2. À procura

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— Tem certeza de que é por aqui? – perguntei, seguindo Alef pela floresta escura e torcendo para que ele não estivesse me levando para alguma armadilha

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— Tem certeza de que é por aqui? – perguntei, seguindo Alef pela floresta escura e torcendo para que ele não estivesse me levando para alguma armadilha.

Nós, os Abraham, não costumávamos conversar com pessoas que não eram da nossa família, tão pouco segui-las pela floresta sabe-se-lá para onde.

— Acompanhei a batalha quando o fogo subiu. – ele me contou. – Theodoro atacou o próprio pai, mas o chão desabou, ele caiu e foram tantos raios cortando o céu depois disso que precisei me afastar.

— Raios? – aquilo não era um bom sinal. – E depois? O que houve com a minha família?

— Vi alguns soldados levando a sua família pelos portais. Parece que prenderam todos, mas não sei o porquê. Depois disso, virei humano e precisei me esconder para que ninguém me visse. Fiquei horas escondido até te encontrar.

— Mas, por que a Elite nos atacaria? Eles deveriam estar do nosso lado! A não ser que...

Parei de falar quando cheguei ao campo onde ocorreu a batalha.

Os estragos condiziam exatamente com o que ele me contou. As plantações estavam chamuscadas, as árvores destruídas e encontrei sangue por toda a parte — o suficiente para que eu entendesse que algum tipo de luta havia ocorrido ali.

— Não foi nada bonito – continuou Alef. – Acho que o Theodoro caiu naquela área ali.

Quando vi o monte de terra, que se destacava do restante do cenário, algo dentro de mim começou a se agitar. Sabia que não poderia deixar as minhas emoções tomarem conta ou a minha maldição poderia ser liberada, mas meu coração começou a acelerar conforme os pensamentos do Theodoro soterrado me alcançaram.

Se ele estava morto?

Se o pai dele havia feito aquilo?

Tentei respirar fundo, mas meu corpo inteiro começou a tremer. Provavelmente, teria perdido o controle se Alef não tivesse colocado a mão em meu ombro e tentado me acalmar.

— Ele não está aí. - explicou.

— Como sabe disso?

— Só sei. – ele continuou. – Quando a Jéssica lançou minha maldição, disse que ela duraria pela eternidade. Isso significa que, se o corpo dele estivesse aqui, eu já teria me transformado em pássaro.

— Não tem como ter certeza disso.

— É do Theodoro que estamos falando. Ele não morreria fácil assim.

— Então precisamos abrir esse buraco agora!

— Se você tivesse poderes, podíamos pensar nisso. Mas vamos levar horas pra cavar e ainda tem o seu tio na mansão.

Esvaziei os bolsos enquanto ele olhava ao redor e pensava em uma solução para os nossos problemas.

Entre as minhas poções, peguei a única que poderia ser útil naquele momento.

Ele é o mal (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora