Capítulo 10

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Scarlett

Ele se levanta e caminha em direção à porta... Com o meu telefone ainda na mão.

— Espera! — Grito e o sigo até o lado de fora. — O que vai fazer com meu telefone?

— Eu tenho que me livrar dele. — Fala firmemente e dá de ombros.

— O quê? Não, não vai mesmo! Você só pode ter ficado louco! — Grito com raiva.

— Sim, vou sim. Alguém pode estar te rastreando. — Fala impaciente.

— Mas eu preciso dizer pra Hannah que eu estou bem! — Falo e o Warren já está desmontando ele antes que as palavras saiam da minha boca. Observo impotente enquanto ele arranca o cartão SIM e o quebra ao meio. — Warren!

Luto em vão para pegar o telefone, e ele facilmente me impede de alcançar. Ele puxa um isqueiro do bolso e, logo depois, os pedaços do cartão SIM começam a derreter pela chama. Ele joga os pedaços destruídos no lixo e depois quebra o telefone ao meio como se fosse um pedaço de papelão.

Não acredito que ele fez isso!

Não dou um pio.

— É melhor assim. — Fala e eu o ignoro, saindo sem olhar para trás.

Como o Warren pôde fazer isso comigo? Ele não faz ideia do que eu podia ter no meu telefone! E se eu não tivesse nada salvo na nuvem? Podem me chamar de louca, mas ficar completamente isolada do mundo exterior fica muito fora da minha zona de conforto.

De repente, meu estômago roncar de fome. Quando olho para o relógio, vejo que já passou do meio-dia. Abro o armário e olho as caixas de cereal sem vontade.

— Posso fazer um almoço pra nós. — Fala atrás de mim, eu dou um pulo, com meu coração saindo pela boca.

— Qual é o seu problema? Não chega de fininho quando eu estou puta com você! — Falo e me viro de novo, procurando algo.

— Quando você tá puta comigo? — Pergunta e eu reviro os olhos.

— Eu não tô nem um pouco legal com você, então vaza. — Faço sinal com a mão, mandando ele sair.

— Então... você não quer que eu faça o almoço? — Pergunta e meu estômago ronca novamente. Viro minha cabeça para longe dele e ignoro descaradamente sua pergunta. — Sério, Scarlett? — Pergunta rindo. — O que acha de frango agridoce refogado?

— Eu nunca comi isso antes.

— É uma das minhas especialidades. — Se gaba.

— Ah é? — Meus olhos se fixam nele, e eu o vejo sorrindo. Meu coração quase para com o que vejo. Ele é muito lindo. Especialmente quando está sorrindo.

— Ainda está brava comigo?

— O que você acha? O que você fez não foi nem um pouco legal. Você sabe disso, né? — Pergunto, ele suspira e esfrega a parte de trás do pescoço.

— Talvez eu tenha exagerado. Eu só estou tentando te proteger. — Fala olhando dentro dos meus olhos. Vejo sinceridade e arrependimento em seus olhos.

— Exagerado? Eu entendo, mas existem formas melhores de fazer isso.Você não precisava destruir o meu telefone e queimar tudo na minha frente. — Falo ainda brava, eu sei que é apenas um celular, que EU posso estar exagerando. Mas ele podia simplesmente confiar em mim, acreditar que eu jamais daria informações de onde estamos para alguém. Eu entendo a gravidade de tudo.

— Aquilo foi um pouco pesado, eu sei. Deixa eu compensar, tá? — Pergunta e eu vejo um brilho estranho em seus olhos. — Vou preparar meu frango agridoce refogado e depois você pode me dizer se ainda está com raiva de mim.

O Guarda-Costas [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora