14. A ameaça

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NOTA DO AUTOR: Estou de volta após uma semana e 1 dia de descanso. Fiquei doente neste período, mas agora estou 100% e os capítulos voltarão normalmente. Espero que curtam!

Jonathan continuava inconsciente

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Jonathan continuava inconsciente. O corpo dele estava se recuperando sem cicatrizes, o processo era demorado e Jéssica preferiu mantê-lo dormindo para que o processo não fosse interrompido — além de que era uma forma perfeita de me manter nos trilhos.

Ainda me sentia mal por lembrar do que fizemos, o sexo com ela me deixou tenso. Se Jéssica descobrisse que agora eu era infértil, tudo poderia ir por água abaixo.

As consequências do que fiz comigo mesmo seriam severas, a família jamais me perdoaria e provavelmente eu acabaria no poço se não conseguisse me defender de todos eles.

— Pássaro idiota – falei, olhando para o corvo empoleirado em cima de uma das árvores perto da mansão. – Já falei para não voltar aqui!

Busquei por uma pedra no chão, mas ele alçou voo antes que eu pudesse atirar qualquer coisa em sua direção.

Meu objetivo não era acertar o corvo, mas assustá-lo.

Meu corpo quase foi para o chão depois disso. Nunca me senti tão fraco na vida e com tanta vontade de chorar. Eu, realmente, não estava bem psicologicamente falando.

Minha vida havia se transformado em um vagão desgovernado e não ter o controle dela me fazia entrar numa profunda depressão — que se intensificava por conta dos demônios que eu carregava.

— Não é dessa forma que se afasta um pássaro.

A voz do meu pai me causou calafrios. Na posição em que eu estava, a última pessoa que esperava encontrar era ele.

Por mais que eu tentasse parecer forte, não consegui me levantar. Fiquei ali, congelado feito uma criança assustada, enquanto ele permanecia atrás de mim, provavelmente rindo de toda a situação.

— O jeito certo de matar um pássaro é com uma boa e venha espingarda de chumbinho. Um tiro certeiro entre os olhos é o suficiente; tenho certeza de que é capaz disso.

— Me deixe em paz! – esbravejei, socando o chão com força. – Você tem outros seis filhos, porque não dá atenção para eles ao invés de ficar me perturbando o tempo inteiro.

— Eles são descartáveis. Já você, é o futuro desta família. – Disse, sentando-se ao meu lado e olhando para a floresta. – Fez bem em decidir casar-se com a Jéssica, vocês serão incrivelmente poderosos juntos. Os eleitos a próximos patriarcas desta família.

— Por que fala como se eu me importasse?

— Esse seu desdém só mostra o quão forte você é. Nenhuma outra pessoa deste lugar teria coragem de dizer algo assim. Mas a verdade é que nós dois sabemos que essa família é importante para você.

Tentei conter a risada, mas não acho que me saí muito bem nessa tarefa. É claro que não ligava para aquela família doentia.

O único que me importava de verdade ali era Jonathan.

— Não foda com tudo, Theo. Se esse casamento não acontecer, não espere que eu tenha piedade de você.

— Fala como se ainda fosse mais forte que eu. – Esbravejei. – Tenho o dobro de demônios que a maioria dos membros da família. Eu deveria ser o primeiro no ranking.

— Você só será mais forte que eu quando me matar, moleque.

— Neste caso, é melhor continuar me perturbando.

Assim que terminei de dizer aquilo senti o chão próximo a mim esquentar. Meu pai levantou-se e se afastou alguns passos, como se soubesse o que eu seria capaz de fazer se ele continuasse ali.

Na próxima, eu com certeza o mataria.

Ele é o mal (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora