Capítulo 7

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Scarlett

— Fique abaixada e não faça barulho! — Fala, mas algo bate no chão fora da cabana. Assustada, pulo e coloco meus braços em volta da cintura do dele.

— E se eles... — Percebendo que agora estava o abraçando, eu rapidamente me afasto. — Warren! Me-me desculpa! Foi sem querer.

— Shh, shh. Tá tudo bem. — Sua mão se estende e gentilmente segura a minha, dando um aperto tranquilizador. — Fique aqui e não se mexa. Se eu não voltar em dez minutos, chame a polícia. — Ele solta a minha mão antes que eu possa contestar e sai em silêncio pela porta da frente.

Warren é capaz, mas.. e se ele não voltar?

Pego o meu celular. Disco o número e passo o polegar sobre o botão de chamada. Há quanto tempo ele saiu? Segundos, minutos, horas? Eu pressiono o botão de chamada.

Ligação On

911, qual é a sua emergência? — A atendente fala do outro lado da linha.

Oi. Gostaria de fazer uma.. — A porta se abre de repente, me fazendo gritar. — AAAHH!! — Uma mão tapa a minha boca e levanto os olhos para ver Warren.
Ele faz um sinal para desligar o telefone antes de afastar a mão.

Alô? Está tudo bem? — A atendente pergunta preocupada.

Ah, desculpa! Número errado. — Desligo e guardo o meu telefone.

Ligação Off

— Tá tudo bem, Scarlet. — Fala e meu coração está saltando no peito, mas sinto meu corpo relaxar com o som da sua voz.

Corro e o abraço. Mesmo surpreso, ele logo corresponde. Me envolvendo em um abraço de urso, com seus braços musculosos.

— Pegou eles? — Pergunto me soltando dele. — Eles estão amarrados? — Pergunto e um sorriso brilha em seus lábios, e eu não consigo entender por quê. — Do quê você está rindo? — Pergunto e coloco as mãos na cintura.

Será que ele não devia estar mais nervoso?

— Por que você mesma não vem conferir? — Pergunta ainda rindo.

Reviro os olhos.

— É uma boa ideia? E se eles tentarem me atacar? — Pergunto pensando nas possibilidades.

— Confia em mim, eu posso cuidar desses caras. — Fala e eu caminho até a porta, colocando a cabeça para fora e olhando em volta. E não vejo ninguém!

— Não entendo... Onde eles estão? — Ele aponta para duas lixeiras viradas ao lado da cabana. Um guaxinim levanta a cabeça de dentro de uma das lixeiras enquanto outros dois nos olham por trás da outra. Minha boca se abre em espanto. — Guaxinins? Eram só guaxinins? - Solto uma risada e ele me acompanha.

— Não baixe demais a guarda. Esses bichinhos podem ser traiçoeiros. — Fala com um olhar intenso.

— Agora você tá só tirando sarro de mim. — Falo e reviro os olhos.

— Eu não sou desse tipo de pessoa. — Ele zomba e entro fechando a porta com mais força do que deveria.

— Você é bem nervosa pra alguém tão pequena. — Fala rindo, entrando e fechando a porta atrás dele.

— Não sou não!

— Desculpa, mas foi o vento que bateu a porta? — Pergunta ainda rindo.

— Você estava tão assustado quanto eu! — Provoco e ele fica sério.

O Guarda-Costas [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora