de preocupação.  -Respondi pra ele enquanto andávamos. 

- Gosto do seu jeito de pensar garota! Te faz parecer mais vivida quando na verdade não passa de 13 anos de existência. - ele disse e ficou esperando uma reação minha.

- Eiii! Eu tenho 17... eu acho! Quer dizer, eu com certeza não tenho mais 13 anos. - respondi indignada.

Ele riu mais ainda. 

- Okey! Então você não tem certeza! - ele afirmou e olhou pra mim.

- É - eu apenas reafirmei

- Faz assim.... Seja lá sua história muito ruim de sobrevivência, nesse exato momento você vai pra uma festa cheia de gente estranha, vai fingir que nada ao redor do mundo é o que é, e vai fazer como grande parte dos babacas que estarão lá, se divertir.

- Divertir? - apontei pra minha perna mancando.

- Ta boooom! No limite que essa perna deixar você fazer.  - ele falou maneando a cabeça de um lado a outro. 

Eu sorri de leve enquanto procurávamos a Vanuza no meio da noite clara. Ela estava no prédio da frente e novamente Morgon me segurou e pulamos de um prédio a outro com o zunido metálico do cabo que nos puxava.  Então ela apontou pra baixo, e pude ouvir um barulho abafado a alguns metros de distância.

- É ali mesmo bonitinha - ela disse mostrando pra mim - Vamos nessa?  - ela disse isso e se jogou em pleno ar, enquanto caia o gancho metalico se prendeu na parede e ela ficou suspensa a uns metros do chão em seguida pulou e correu a um amotoado de pedras e sumiu entre elas. 

Preciso Te Ver Além Do Céu NoturnoOnde histórias criam vida. Descubra agora