10. Case comigo

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NOTA DO AUTOR: Começando mais uma semana com capítulo novo! Não esqueçam de comentar na parte que mais gostar ;)

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Sebastian lançou mais um portal enquanto corríamos floresta adentro. Essa habilidade dele era útil para avançarmos alguns quilômetros sem precisarmos de um inteiro de caminhada.

Infelizmente, os portais dele tinham um limite curto, Sebastian só conseguia avançar até onde a sua vista alcançava. Ao menos era o suficiente para que adiantássemos nosso trajeto rumo à mansão da minha família.

Jonathan estava em meus braços, com o peito chamuscado e a respiração fraca. Conseguia sentir a energia dele diminuir gradativamente e seu coração bater cada vez mais fraco. Precisava de ajuda, precisava encontrar alguém que conseguisse desfazer o que causei.

— Não posso passar daqui. – Avisou Sebastian, fechando o último portal quando alcançamos o portão da mansão. – Tem um feitiço que afasta demônios.

— Obrigado por tudo.

— Não me agradeça ainda. Se ele sobreviver, sabe onde me achar.

Ele abriu um portal atrás dele. A magia era semelhante a como invocar um buraco de minhoca, que se fechava assim que a pessoa passava.

Não perdi tempo olhando para o meu antigo tutor, apenas ajeitei Jonathan em meus braços e comecei a correr rumo a porta da mansão. Meu peito doía, sentia a responsabilidade pelo que havia acabado de fazer — por minha culpa Jonathan estava machucado. Eu poderia ter feito qualquer outra magia para impedi-lo de lançar aquela maldição, mas fui um estúpido e decidi lançar aquela bola de fogo.

A culpa me corroía, mesmo que os demônios dentro de mim insistissem em se alimentar dela.

— Mas o que é isso? – perguntou minha tia-avó Martha quando me viu chegando à porta da mansão com meu primo nos braços.

— Não tenho tempo. Viu a Jéssica?

— É claro que não!

Esbarrei nela, quase fazendo a velha cair no chão e segui adiante. Havia pessoas no salão, conversando e rindo entre si. Pelo visto uma festa estava acontecendo lá dentro, todos estavam muito bem vestidos.

Provavelmente alertado pela Martha, meu pai apareceu.

— O que faz com isso aqui dentro?

— Não tenho tempo para você. Cadê a Jéssica?

Ele detestou a minha pergunta. Deu para ver pelo semblante dele, a forma como me observou e depois fitou Jonathan com extremo ódio.

— Não. Isso não vai acontecer.

— Não se mete no meu caminho. Ele precisa de uma curandeira.

— O que ele precisa é parar de ser um estorvo para esta família. Jogue logo esse garoto no poço e venha jantar. – Meu desdém o irritava cada vez mais. – Se o seu avô chegar e você estiver ocupado com esse garoto...

— JÉSSICA! – comecei a gritar pelo salão, buscando minha prima.

Todos se voltaram para mim.

Diante deles, eu estava bem mal vestido e ninguém pareceu gostar da minha interrupção.

— JÉSSICAAAA! – deixei meu pai se lamentando sozinho e continuei minha busca.

— Estou aqui.

A garota saiu do meio dos outros rapidamente.

Estava bonita, usava um vestido vermelho e luvas preta que combinavam com a cor do seu batom.

— Preciso de ajuda. – falei, ainda segurando Jonathan. Mesmo que ofegante e com as costas doendo cada vez mais. – Por favor, use seus poderes.

— O que... – ela se colocou ao lado do meu pai e esboçou um leve sorriso. – Eu não posso, Theo.

— Por favor. – Insisti. – A culpa é minha, fui eu quem fiz isso.

— Mas... E daí? Ele está no final do ranking, não devia se preocupar com isso. – Ela olhou em volta, envergonhada. Todos ouviam a nossa discussão. – Eu não posso curar alguém como ele.

— Foda-se o ranking! – explodi. – Eu quero ele vivo. Você precisa me ajudar!

Ele deu um passo para trás, com medo que eu fosse usar os meus poderes contra ela. De fato, estava com vontade de fazer isso, mas com todos ali em volta eu com certeza acabaria morto.

Precisava pensar em uma maneira de sair daquilo. Podia sentir a vida de Jonathan se esvair gradualmente... Não tinha muito tempo.

Acabei indo pela saída mais fácil.

— Faça isso por mim – insisti, olhando nos olhos dela desta vez. – Cure o Jonathan e eu me caso com você. É isso o que você quer, não é? Que sejamos o casal mais forte que essa família já viu. Então cure-o AGORA!

Enquanto o semblante de Jéssica mostrava toda a confusão e surpresa que aquela proposta poderia gerar, vi um sorriso largo crescer na face do meu pai.

Nunca me odiei tanto por uma decisão. 

Ele é o mal (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora